Autor: or0hc

Problemas de Poluição

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Problemas de Poluição.

Poluição é a degradação das características físicas e químicas do ecossistema por meio da adição ou da adição de substâncias. As poluições são causadas pelos humanos, são antróficas.  ( <  Problemas AmbientaisProblemas do Desenvolvimento Ambiental Sustável)

Enquanto aconteciam em pequenas quantidades e eram degradáveis, a natureza as absorvia. Na medida em que se avolumaram, tornaram-se prejudiciais à saúde e passaram mesmo a representar riscos para a vida de espécies vegetais e animais. A humanidade se apercebeu de tais riscos em meados do século XX. Desenvolveram-se então ações de prevenção e de remediação de poluições, principalmente após ocorrências de sérios desastres.
(vide “Meio Ambiente – Acidentes, lições, soluções” de Cyro E. do Valle e Henrique Lage, 2003).

Quanto aos elementos do Meio Ambiente / ecossistema atingidos por poluições se distingue entre poluição da atmosfera, poluição das águas – cursos d’água, lagos, mares e oceanos – e do solo.

A poluição da atmosfera é causada, principalmente, pelos efluentes gasosos das indústrias e das usinas de geração de energia que queimam combustíveis fósseis, pelos gases de escape de meios de transporte – automóveis, caminhões, ônibus, aviões e navios, e pela agropecuária de diversas formas. A capacidade de seqüestro de GEE – gases produtores do efeito estufa – pela vegetação e pelos mares foi de longe ultrapassada. A meta lógica do Desenvolvimento Sustentável Ambiental há de ser o estabelecimento do equilíbrio entre emissões e absorções.

A poluição das águas é causada por efluentes industriais, dejetos orgânicos humanos e produtos químicos e fármacos de uso corrente, resíduos sólidos e líquidos despejados. As experiências ( < Problemas Ambientais ) demonstram que o saneamento requer a atuação consistente de órgãos públicos e a disciplina dos cidadãos. A proibição e o controle de produtos perigosos é de grande importância. O combate à poluição das águas é fundamental para o abastecimento da população. Os mares já estão infestados de corpos plásticos perigosos para os peixes, aves etc. Dados médios de pesquisas indicam que 8 milhões de toneladas de materiais plásticos são despejados no mares e oceanos por ano atualmente. O aumento da acidez dos oceanos põe em risco a sobrevida de ecossistemas de bancos de corais.

De uma maneira geral, a poluição dos solos é a menos observada diretamente pelas populações. Neste contexto encontram-se: A contaminação dos solos por processos de produção industrial, a contaminação de solão por defensivos e fertilizantes agrícolas, erosões causadas pelo aproveitamento das terras, deposições de resíduos. A poluição dos solos causa poluição das águas superficiais e dos lençóis freáticos. Em todos os casos houve uma desatenção à ocorrência até que as conseqüências se agravassem. Em todos os casos as medidas de prevenção são conhecidas e de aplicação simples.

Até um passado recente foi usual contrapor as exigências de redução da poluição a aumentos de custos que comprometeriam a competitividade de empresas e mesmo o desenvolvimento econômico e social.  Aprendeu-se depois em muitos casos que da redução de resíduos, do tratamento de resíduos e da disposição adequada poderão mesmo vantagens econômicas.  Desenvolvimentos tecnológicos resultaram na competitividade da geração de energia com fontes não poluentes em comparação com a geração com as fontes fósseis tradicionais.  Conclui-se que o problema das poluições é dominável, para tanto necessitando de “Comportamentos Adequados” e do controle das instituições.  Trata-se de um Desenvolvimento Sustentável difuso.

Situação Sustentável e Responsabilidade

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Situação Sustentável e Responsabilidade.

Você sabe mesmo o que Sustentabilidade?
Não é verdade que o termo é usado exaustivamente, mas o seu significado é vago?
Se perguntarmos, “sustentabilidade de que?”, responde-se:
Da VIDA ou das CONDIÇÕES DE VIDA sobre a terra, principalmente para a humanidade.
Faz aproximadamente meio século que temos a percepção de que ela está em risco. Trata-se do maior problema da humanidade.
Mas ainda não existe um programa, uma política ou um projeto integrado de como enfrentar este risco. Enfrentam-se riscos específicos; alguns com metas quantificadas. Mas, ainda que se caminhe “na direção certa” é bastante provável que a velocidade seja insuficiente.
A definição inicial “atender as demandas atuais sem por em risco as necessidades de gerações futuras” não é nem uma definição difusa, mas antes uma declaração de bons propósitos. Sendo a vida o maior valor, este estado de indefinição diante do risco não é aceitável. Há de se ter metas às quais orientar ações eficazes. Quais metas?
Por isso propomos que nos disponhamos a alcançar uma Situação Sustentável, cuja qualidade seria a Sustentabilidade. Esta Situação Sustentável pode ser descrita por um conjunto de características mensuráveis.

