Mês: fevereiro 2015

Desempenho pelo Desenvolvimento Sustentável

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O que é Desempenho de Responsabilidade pelo Desenvolvimento Sustentável?

Constata-se na abertura deste site ( < Situação Sustentável e Responsabilidade ) que “estando esclarecidas as metas necessárias para a sobrevivência, todos – cidadãos, organizações e países – têm a Responsabilidade de contribuir da melhor forma, que estiver a seu alcance, de realizá-las”. Por princípio esta contribuição é soberana, quer dizer voluntária e incondicional. Por isso tratados são dispensáveis para o desempenho da Responsabilidade pela Realização da Situação Sustentável.

A falta do melhor desempenho configura Culpabilidade por Omissão. E o omisso se coloca na posição de “vilão”. Este predicado se aplicaria tanto ao cidadão, como à organização, quanto a um Estado.

O que é Responsabilidade?

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O que é Responsabilidade?

Segundo a primeira interpretação do Dicionário Houaiss, Responsabilidade é a obrigação de responder pelas ações próprias ou de outros. Mas significa também o cumprimento de um acerto: Do vendedor entregar o objeto ou serviço vendido e do comprador de pagar o preço acordado. Envolve a compensação por algo recebido: Em relação à família seria a retribuição pela proteção do grupo; em relação à organização, que oferece ocupação e renda e perspectivas de realização pessoal, o empenho pelo sucesso da organização; em relação à sociedade um empenho pela vitalidade das instituições; que possibilitam a segurança de vida em sociedade. A Responsabilidade pela continuação de condições propícias para a vida de todos os seres na Terra, em particular para os seres humanos, é uma inovação social, uma percepção nova. ( > Situação Sustentável e Responsabilidade )

A percepção de Responsabilidade é individual. Assim como lealdade e coragem constitui uma atitude e não conhecimento ou habilidade. Assim sendo a rigor não é ensinável. Pode ser reforçada, ou melhor conscientizada, através de exemplos vivenciados.

O Desempenho de Responsabilidade é voluntário e incondicional. Responsabilidade é uma categoria não negociável. Portanto, também não é remunerável. Remuneram-se competências: O emprego de conhecimentos e o desempenho de habilidades e a realização de objetivos.

Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

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Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

Um cidadão responde pela manutenção de sua família e responde quanto aos seus comportamentos adequados diante da sociedade, inclusive no que tange à contribuição para o Desenvolvimento Sustentável. Como colaborador de uma organização, onde percebe a sua renda, é também co-responsável pela à sobrevivência da organização, ou seja, pela continuidade da produção e dos empregos.

As empresas – as corporações -, como pessoas jurídicas, têm Responsabilidades análogas às Responsabilidades dos cidadãos frente à sociedade, tendo maiores poderes de produzir benefícios e causar danos. Isto se aplica ao Desenvolvimento Sustentável. Devem-se então distinguir as Responsabilidades Econômicas das Responsabilidades Ambientais e Sociais.

O tipo do negócio e dos produtos determina a forma como uma empresa aborda, desempenha e articula os três contextos de responsabilidade. Por exemplo, a responsabilidade ambiental se apresenta de uma forma diferente para agroindústrias e para indústrias metalúrgicas ou para bancos. Mas as expectativas da sociedade pedem que todas as empresas sejam mais transparentes, éticas e socialmente responsáveis.

Responsabilidade econômica.

A razão de ser das empresas está na satisfação de necessidades dos clientes ou dos consumidores, através dos produtos, que fabrica, e de serviços prestados. O resultado auferido através dessas atividades mede a eficiência do desempenho da empresa e se expressa pelo valor agregado. Por sua vez o valor agregado, popularmente o lucro, determina a satisfação dos fornecedores do capital, ou seja, dos acionistas no caso das sociedades anônimas, cujas expectativas se refletem no valor de mercado das empresas. A primeira responsabilidade da empresa é sobreviver prosperando neste campo de tensões de expectativas de satisfação. Tendo sucesso estará desempenhando a responsabilidade correlata de propiciar oportunidades de ocupação aos cidadãos, diretamente, nos processos próprios e, indiretamente, nos negócios dos parceiros e através do consumo das rendas geradas.

