Desempenho de Responsabilidades

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Desempenho de Responsabilidades.

Durante a maior parte da história, o poder detido pelo Estado – pelo monarca – servia para a conquista e à defesa. A produção era quase exclusivamente agro-pecuária. A população era convocada para a construção de muralhas, castelos, palácios e templos na condição de servidão ou escravidão.

A ideia de uma Responsabilidade pelo bem-estar da coletividade nasceu ao longo da Revolução Industrial através da critica às condições sociais no início da economia liberal com o advento da teoria socialista-marxista. A configuração do “estado do bem-estar social” evoluiu de uma resposta do estado da Prússia às pressões sindicalistas. A Responsabilidade Social do Estado hoje está estabelecida. Compreende os subsídios de renda aos cidadãos desempregados, aos acidentados no trabalho, aos enfermos e aos aposentados através de sistemas de seguros. Estabelece também a Responsabilidade do Estado pela educação e formação profissional e pelo sistema de saúde, inclusive o saneamento.

Ao Estado competem as Responsabilidades pelas atividades que alcançam grandes contingentes da população e extensas áreas territoriais, como a regulação do suprimento de água e de energia e a gestão de biomas, como as florestas. No Brasil o dever de “defender o Meio Ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” está formulado na Constituição de 1988.

As sociedades acostumaram-se a esperar que os Estados / Governos – o Primeiro Setor – resolvessem todos os problemas. Apenas nos anos 1970 as sociedades começaram a se mobilizar com maior intensidade. Surgiram muitas organizações sem fins lucrativos, as NPOs – No Profits – ou as Organizações Não Governamentais, ONGs, ampliando o Terceiro Setor. As ONGs abraçaram causas insuficientemente atendidas pelos Estados – mortalidade infantil, educação, saúde, atendimento a crianças, a idosos, e a deficientes, desenvolvimento social e econômico de comunidades, etc. – além de novas causas como direitos humanos e as ambientais de proteção a biomas. No Brasil as ONGs SOS Mata Atlântica, IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, entre outras, estão neste contexto, além das ONGs internacionais Greenpeace e WWF.  As ONGs têm conseguido influenciar políticas públicas e legislações. Nos Estados Unidos cerca de 15% do PIB é movimentado pelas NPOs.

Em algumas sociedades estabeleceram-s Partidos Verdes.  A Organização das Nações Unidas estabeleceram ações globais de enfrentamento da pobreza – PNUD – e de conservação ambiental – PNUMA.  Dessa forma hoje Governos / Estados estão sujeitos a pressões locais e internacionais para desempenharem Responsabilidades de Desenvolvimento Social e Ambiental.

Da ação do Terceiro Setor, quer dizer, da cidadania nasceu também o conceito da Responsabilidade Social Corporativa – RSC -, que foi também reconhecida por Peter Drucker em “Post-capitalist society” em 1993.  As organizações de produção – Segundo Setor –, além da responsabilidade por sua própria sobrevivência e por resultados beneficiadores dos empreendedores ou acionistas, são Responsáveis pelos impactos que a produção causa na natureza e, no mínimo, por desenvolvimentos de seus colaboradores.  As empresas foram pressionadas a adicionar relatórios sobre ações de proteção ambiental e ações sociais aos balanços – as demonstrações de desempenho econômico.  A imagem de desempenhos de Responsabilidades Sociais alcança importância comparável à imagem da qualidade dos produtos e serviços.

Tanto o desenvolvimento do Terceiro Setor, como a sedimentação da percepção de Responsabilidade Social Corporativa constituem “inovações sociais”.  Mas é evidente que as ações dos Terceiro e Segundo Setores têm alcance limitado. O efeito de suas contribuições para o Desenvolvimento Sustentável é difuso

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