Situação Sustentável.

Características da Situação Sustentável 1 :  [ 1 >  vide Referências Bibliográficas ]

–  Sustentabilidade Ambiental.
1. O consumo de produtos naturais não é maior que a capacidade de
reposição da natureza:

2. Não há efeitos de poluição do Meio Ambiente nem de degradação da
fertilidade dos solos incompatíveis com a capacidade de absorção da
natureza.

3. Nenhuma espécie animal ou vegetal corre risco de extinção por ação
antrófica.

4. Não há modificações da composição e da temperatura da atmosfera e dos
mares resultantes de ação antrófica.

5. As degradações ambientais foram recuperadas em larga escala.

–  Sustentabilidade Social.
6. Todas as pessoas / famílias se auto-sustentam através de contribuições
de produção, ou seja, trabalho próprio.

7. Nível de educação mínimo para uma Ocupação Adequada e exercício de
Cidadania na base da pirâmide social.

8. Está eliminada a miséria como condição social hereditária e existem
oportunidades para a ascensão social.

–  Sustentabilidade  Econômica.
9. O número de habitantes e a produção se mantêm compatíveis com a
primeira característica desta lista.

10. Os problemas do suprimento de energia e de água estão equacionados.

11. Alternativas para reservas fósseis para combustível e matéria prima estão
equacionadas.

12. Não ocorrem desequilíbrios de produção / ocupação causados por
transgressões de “boas práticas” de gestão financeira.

13. A economia global se encontra em estado de equilíbrio com estabilidade do
poder de compra da(s) moeda(s), sem conjunturas e equilíbrio entre as
oportunidades de ocupação e a oferta de mão-de-obra.

Hoje encontramo-nos na Situação Atual em que se percebem os riscos para a continuação da vida sobre a Terra em condições desejáveis. A transformação desta nossa situação na Situação Sustentável é o Desenvolvimento Sustentável  As características da Situação Sustentável são as metas do Desenvolvimento Sustentável.

A aceitação desta abordagem conceitual tem diversas conseqüências:
1. A Situação Sustentável é, por princípio, global.
2. Estando esclarecidas as metas necessárias para a sobrevivência, todos –
cidadãos, organizações e países – têm a Responsabilidade de
contribuir da melhor forma, que estiver a seu alcance, de realizá-las.
3. As três componentes da Situação Sustentável – Sustentabilidade Ambiental,
Sustentabilidade Social e Sustentabilidade Econômica – terão de ser realiza-
das simultaneamente. Mas todos os esforços se orientam para a dimensão
social.

Entende-se que a responsabilidade é desempenhada de forma unilateral e
voluntária. Trata-se de uma atitude. É uma categoria não negociável.
A falta do melhor desempenho configura Culpabilidade por Omissão. Daí
se conclui que:
4. Tratados são dispensáveis para o desempenho da Responsabilidade
pela realização da Situação Sustentável.

A Situação Sustentável só pode ser realizada através de ações dos seres humanos orientadas para as características identificadas. Tais comportamentos e ações
planejadas haverão de ser adotadas ao longo do trajeto de desenvolvimento e
preservadas quando a Situação Sustentável for atingida. Trata-se políticas, projetos, instituições e cultura adotadas, que completam o quadro das características da Situação Sustentável:

Características da Situação Sustentável 2:  [ 2 >  vide Referências Bibliográficas ]

–  Sustentabilidade da Política.

0. PAZ duradoura nas sociedades e entre as sociedades.

14. Os Ordenamentos Políticos são Regimes Democráticos com intervenções
institucionais na economia.

15. Uma Sociedade Civil – contingente de Cidadãos por Responsabilidade –
vigilante e ativa zela para a manutenção do Regime Democrático e pelos
equilíbrios econômicos.

–  Sustentabilidade da Política Econômica.

16. Os Ordenamentos Econômicos são Modelos de Regime de Mercado.

17. A política econômica visa a manutenção do equilíbrio em economias sem
crescimento e “saturadas” e a manutenção do equilíbrio global entre
economias com produções diversas.