A geração de ocupação, que vai além dos empregos, haveria de ser entendida como uma categoria social; considera-se que seja a mais importante. Curiosamente, muitas críticas parecem esquecer que nenhuma outra responsabilidade social poderá ser desempenhada caso a empresa não sobreviver.

O empenho pela sobrevivência da empresa está presente em todas as atividades “internas”, como as de desenvolvimento de tecnologias e de produtos, produção, garantia da qualidade, adaptação das estruturas de produção e administrativas a novas tecnologias e a mudanças sociais, capacitação de colaboradores e não raro de clientes e usuários, esforços de vendas e atividades de marketing. Todas as atividades serão executadas consistentemente com empenho e qualidade quando as expectativas dos colaboradores em relação à remuneração, condições e ambiente de trabalho, segurança, descanso, reconhecimento, desenvolvimento profissional, assistência médica, entre outras, estiverem equilibradas num nível de satisfação aceitado.

Todos os empenhos da gestão da empresa que visam a motivação dos colaboradores e o resultado financeiro serão compreendidos como parte do exercício da responsabilidade econômica, mesmo que em relatórios anuais de empresas constem no contexto do desempenho social. Em particular, as características de qualidade dos produtos e serviços integram o contexto de exigências da “excelência empresarial”.

Responsabilidade ambiental.

A responsabilidade ambiental da gestão empresarial se refere tanto à sustentabilidade, na consideração das condições de sobrevivência das gerações futuras, quanto à qualidade de vida das gerações presentes. O uso parcimonioso dos recursos naturais e a conservação das espécies são aspectos alocáveis no primeiro aspecto. Os problemas da poluição das águas – rios, lagos, mares, lençóis freáticos –, da atmosfera – chuvas ácidas, aquecimento da atmosfera, buraco de ozônio etc. – e do solo – contaminações, erosão entre outros também afetam a vida contemporânea.

Progressivamente as empresas assumem posturas de iniciativa diante os assuntos ambientais. As medidas destinadas a melhorias dos produtos e dos processos de fabricação para minimizar a emissão de efluentes, melhorar o rendimento, eliminar materiais tóxicos, adotar materiais biodegradáveis e assim por adiante, contribuem para assegurar a competitividade. Portanto podem ser consideradas entre as responsabilidades econômicas. O mesmo poderia ser afirmado em relação a medidas de proteção do solo e à cultura orgânica, para citar apenas dois exemplos no campo do agro-negócio.

Na verdade as distinções conceituais das responsabilidades não têm efeito operacional, de forma que faz sentido a atribuição da gestão da qualidade e da gestão ambiental a uma mesma função administrativa. Muitas empresas integraram a gestão ambiental à gestão estratégica do negócio quando praticam rotinas modernas de planejamento revolvente em que os aspectos relacionados a produtos, processos, mercado, treinamento e resultado financeiro são considerados conjuntamente. A gestão ambiental cobre hoje todo o ciclo de um produto e de uma instalação, desde a concepção até o fim da vida útil com a destinação dos resíduos ou o descomissionamento.

Existe agora uma estrutura bastante desenvolvida compreendendo Legislação, Normas Técnicas Brasileiras e Normas Ambientais Internacionais – ISO 14000 – e procedimentos de certificação, auditoria e licenciamento, que tornam os cuidados com o meio ambiente obrigatórios para uma organização que pretenda manter-se competitiva. E deve-se reconhecer que já se podem apontar os efeitos benéficos dessas prescrições. A inibição da formação de novos passivos ambientais pode ser considerada um grande progresso.

Responsabilidade social.

Nas considerações anteriores se constatou, que a criação e a constante adaptação das oportunidades de ocupação corresponde a um desempenho social da mais alta relevância, resultante do desempenho de responsabilidades econômicas. O desempenho de responsabilidades ambientais de forma cada vez mais impositiva tem se tornado uma premissa do desempenho das funções de produção. E com os impostos e contribuições incidentes sobre os valores gerados as empresas direta e indiretamente financiam o Estado e o Governo. Em princípio, o Governo é responsável pelo desempenho de funções sociais do Estado, tais como saúde, educação, justiça e segurança. Uma organização é responsável pelas condições no ambiente de trabalho.

Constata-se que o desempenho das Responsabilidades Corporativas determina a reputação da empresa e de seus produtos. Mas o alcance da atuação das organizações para a Realização de uma Situação Sustentável é limitado. As Políticas para o Desenvolvimento cabem aos Estados, únicas entidades com autoridade e poder de promover Projetos Nacionais e Regionais para o Desenvolvimento Sustentável.

Desempenho de Responsabilidades

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Desempenho de Responsabilidades.

Durante a maior parte da história, o poder detido pelo Estado – pelo monarca – servia para a conquista e à defesa. A produção era quase exclusivamente agro-pecuária. A população era convocada para a construção de muralhas, castelos, palácios e templos na condição de servidão ou escravidão.

A ideia de uma Responsabilidade pelo bem-estar da coletividade nasceu ao longo da Revolução Industrial através da critica às condições sociais no início da economia liberal com o advento da teoria socialista-marxista. A configuração do “estado do bem-estar social” evoluiu de uma resposta do estado da Prússia às pressões sindicalistas. A Responsabilidade Social do Estado hoje está estabelecida. Compreende os subsídios de renda aos cidadãos desempregados, aos acidentados no trabalho, aos enfermos e aos aposentados através de sistemas de seguros. Estabelece também a Responsabilidade do Estado pela educação e formação profissional e pelo sistema de saúde, inclusive o saneamento.

Ao Estado competem as Responsabilidades pelas atividades que alcançam grandes contingentes da população e extensas áreas territoriais, como a regulação do suprimento de água e de energia e a gestão de biomas, como as florestas. No Brasil o dever de “defender o Meio Ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” está formulado na Constituição de 1988.

As sociedades acostumaram-se a esperar que os Estados / Governos – o Primeiro Setor – resolvessem todos os problemas. Apenas nos anos 1970 as sociedades começaram a se mobilizar com maior intensidade. Surgiram muitas organizações sem fins lucrativos, as NPOs – No Profits – ou as Organizações Não Governamentais, ONGs, ampliando o Terceiro Setor. As ONGs abraçaram causas insuficientemente atendidas pelos Estados – mortalidade infantil, educação, saúde, atendimento a crianças, a idosos, e a deficientes, desenvolvimento social e econômico de comunidades, etc. – além de novas causas como direitos humanos e as ambientais de proteção a biomas. No Brasil as ONGs SOS Mata Atlântica, IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, entre outras, estão neste contexto, além das ONGs internacionais Greenpeace e WWF.  As ONGs têm conseguido influenciar políticas públicas e legislações. Nos Estados Unidos cerca de 15% do PIB é movimentado pelas NPOs.

Em algumas sociedades estabeleceram-s Partidos Verdes.  A Organização das Nações Unidas estabeleceram ações globais de enfrentamento da pobreza – PNUD – e de conservação ambiental – PNUMA.  Dessa forma hoje Governos / Estados estão sujeitos a pressões locais e internacionais para desempenharem Responsabilidades de Desenvolvimento Social e Ambiental.

Da ação do Terceiro Setor, quer dizer, da cidadania nasceu também o conceito da Responsabilidade Social Corporativa – RSC -, que foi também reconhecida por Peter Drucker em “Post-capitalist society” em 1993.  As organizações de produção – Segundo Setor –, além da responsabilidade por sua própria sobrevivência e por resultados beneficiadores dos empreendedores ou acionistas, são Responsáveis pelos impactos que a produção causa na natureza e, no mínimo, por desenvolvimentos de seus colaboradores.  As empresas foram pressionadas a adicionar relatórios sobre ações de proteção ambiental e ações sociais aos balanços – as demonstrações de desempenho econômico.  A imagem de desempenhos de Responsabilidades Sociais alcança importância comparável à imagem da qualidade dos produtos e serviços.

Tanto o desenvolvimento do Terceiro Setor, como a sedimentação da percepção de Responsabilidade Social Corporativa constituem “inovações sociais”.  Mas é evidente que as ações dos Terceiro e Segundo Setores têm alcance limitado. O efeito de suas contribuições para o Desenvolvimento Sustentável é difuso

Problemas no Desenvolvimento Econômico Sustentável.