18. A sustentabilidade social é garantida por uma “política econômica global de
ocupação e renda adequada”.

–  Cultura Sustentável.

19. Forte presença de engajados Cidadãos por Responsabilidade nas
sociedades.

Os Objetivos deste Site sobre Desenvolvimento Sustentável são:.

1.  Contribuir para a Aceleração do Desenvolvimento Sustentável através da      apresentação  de uma estrutura de conceitos consistente e de uma                      organização temática.

2.  Facilitar a discussão focada em aspectos da problemática do                              Desenvolvimento Sustentável, que se tornam melhor perceptíveis pela              Organização do Site-Blog.

Modo de operação do Site e do Blog.

De início neste Site está exposta a abordagem do problema do Desenvolvimento Sustentável. Seguem abordagens concentradas nos principais problemas a serem vencidos ao longo do trajeto da realização da Situação Sustentável.  Está assim oferecida no Blog uma plataforma para a discussão aberta, com uma estrutura conceitual, que se comprova consistente.  Apesar da organização, o blog permite a leitura e discussão por qualquer texto e a exploração transversal conforme o interesse do visitante.  Espera-se que ao longo das discussões se configurarão assuntos adicionais. Desta forma a estrutura proposta é aberta, sendo que se configurará segundo a evolução das percepções dos participantes, articuladas nas contribuições ao Blog.  Deverá ocorrer um detalhamento crescente dos assuntos. Um maior detalhamento inicial se encontra nos livros de referência.

Referências Bibliográficas

Os posicionamentos articulados neste site e postos à discussão no blog foram desenvolvidos nos livros adquiríveis na loja virtual anexada ao site:

 

1. Harald Hellmuth Como acelerar o Desenvolvimento Sustentável? – Projetos, Agentes, Sociedades, Yalis Editora, 2012, São Paulo.
2. Harald Hellmuth Como acelerar o Desenvolvimento Sustentável? Tomo II – Políticas, Economia, Cultura, Desenvolvimento da Cultura de Sustentabilidade. Yalis Editora, 2015, São Paulo.
3. Harald Hellmuth Ensaios sobre Desenvolvimento Sustentável – Atuação para a Sustentabilidade nas Organizações e na Sociedade, Yalis Editora, 2012, São Paulo.
4. Harald Hellmuth Cidadão por Responsabilidade – Atuação para a Sustentabilidade nas Organizações e na Sociedade, Yalis Editora, 2012, São Paulo.
5. Harald Hellmuth Da Mobilização da Sociedade pelo Desenvolvimento Sustentável – Atuação para a Sustentabilidade nas Organizações e na Sociedade, Yalis Editora, 2012, São Paulo.
6. Harald Hellmuth Quais rumos queremos seguir? Mudanças para um Brasil melhor,Yalis Editora, 2014, São Paulo.

Agir com Responsabilidade

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Responsabilidade é Atitude – (querer fazer) – por percepção de compromisso. Trata-se de uma categoria não diferençável e não remunerável. Neste site-blog a Responsabilidade é considerada o fundamento da motivação para as ações de promover o Desenvolvimento Sustentável.

O que é agir com Responsabilidade?                                                                                      ( Cidadão por Responsabilidade )                                                                                                     
Entende-se que quando se age com Responsabilidade se parte de uma atitude, de um impulso íntimo, de atender a compromissos e a valores reconhecidos.  Aplicações:

1.  Reconhecimento da VIDA como valor supremo:
Motiva a dedicação a objetivos como a Sustentabilidade Ambiental – a preservação do Meio Ambiente – e a Extinção da Miséria, a principal meta de Sustentabilidade Social. Evidentemente, é o ponto de partida para movimentos pacifistas, assim como da condenação do terrorismo e a prática de suicídio assassino.
Motiva também a economia no consumo de recursos como energia, água e de materiais, tanto na produção, como pelos consumidores, e o descarte seletivo de resíduos para encaminhamento ao reaproveitamento e à reciclagem.

2.  Empenho por Metas de uma organização provedora de renda – sustento material – para os participantes e as respectivas famílias.  Neste contexto se situaria a desistência de remunerações exorbitantes para altos executivos.