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Problemas no Desenvolvimento Econômico Sustentável.

A Situação Econômica Sustentável estabelecer-se-á na medida em que a dimensão social e ambiental da Situação Sustentável forem realizadas.  As previsíveis dificuldades de natureza econômica são de gestão, portanto comportamentais.  São entre outras:

– O estabelecimento de uma cultura de observação das boas práticas nos negócios, dessa forma evitando-se a formação de crises econômicas – financeiras e de ocupação / renda.

– A prática da remuneração adequada para os contingentes nas bases das pirâmides sociais globalmente.

– A aceitação de limites para o crescimento econômico  >  Pegada Ecológica

Matrizes Energéticas

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Do desenvolvimento das Matrizes Energéticas.

Com o invento de James Watt da regulação da transformação do calor em energia mecânica, iniciou a Revolução Industrial no fim do século XVIII. Desde então até hoje a demanda e a geração de energia aceleraram. Nunca a escassez de energia impediu o crescimento da produção industrial.

Da geração com combustíveis /fontes fósseis.

Inicialmente utilizaram-se caldeiras a carvão mineral (ou lenha) e máquinas a vapor. A geração elétrica favoreceu o desenvolvimento de turbinas a vapor. Depois se inventaram os motores de combustão interna, passando-se a queimar também derivados de petróleo. Mais tarde as turbinas a gás expandiram a combustão de gás natural em centrais termelétricas.

As reservas desses combustíveis fósseis são finitas, mas muito maiores do que se previa. Mesmo assim se desenvolveu a geração por fissão nuclear como fonte de calor. A utilização da energia da fusão nuclear ainda não ultrapassou a fase experimental.

Com o aumento do aproveitamento dos combustíveis fósseis surgiram os inconvenientes da poluição atmosférica por fumaça, particulados, e gases geradores do efeito estufa (GEE). O reconhecimento do risco das Mudanças Climáticas levou a um primeiro entendimento global sobre a redução das emissões de GEE segundo o Protocolo de Kyoto de 1995. As chuvas ácidas foram dominadas por filtros e catalisadores nos condutos de gases de combustão e substituição do carvão por gás natural.

Passou-se a acelerar o desenvolvimento tecnológico para a exploração dos recursos renováveis, que não são poluidores. Com as fontes solar eólica e os biocombustíveis obtiveram-se os melhores progressos. A utilização da energia marinha – de ondas, correntes e marés – e da geotermia será limitada.

Da geração eólica e solar.

Em meados da década dos 90 ainda não se contava com a expansão da geração eólica que se presencia. Com o desenvolvimento de unidades mais altas e maiores e a experiência adquirida os custos da geração eólica declinaram aceleradamente, chegando hoje a competir com a energia das centrais térmicas e mesmo de usinas hidrelétricas.

A captação de energia solar para finalidades de aquecimento sempre representa uma grande economia de custos. Grandes reduções de custos já foram alcançadas com a massificação da produção de painéis fotovoltaicos de geração de energia. Espera-se que da aplicação da nanotecnologia resultarão inovações. A geração fotovoltaica tem a vantagem da possibilidade da instalação extremamente descentralizada de energia elétrica, até nos próprios pontos de consumo. Um exemplo é a instalação nos telhados das residências. Esta possibilidade revoluciona a gestão das redes de distribuição, configurando as “redes inteligentes”. Os domicílios então vendem “energia excedente” e compram energia quando o consumo esgotar a energia armazenada em acumuladores. A redução do consumo de energia propiciado pelos desenvolvimentos na tecnologia de iluminação, pelo aumento da eficiência dos eletrodomésticos e a arquitetura – redução de consumo no condicionamento – favorece a adoção da “auto-geração” pelos consumidores. A geração descentralizada também se aplica a sítios isolados e para favorecer contingentes rurais na base da pirâmide social, como promove o governo indiano.

A energia solar também pode ser captada por concentração térmica através de espelhos e geração de energia com turbinas a vapor convencionais. Existem instalações experimentais com diversas configurações. Um plano futurístico prevê que uma parcela significativa da demanda por energia elétrica da Europa seria gerada na África e transmitida por linhas de extra-alta tensão submarinas. A acumulação de energia ainda está sendo aperfeiçoada.