3.  Observação de práticas recomendadas, baseadas na experiência, como
– a inibição da concessão de créditos não resgatáveis – gerando títulos “podres” – tanto           para famílias e organizações, como para estados;                                                                         – a limitação de dívidas de empresas para prevenir riscos à sobrevivência e de Estados           para prevenir crises financeiras e perdas de empregos;                                                               – a limitação da alavancagem nas organizações financeiras a proporções que não ponham       em risco a liquidez e os recursos dos depositantes;                                                                       – da abstenção da comercialização de títulos podres, o que caracteriza fraude,                         corresponde ao comportamento responsável de organizações de crédito pelo Bem-Público,   um elemento da dimensão econômica da Sustentabilidade.

4. Abstenção de corrupção, ou seja, de desvio de recursos públicos, ou outros, para                     benefício pessoal, o que caracteriza “enriquecimento não justificado” à custa da                      sociedade.

5. Cumprimento das Leis por responsabilidade cidadã e não por receio das
punições por infrações..

6. Orientação segundo o imperativo categórico, formulado por Kant: “Aja de maneira tal           que a máxima de tua ação possa valer como princípio de uma lei universal.”

Todos os exemplos têm em comum de se basearem em decisões voluntárias, isto é, tomadas em liberdade e com reconhecimento dos interesses e das interdependências comuns.

Cidadão por Responsabilidade – Responsabilidades

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O que é Cidadão por Responsabilidade? 1, 4
( 1 e 4 > Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas)

O Cidadão por Responsabilidade é um ícone social proposto como extrapolação do “Profissional ‘Educated Person’” denominado por Peter Drucker – em Post-capitalist society (1993) – para caracterizar o participante numa empresa que, além de contribuir com as suas competências especializadas, se engajam pelo sucesso da organização como um todo e com a influência da organização sobre a sociedade. O Cidadão por Responsabilidade se engaja também pelo Desenvolvimento Sustentável.

Como a Situação Sustentável não existirá sem uma cultura correspondente, a existência de um número muito grande de Cidadãos por Responsabilidade é imprescindível. A sua formação é uma tarefa dos sistemas de educação ainda não compreendida.

Os Cidadãos por Responsabilidades atuantes no Segundo Setor, o das organizações de produção, e no Terceiro Setor, o das organizações sem fins lucrativos, produzem o Desenvolvimento Sustentável Difuso. Os Cidadãos por Responsabilidade atuantes no Primeiro Setor, compreendido pelo Governo e pelo Estado, são responsáveis pelo Desenvolvimento Sustentável Programado.
Os primeiros serão tanto apoiadores, como pressionadores, por ações dos últimos.

 

  Horizonte temporal                                                Âmbito

– Pela sobrevivência própria e de sua família
presente / duração da vida                                             privado

– Pelas Organizações em que atua
presente / continuidade produção                                 organização

– Pelo bem-comum
presente / gerações atuais                                           político nacional

infinito / gerações futuras                                                 global                                   sobrevivência / Sustentabilidade

 

Cidadania.

O coletivo dos Cidadãos por Responsabilidade numa sociedade é a Cidadania, ou Sociedade Civil Responsável.  Aqueles que abraçam uma causa e se organizam em Organizações não Governamentais – as ONGs – ou Organizações sem Fins Lucrativos compõem a Sociedade Civil Organizada.

A Cidadania só pode se desenvolver e exercer influência nas sociedades com regimes de governo democráticos.  Assim sendo ela é responsável pela manutenção e pelo aperfeiçoa-mento da Democracia.  Além de exercer o direito de voto, garantido na Constituição, tem a responsabilidade de controlar a atuação dos representantes eleitos, particularmente a gestão dos recursos orçamentários, para os quais contribui com os impostos.  Os governos e os congressos funcionam tanto melhor, quanto mais consciente, ativa e crítica for a Cidadania.  As políticas nacionais, como por exemplo a Política para o Desenvolvimento Sustentável precisam ser aprovadas pela cidadania e exigida mediante mobilizações.

Desempenho pelo Desenvolvimento Sustentável

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O que é Desempenho de Responsabilidade pelo Desenvolvimento Sustentável?

Constata-se na abertura deste site ( < Situação Sustentável e Responsabilidade ) que “estando esclarecidas as metas necessárias para a sobrevivência, todos – cidadãos, organizações e países – têm a Responsabilidade de contribuir da melhor forma, que estiver a seu alcance, de realizá-las”. Por princípio esta contribuição é soberana, quer dizer voluntária e incondicional. Por isso tratados são dispensáveis para o desempenho da Responsabilidade pela Realização da Situação Sustentável.

A falta do melhor desempenho configura Culpabilidade por Omissão. E o omisso se coloca na posição de “vilão”. Este predicado se aplicaria tanto ao cidadão, como à organização, quanto a um Estado.