Metas da mudança de Matrizes Energéticas.

A meta ambiciosa da configuração do suprimento de energia – da Matriz Elétrica – é a geração elétrica – quase – total com fontes renováveis. Os potenciais globais ultrapassam a demanda. Em combinação com a divulgação dos acionamentos elétricos e híbridos, que está iniciando, espera-se alcançar uma redução das emissões de GEE para níveis compatíveis com a capacidade de seqüestro da natureza.

Atualmente, todos os prognósticos sobre a futura composição das Matrizes Energética são especulações constantemente revistas diante dos velozes desenvolvimentos tecnológicos e da crescente disposição para investimentos na geração com fontes de energia renováveis e nos recursos de racionalização do consumo. Segundo Lester R Brown em Plan B 3.0 toda a energia elétrica consumida nos Estados Unidos – o segundo maior emissor de GEE – nas indústrias, nos domicílios e pelos veículos automotivos poderia ter origem eólica e solar. No Brasil, também um grande emissor em função dos desmatamentos, esta meta seria mais fácil de ser realizada, terminando-se os desmatamentos. Na Europa as condições são menos favoráveis, mas as projeções de políticas energéticas prevêem reduções drásticas de emissões até meados deste século. A China é, atualmente, o maior emissor de GEE, mas também empenha os maiores investimentos na geração eólica e solar. Em data recente, pela primeira vez o investimento em energias limpas superou o investimento e geração com recursos fósseis.

Conclusões.

O suprimento de energia sem emissões de GEE não representa um impedimento técnico à realização da Situação Sustentável.

O desenvolvimento das Matrizes Energéticas das sociedades é objeto de projetos públicos e, portanto, do Desenvolvimento Sustentável Projetado. Os mais notáveis exemplos atuais acontecem na China, na Grã Bretanha e na Alemanha.

Problemas no Desenvolvimento Ambiental Sustentável

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Problemas no Desenvolvimento Ambiental Sustentável.

A meta do Desenvolvimento Ambiental Sustentável é realizar a Situação Ambiental Sustentável identificada por suas características.                                                                            ( < Situação Sustentável e Responsabilidade)

Os problemas a serem superados ao longo do trajeto do desenvolvimento são de dois tipos:

1. Problemas ambientais

2. A realização da Pegada Ecológica unitária

Redução de Desigualdades Sociais

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Redução de Desigualdades Sociais.

O muito debatido tema do ideal da Igualdade, ou de um nível aceitável de Desigualdade sob critérios de justiça e ética, não se oferece nas considerações sobre o Desenvolvimento Sustentável.

Está implícito que a realização das características da Sustentabilidade Social de “não haver miséria” e de “todas as famílias se sustentam com a renda de seu trabalho vivendo num conforto mínimo eticamente aceitável” reduz as diferenças mais graves de bem-estar entre os seres humanos.

Mas há diferenças acusadas pela academia e não necessariamente sofridas pelos atingidos. Assim os remanescentes povos nativos não têm se empenhado em se urbanizar, apesar de hoje terem acesso às informações sobre os confortos modernos.  E populações que vivem em culturas tradicionais não expressam revoltas.

Desconsideradas estas exceções, as diferenças de renda nas sociedades ainda motivam antagonismos políticos. Dos conflitos vividos desde a Revolução Industrial emergiram instituições sociais. Desigualdades de renda e de patrimônio justificaram critérios para tratamentos fiscais diferenciados. Os recursos assim arrecadados pelos Estados – pelas sociedades – são empregados na redistribuição de renda para aposentados, enfermos, acidentados no trabalho, incapacitados ao ou temporariamente desprovidos de trabalho. Generalizadamente, a educação é fortemente subsidiada ou suportada pelos poderes públicos. Dessa forma uma parte das grandes rendas é direcionada da poupança aos consumos necessários.

Hoje o conceito do salário mínimo está sedimentado mesmo nas sociedades com sistemas econômicos liberais. Praticam-se, de diversas formas, subsídios ao consumo para cidadãos com renda considerada eticamente inaceitável. Mas a humanidade ainda tem um contingente estimado em 900 milhões de pessoas, que vivem na pobreza e na pobreza extrema porque não têm ocupação com renda adequada.

A ocorrência de rendas exorbitantemente altas motiva irritações. São acusadas diferenças “excessivas” das remunerações nas empresas e rendas de capitais acumulados, quer dizer, sem contrapartida de contribuição produtiva. É verdade que remunerações exorbitantes não são justificáveis pelas responsabilidades alegadas. O desempenho de responsabilidade é uma atitude e, como tal, não é negociável. Pode-se entender que as tolerâncias sejam culturais. De qualquer forma não é visível que oportunidades adicionais de trabalho com renda adequada seriam criadas mediante a limitação das mais altas rendas.

Para caracterizar a desigualdade nas sociedades estabeleceu-se o índice Geni.
Desde que um índice baixo de desigualdade valeria também para sociedades “igualmente pobres”, é difícil verificar a sua utilidade para caracterizar uma sociedade quanto às condições de bem-estar social.

Desigualdades sociais.

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Desigualdade.

A desigualdade tornou-se um dos principais assuntos da literatura no Ocidente com o evento da Revolução Francesa. A compaixão com os que vivem em piores condições de econômicas – de conforto – é tradição em muitas culturas, desde a Antiguidade. Está presente em todas as religiões.

Com a Revolução Industrial datada do fim do século XVII e os progressos das ciências e da tecnologia, que ela induziu, ocorreu um desenvolvimento revolucionário das condições de vida de uma grande parcela da humanidade. As condições de vida atuais dos mais abastados estão hoje muito mais próximas das condições de vida dos cidadãos comuns do que estiveram as dos nobres, proprietários das terras, e dos camponeses e mesmo dos habitantes das cidades durante o século XIX. Isto vale para as sociedades consideradas “desenvolvidas” e também em partes das sociedades “emergentes”, entre as quais se insere o Brasil.

Em escala global aumentaram a população e a expectativa de vida, como conseqüência da disponibilidade de alimentos e dos progressos da medicina. Mas o desenvolvimento não ocorreu de forma uniforme. As sociedades que produziram a industrialização “enriqueceram” e se desenvolveram mais que as outras. Hoje se identifica o nível do desenvolvimento social pelo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – de Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. As sociedades denominadas “desenvolvidas” apresentam os índices IDH “muito altos”.

As condições de vida também não são iguais para todos os cidadãos de uma sociedade, seja ela desenvolvida, emergente ou pobre. Nas sociedades desenvolvidas da Europa, nos Estados Unidos e no Japão desenvolveu-se uma “rede de proteção social” configurada por aposentadorias, seguros de saúde, seguro de acidentes no trabalho e seguros de desemprego referidas como Wellfare State – Estado do Bem Social -, que eliminou a pobreza extrema, desconsiderando-se os andarilhos. Nestas condições as discussões sobre desigualdade perdem grande parte da virulência, já porque as economias resultantes das maiores rendas e os patrimônios são aplicados na produção. Discutem-se ainda os critérios de progressão dos impostos. Em geral tais sociedades apresentam altos níveis de ocupação – emprego. As diferenças da produtividade do trabalho e o nível de instrução são determinantes para as diferenças de renda dos empregados.

Este paradigma se aplica nas sociedades economicamente menos desenvolvidas para o contingente mais privilegiado da população. A seu lado existem pobres em diferentes graus. Convencionou-se classificar de miseráveis os que sobrevivem com até US$ 2,00 por dia.

Exemplo:  Da Situação de Pobreza no Brasil.

No Brasil são considerados “extremamente pobres” os cidadãos com renda abaixo de R$ 77,00 mensais.  3,6 milhões desses, correspondentes 50% do total habitam na Região Nordeste. Mas há também bolsões de pobreza nas grandes cidades, inclusive em São Paulo.

Parece imediata a conclusão que faltam oportunidades de trabalho para estes e outros contingentes.  No entanto eles nem si quer aparecem nas estatísticas de emprego, de ocupação. E, por mais que articuladores bem intencionados os lamentem, a requisição de trabalho via de regra não consta nos seus textos e pronunciamentos.