O que é Responsabilidade?

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O que é Responsabilidade?

Segundo a primeira interpretação do Dicionário Houaiss, Responsabilidade é a obrigação de responder pelas ações próprias ou de outros. Mas significa também o cumprimento de um acerto: Do vendedor entregar o objeto ou serviço vendido e do comprador de pagar o preço acordado. Envolve a compensação por algo recebido: Em relação à família seria a retribuição pela proteção do grupo; em relação à organização, que oferece ocupação e renda e perspectivas de realização pessoal, o empenho pelo sucesso da organização; em relação à sociedade um empenho pela vitalidade das instituições; que possibilitam a segurança de vida em sociedade. A Responsabilidade pela continuação de condições propícias para a vida de todos os seres na Terra, em particular para os seres humanos, é uma inovação social, uma percepção nova. ( > Situação Sustentável e Responsabilidade )

A percepção de Responsabilidade é individual. Assim como lealdade e coragem constitui uma atitude e não conhecimento ou habilidade. Assim sendo a rigor não é ensinável. Pode ser reforçada, ou melhor conscientizada, através de exemplos vivenciados.

O Desempenho de Responsabilidade é voluntário e incondicional. Responsabilidade é uma categoria não negociável. Portanto, também não é remunerável. Remuneram-se competências: O emprego de conhecimentos e o desempenho de habilidades e a realização de objetivos.

Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

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Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

Um cidadão responde pela manutenção de sua família e responde quanto aos seus comportamentos adequados diante da sociedade, inclusive no que tange à contribuição para o Desenvolvimento Sustentável. Como colaborador de uma organização, onde percebe a sua renda, é também co-responsável pela à sobrevivência da organização, ou seja, pela continuidade da produção e dos empregos.

As empresas – as corporações -, como pessoas jurídicas, têm Responsabilidades análogas às Responsabilidades dos cidadãos frente à sociedade, tendo maiores poderes de produzir benefícios e causar danos. Isto se aplica ao Desenvolvimento Sustentável. Devem-se então distinguir as Responsabilidades Econômicas das Responsabilidades Ambientais e Sociais.

O tipo do negócio e dos produtos determina a forma como uma empresa aborda, desempenha e articula os três contextos de responsabilidade. Por exemplo, a responsabilidade ambiental se apresenta de uma forma diferente para agroindústrias e para indústrias metalúrgicas ou para bancos. Mas as expectativas da sociedade pedem que todas as empresas sejam mais transparentes, éticas e socialmente responsáveis.

Responsabilidade econômica.

A razão de ser das empresas está na satisfação de necessidades dos clientes ou dos consumidores, através dos produtos, que fabrica, e de serviços prestados. O resultado auferido através dessas atividades mede a eficiência do desempenho da empresa e se expressa pelo valor agregado. Por sua vez o valor agregado, popularmente o lucro, determina a satisfação dos fornecedores do capital, ou seja, dos acionistas no caso das sociedades anônimas, cujas expectativas se refletem no valor de mercado das empresas. A primeira responsabilidade da empresa é sobreviver prosperando neste campo de tensões de expectativas de satisfação. Tendo sucesso estará desempenhando a responsabilidade correlata de propiciar oportunidades de ocupação aos cidadãos, diretamente, nos processos próprios e, indiretamente, nos negócios dos parceiros e através do consumo das rendas geradas.

A geração de ocupação, que vai além dos empregos, haveria de ser entendida como uma categoria social; considera-se que seja a mais importante. Curiosamente, muitas críticas parecem esquecer que nenhuma outra responsabilidade social poderá ser desempenhada caso a empresa não sobreviver.

O empenho pela sobrevivência da empresa está presente em todas as atividades “internas”, como as de desenvolvimento de tecnologias e de produtos, produção, garantia da qualidade, adaptação das estruturas de produção e administrativas a novas tecnologias e a mudanças sociais, capacitação de colaboradores e não raro de clientes e usuários, esforços de vendas e atividades de marketing. Todas as atividades serão executadas consistentemente com empenho e qualidade quando as expectativas dos colaboradores em relação à remuneração, condições e ambiente de trabalho, segurança, descanso, reconhecimento, desenvolvimento profissional, assistência médica, entre outras, estiverem equilibradas num nível de satisfação aceitado.