Tratando-se de um problema que atinge grandes contingentes da população,
talvez 40 milhões de cidadãos, ou seja, 20% dos habitantes, não faz sentido deixar a solução acontecer eventualmente no quadro do desenvolvimento difuso, do aumento do PIB. Cabe ao Estado, talvez impulsionado pela sociedade responsável e seus articuladores, desenvolver um desenvolvimento projetado diferenciado por regiões 1, 6.
(1,6 >Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográgicas)

Não faltam oportunidades para aplicar mão de obra mesmo que – seja inicialmente – muito pouco instruída. Para o Brasil citemos apenas projetos de reflorestamento, de recuperação de bacias hidrelétricas, em particular a do Rio São Francisco, as conhecidas necessidades de investimento em estradas de rodagem e férreas, o refortalecimento da indústria sucroalcooleira com a cogeração pelo bagaço, a promoção da geração eólica e solar com adaptações da transmissão e da distribuição. Uma forte racionalização dos gastos do Estado e do Governo, com encaminhamento das “economias” para rendas de dois salários mínimos já resolveria, em curto prazo, uma grande parte da “desigualdade extrema” e ainda economizaria parte das subvenções do consumo via “bolsas”.

Problemas no Desenvolvimento Social Sustentável

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Problemas no Desenvolvimento Social Sustentável.

A meta do Desenvolvimento Social Sustentável é eliminar condições de vida eticamente não aceitáveis. Eliminar ocorrências de fome, de falta de atendimento médico, de moradias insalubres, de ignorância hereditária, de discriminação e subordinação violenta não será conseguido sem que sejam providas oportunidades de trabalho com remuneração adequada que é uma característica da Situação Sustentável

Duas tendências simultâneas ainda dificultam a realização desta meta: O crescimento da população global e a redução das oportunidades de trabalho causada pelo efeito de aumento de produtividade resultante do desenvolvimento tecnológico.

Subsídios ao consumo na base da pirâmide social, como podem ser praticados nos países com IDH mais baixo, mitigariam sofrimentos, mas não constituem uma solução sustentável, pois perpetuam a situação de dependência, que é em si humilhante.  Mais eficaz seria a remuneração adequada de produções nas bases das pirâmides sociais dessas sociedades ao invés de explorar os baixos níveis de renda pelos comércios locais e pelos importadores nas sociedades desenvolvidas.

Ainda precisa se estabelecer uma percepção de co-responsabilidade pelas condições de bem-estar e de ocupação em ambientes estrangeiros.  Até agora foram praticados “auxílios para o desenvolvimento” em forma de doações, por exemplo, para mitigar ocorrências de fome, combate a doenças e promoção da educação.  Generalizadamente, tais suprimentos de motivação filantrópica não reverteram em desenvolvimento para a auto-sustentação, o que significa que não produzem efeito continuado, pois não se auto-reproduzem.

O desenvolvimento social de contingentes numerosos através de organizações de produção – empresas – é impossível.  São necessários Projetos de Desenvolvimento dos governos e estados.  Até agora, com poucas exceções, a Responsabilidade pelo Desenvolvimento Social Sustentável não foi adequadamente desempenhada pelos Primeiros Setores, possivelmente porque o Desenvolvimento Sustentável é uma inovação ainda não bem percebida no âmbito político.  Até agora também não se formaram organizações da sociedade civil – ONGs – nacionais ou internacionais, que defendessem esta causa.  As motivações das ONGs costumam ser filantrópicas.  Conclui-se que ainda precisa se estabelecer uma cultura referente à sustentabilidade social análoga à existente referente á sustentabilidade ambiental.  Quando isto acontecer debater-se-á o problema central a distribuição global da ocupação / do trabalho – e então também se tentarão definir as “remunerações adequadas”.  Um aperfeiçoamento do IDH poderá impulsionar as percepções.

O exemplo mais conhecido e de sucesso impressionante de Projeto para o Desenvolvimento Social Sustentável está sendo conduzido na China, onde já se resgataram da pobreza rural várias centenas de milhões de pessoas.  Trata-se de um exemplo de Desenvolvimento Social Sustentável projetado.

É evidente, que a realização da Situação Sustentável implica, intrinsecamente, uma redução de desigualdades sociais.  Mas não se trata de uma redistribuição de fortunas, ou seja,  de capital.