Todos os empenhos da gestão da empresa que visam a motivação dos colaboradores e o resultado financeiro serão compreendidos como parte do exercício da responsabilidade econômica, mesmo que em relatórios anuais de empresas constem no contexto do desempenho social. Em particular, as características de qualidade dos produtos e serviços integram o contexto de exigências da “excelência empresarial”.

Responsabilidade ambiental.

A responsabilidade ambiental da gestão empresarial se refere tanto à sustentabilidade, na consideração das condições de sobrevivência das gerações futuras, quanto à qualidade de vida das gerações presentes. O uso parcimonioso dos recursos naturais e a conservação das espécies são aspectos alocáveis no primeiro aspecto. Os problemas da poluição das águas – rios, lagos, mares, lençóis freáticos –, da atmosfera – chuvas ácidas, aquecimento da atmosfera, buraco de ozônio etc. – e do solo – contaminações, erosão entre outros também afetam a vida contemporânea.

Progressivamente as empresas assumem posturas de iniciativa diante os assuntos ambientais. As medidas destinadas a melhorias dos produtos e dos processos de fabricação para minimizar a emissão de efluentes, melhorar o rendimento, eliminar materiais tóxicos, adotar materiais biodegradáveis e assim por adiante, contribuem para assegurar a competitividade. Portanto podem ser consideradas entre as responsabilidades econômicas. O mesmo poderia ser afirmado em relação a medidas de proteção do solo e à cultura orgânica, para citar apenas dois exemplos no campo do agro-negócio.

Na verdade as distinções conceituais das responsabilidades não têm efeito operacional, de forma que faz sentido a atribuição da gestão da qualidade e da gestão ambiental a uma mesma função administrativa. Muitas empresas integraram a gestão ambiental à gestão estratégica do negócio quando praticam rotinas modernas de planejamento revolvente em que os aspectos relacionados a produtos, processos, mercado, treinamento e resultado financeiro são considerados conjuntamente. A gestão ambiental cobre hoje todo o ciclo de um produto e de uma instalação, desde a concepção até o fim da vida útil com a destinação dos resíduos ou o descomissionamento.

Existe agora uma estrutura bastante desenvolvida compreendendo Legislação, Normas Técnicas Brasileiras e Normas Ambientais Internacionais – ISO 14000 – e procedimentos de certificação, auditoria e licenciamento, que tornam os cuidados com o meio ambiente obrigatórios para uma organização que pretenda manter-se competitiva. E deve-se reconhecer que já se podem apontar os efeitos benéficos dessas prescrições. A inibição da formação de novos passivos ambientais pode ser considerada um grande progresso.

Responsabilidade social.

Nas considerações anteriores se constatou, que a criação e a constante adaptação das oportunidades de ocupação corresponde a um desempenho social da mais alta relevância, resultante do desempenho de responsabilidades econômicas. O desempenho de responsabilidades ambientais de forma cada vez mais impositiva tem se tornado uma premissa do desempenho das funções de produção. E com os impostos e contribuições incidentes sobre os valores gerados as empresas direta e indiretamente financiam o Estado e o Governo. Em princípio, o Governo é responsável pelo desempenho de funções sociais do Estado, tais como saúde, educação, justiça e segurança. Uma organização é responsável pelas condições no ambiente de trabalho.

Constata-se que o desempenho das Responsabilidades Corporativas determina a reputação da empresa e de seus produtos. Mas o alcance da atuação das organizações para a Realização de uma Situação Sustentável é limitado. As Políticas para o Desenvolvimento cabem aos Estados, únicas entidades com autoridade e poder de promover Projetos Nacionais e Regionais para o Desenvolvimento Sustentável.

Desempenho de Responsabilidades

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Desempenho de Responsabilidades.

Durante a maior parte da história, o poder detido pelo Estado – pelo monarca – servia para a conquista e à defesa. A produção era quase exclusivamente agro-pecuária. A população era convocada para a construção de muralhas, castelos, palácios e templos na condição de servidão ou escravidão.

A ideia de uma Responsabilidade pelo bem-estar da coletividade nasceu ao longo da Revolução Industrial através da critica às condições sociais no início da economia liberal com o advento da teoria socialista-marxista. A configuração do “estado do bem-estar social” evoluiu de uma resposta do estado da Prússia às pressões sindicalistas. A Responsabilidade Social do Estado hoje está estabelecida. Compreende os subsídios de renda aos cidadãos desempregados, aos acidentados no trabalho, aos enfermos e aos aposentados através de sistemas de seguros. Estabelece também a Responsabilidade do Estado pela educação e formação profissional e pelo sistema de saúde, inclusive o saneamento.

Ao Estado competem as Responsabilidades pelas atividades que alcançam grandes contingentes da população e extensas áreas territoriais, como a regulação do suprimento de água e de energia e a gestão de biomas, como as florestas. No Brasil o dever de “defender o Meio Ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” está formulado na Constituição de 1988.

As sociedades acostumaram-se a esperar que os Estados / Governos – o Primeiro Setor – resolvessem todos os problemas. Apenas nos anos 1970 as sociedades começaram a se mobilizar com maior intensidade. Surgiram muitas organizações sem fins lucrativos, as NPOs – No Profits – ou as Organizações Não Governamentais, ONGs, ampliando o Terceiro Setor. As ONGs abraçaram causas insuficientemente atendidas pelos Estados – mortalidade infantil, educação, saúde, atendimento a crianças, a idosos, e a deficientes, desenvolvimento social e econômico de comunidades, etc. – além de novas causas como direitos humanos e as ambientais de proteção a biomas. No Brasil as ONGs SOS Mata Atlântica, IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, entre outras, estão neste contexto, além das ONGs internacionais Greenpeace e WWF.  As ONGs têm conseguido influenciar políticas públicas e legislações. Nos Estados Unidos cerca de 15% do PIB é movimentado pelas NPOs.

Em algumas sociedades estabeleceram-s Partidos Verdes.  A Organização das Nações Unidas estabeleceram ações globais de enfrentamento da pobreza – PNUD – e de conservação ambiental – PNUMA.  Dessa forma hoje Governos / Estados estão sujeitos a pressões locais e internacionais para desempenharem Responsabilidades de Desenvolvimento Social e Ambiental.

Da ação do Terceiro Setor, quer dizer, da cidadania nasceu também o conceito da Responsabilidade Social Corporativa – RSC -, que foi também reconhecida por Peter Drucker em “Post-capitalist society” em 1993.  As organizações de produção – Segundo Setor –, além da responsabilidade por sua própria sobrevivência e por resultados beneficiadores dos empreendedores ou acionistas, são Responsáveis pelos impactos que a produção causa na natureza e, no mínimo, por desenvolvimentos de seus colaboradores.  As empresas foram pressionadas a adicionar relatórios sobre ações de proteção ambiental e ações sociais aos balanços – as demonstrações de desempenho econômico.  A imagem de desempenhos de Responsabilidades Sociais alcança importância comparável à imagem da qualidade dos produtos e serviços.

Tanto o desenvolvimento do Terceiro Setor, como a sedimentação da percepção de Responsabilidade Social Corporativa constituem “inovações sociais”.  Mas é evidente que as ações dos Terceiro e Segundo Setores têm alcance limitado. O efeito de suas contribuições para o Desenvolvimento Sustentável é difuso

Problemas no Desenvolvimento Econômico Sustentável.

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Problemas no Desenvolvimento Econômico Sustentável.

A Situação Econômica Sustentável estabelecer-se-á na medida em que a dimensão social e ambiental da Situação Sustentável forem realizadas.  As previsíveis dificuldades de natureza econômica são de gestão, portanto comportamentais.  São entre outras:

– O estabelecimento de uma cultura de observação das boas práticas nos negócios, dessa forma evitando-se a formação de crises econômicas – financeiras e de ocupação / renda.

– A prática da remuneração adequada para os contingentes nas bases das pirâmides sociais globalmente.

– A aceitação de limites para o crescimento econômico  >  Pegada Ecológica

Matrizes Energéticas

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Do desenvolvimento das Matrizes Energéticas.

Com o invento de James Watt da regulação da transformação do calor em energia mecânica, iniciou a Revolução Industrial no fim do século XVIII. Desde então até hoje a demanda e a geração de energia aceleraram. Nunca a escassez de energia impediu o crescimento da produção industrial.

Da geração com combustíveis /fontes fósseis.

Inicialmente utilizaram-se caldeiras a carvão mineral (ou lenha) e máquinas a vapor. A geração elétrica favoreceu o desenvolvimento de turbinas a vapor. Depois se inventaram os motores de combustão interna, passando-se a queimar também derivados de petróleo. Mais tarde as turbinas a gás expandiram a combustão de gás natural em centrais termelétricas.

As reservas desses combustíveis fósseis são finitas, mas muito maiores do que se previa. Mesmo assim se desenvolveu a geração por fissão nuclear como fonte de calor. A utilização da energia da fusão nuclear ainda não ultrapassou a fase experimental.

Com o aumento do aproveitamento dos combustíveis fósseis surgiram os inconvenientes da poluição atmosférica por fumaça, particulados, e gases geradores do efeito estufa (GEE). O reconhecimento do risco das Mudanças Climáticas levou a um primeiro entendimento global sobre a redução das emissões de GEE segundo o Protocolo de Kyoto de 1995. As chuvas ácidas foram dominadas por filtros e catalisadores nos condutos de gases de combustão e substituição do carvão por gás natural.

Passou-se a acelerar o desenvolvimento tecnológico para a exploração dos recursos renováveis, que não são poluidores. Com as fontes solar eólica e os biocombustíveis obtiveram-se os melhores progressos. A utilização da energia marinha – de ondas, correntes e marés – e da geotermia será limitada.

Da geração eólica e solar.

Em meados da década dos 90 ainda não se contava com a expansão da geração eólica que se presencia. Com o desenvolvimento de unidades mais altas e maiores e a experiência adquirida os custos da geração eólica declinaram aceleradamente, chegando hoje a competir com a energia das centrais térmicas e mesmo de usinas hidrelétricas.

A captação de energia solar para finalidades de aquecimento sempre representa uma grande economia de custos. Grandes reduções de custos já foram alcançadas com a massificação da produção de painéis fotovoltaicos de geração de energia. Espera-se que da aplicação da nanotecnologia resultarão inovações. A geração fotovoltaica tem a vantagem da possibilidade da instalação extremamente descentralizada de energia elétrica, até nos próprios pontos de consumo. Um exemplo é a instalação nos telhados das residências. Esta possibilidade revoluciona a gestão das redes de distribuição, configurando as “redes inteligentes”. Os domicílios então vendem “energia excedente” e compram energia quando o consumo esgotar a energia armazenada em acumuladores. A redução do consumo de energia propiciado pelos desenvolvimentos na tecnologia de iluminação, pelo aumento da eficiência dos eletrodomésticos e a arquitetura – redução de consumo no condicionamento – favorece a adoção da “auto-geração” pelos consumidores. A geração descentralizada também se aplica a sítios isolados e para favorecer contingentes rurais na base da pirâmide social, como promove o governo indiano.

A energia solar também pode ser captada por concentração térmica através de espelhos e geração de energia com turbinas a vapor convencionais. Existem instalações experimentais com diversas configurações. Um plano futurístico prevê que uma parcela significativa da demanda por energia elétrica da Europa seria gerada na África e transmitida por linhas de extra-alta tensão submarinas. A acumulação de energia ainda está sendo aperfeiçoada.

Metas da mudança de Matrizes Energéticas.

A meta ambiciosa da configuração do suprimento de energia – da Matriz Elétrica – é a geração elétrica – quase – total com fontes renováveis. Os potenciais globais ultrapassam a demanda. Em combinação com a divulgação dos acionamentos elétricos e híbridos, que está iniciando, espera-se alcançar uma redução das emissões de GEE para níveis compatíveis com a capacidade de seqüestro da natureza.

Atualmente, todos os prognósticos sobre a futura composição das Matrizes Energética são especulações constantemente revistas diante dos velozes desenvolvimentos tecnológicos e da crescente disposição para investimentos na geração com fontes de energia renováveis e nos recursos de racionalização do consumo. Segundo Lester R Brown em Plan B 3.0 toda a energia elétrica consumida nos Estados Unidos – o segundo maior emissor de GEE – nas indústrias, nos domicílios e pelos veículos automotivos poderia ter origem eólica e solar. No Brasil, também um grande emissor em função dos desmatamentos, esta meta seria mais fácil de ser realizada, terminando-se os desmatamentos. Na Europa as condições são menos favoráveis, mas as projeções de políticas energéticas prevêem reduções drásticas de emissões até meados deste século. A China é, atualmente, o maior emissor de GEE, mas também empenha os maiores investimentos na geração eólica e solar. Em data recente, pela primeira vez o investimento em energias limpas superou o investimento e geração com recursos fósseis.

Conclusões.

O suprimento de energia sem emissões de GEE não representa um impedimento técnico à realização da Situação Sustentável.

O desenvolvimento das Matrizes Energéticas das sociedades é objeto de projetos públicos e, portanto, do Desenvolvimento Sustentável Projetado. Os mais notáveis exemplos atuais acontecem na China, na Grã Bretanha e na Alemanha.