Tag: Responsabilidade

Desempenho pelo Desenvolvimento Sustentável

No Comments

O que é Desempenho de Responsabilidade pelo Desenvolvimento Sustentável?

Constata-se na abertura deste site ( < Situação Sustentável e Responsabilidade ) que “estando esclarecidas as metas necessárias para a sobrevivência, todos – cidadãos, organizações e países – têm a Responsabilidade de contribuir da melhor forma, que estiver a seu alcance, de realizá-las”. Por princípio esta contribuição é soberana, quer dizer voluntária e incondicional. Por isso tratados são dispensáveis para o desempenho da Responsabilidade pela Realização da Situação Sustentável.

A falta do melhor desempenho configura Culpabilidade por Omissão. E o omisso se coloca na posição de “vilão”. Este predicado se aplicaria tanto ao cidadão, como à organização, quanto a um Estado.

O que é Responsabilidade?

No Comments

O que é Responsabilidade?

Segundo a primeira interpretação do Dicionário Houaiss, Responsabilidade é a obrigação de responder pelas ações próprias ou de outros. Mas significa também o cumprimento de um acerto: Do vendedor entregar o objeto ou serviço vendido e do comprador de pagar o preço acordado. Envolve a compensação por algo recebido: Em relação à família seria a retribuição pela proteção do grupo; em relação à organização, que oferece ocupação e renda e perspectivas de realização pessoal, o empenho pelo sucesso da organização; em relação à sociedade um empenho pela vitalidade das instituições; que possibilitam a segurança de vida em sociedade. A Responsabilidade pela continuação de condições propícias para a vida de todos os seres na Terra, em particular para os seres humanos, é uma inovação social, uma percepção nova. ( > Situação Sustentável e Responsabilidade )

A percepção de Responsabilidade é individual. Assim como lealdade e coragem constitui uma atitude e não conhecimento ou habilidade. Assim sendo a rigor não é ensinável. Pode ser reforçada, ou melhor conscientizada, através de exemplos vivenciados.

O Desempenho de Responsabilidade é voluntário e incondicional. Responsabilidade é uma categoria não negociável. Portanto, também não é remunerável. Remuneram-se competências: O emprego de conhecimentos e o desempenho de habilidades e a realização de objetivos.

Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

No Comments

Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

Um cidadão responde pela manutenção de sua família e responde quanto aos seus comportamentos adequados diante da sociedade, inclusive no que tange à contribuição para o Desenvolvimento Sustentável. Como colaborador de uma organização, onde percebe a sua renda, é também co-responsável pela à sobrevivência da organização, ou seja, pela continuidade da produção e dos empregos.

As empresas – as corporações -, como pessoas jurídicas, têm Responsabilidades análogas às Responsabilidades dos cidadãos frente à sociedade, tendo maiores poderes de produzir benefícios e causar danos. Isto se aplica ao Desenvolvimento Sustentável. Devem-se então distinguir as Responsabilidades Econômicas das Responsabilidades Ambientais e Sociais.

O tipo do negócio e dos produtos determina a forma como uma empresa aborda, desempenha e articula os três contextos de responsabilidade. Por exemplo, a responsabilidade ambiental se apresenta de uma forma diferente para agroindústrias e para indústrias metalúrgicas ou para bancos. Mas as expectativas da sociedade pedem que todas as empresas sejam mais transparentes, éticas e socialmente responsáveis.

Responsabilidade econômica.

A razão de ser das empresas está na satisfação de necessidades dos clientes ou dos consumidores, através dos produtos, que fabrica, e de serviços prestados. O resultado auferido através dessas atividades mede a eficiência do desempenho da empresa e se expressa pelo valor agregado. Por sua vez o valor agregado, popularmente o lucro, determina a satisfação dos fornecedores do capital, ou seja, dos acionistas no caso das sociedades anônimas, cujas expectativas se refletem no valor de mercado das empresas. A primeira responsabilidade da empresa é sobreviver prosperando neste campo de tensões de expectativas de satisfação. Tendo sucesso estará desempenhando a responsabilidade correlata de propiciar oportunidades de ocupação aos cidadãos, diretamente, nos processos próprios e, indiretamente, nos negócios dos parceiros e através do consumo das rendas geradas.

A geração de ocupação, que vai além dos empregos, haveria de ser entendida como uma categoria social; considera-se que seja a mais importante. Curiosamente, muitas críticas parecem esquecer que nenhuma outra responsabilidade social poderá ser desempenhada caso a empresa não sobreviver.

O empenho pela sobrevivência da empresa está presente em todas as atividades “internas”, como as de desenvolvimento de tecnologias e de produtos, produção, garantia da qualidade, adaptação das estruturas de produção e administrativas a novas tecnologias e a mudanças sociais, capacitação de colaboradores e não raro de clientes e usuários, esforços de vendas e atividades de marketing. Todas as atividades serão executadas consistentemente com empenho e qualidade quando as expectativas dos colaboradores em relação à remuneração, condições e ambiente de trabalho, segurança, descanso, reconhecimento, desenvolvimento profissional, assistência médica, entre outras, estiverem equilibradas num nível de satisfação aceitado.

Todos os empenhos da gestão da empresa que visam a motivação dos colaboradores e o resultado financeiro serão compreendidos como parte do exercício da responsabilidade econômica, mesmo que em relatórios anuais de empresas constem no contexto do desempenho social. Em particular, as características de qualidade dos produtos e serviços integram o contexto de exigências da “excelência empresarial”.

Responsabilidade ambiental.

A responsabilidade ambiental da gestão empresarial se refere tanto à sustentabilidade, na consideração das condições de sobrevivência das gerações futuras, quanto à qualidade de vida das gerações presentes. O uso parcimonioso dos recursos naturais e a conservação das espécies são aspectos alocáveis no primeiro aspecto. Os problemas da poluição das águas – rios, lagos, mares, lençóis freáticos –, da atmosfera – chuvas ácidas, aquecimento da atmosfera, buraco de ozônio etc. – e do solo – contaminações, erosão entre outros também afetam a vida contemporânea.

Progressivamente as empresas assumem posturas de iniciativa diante os assuntos ambientais. As medidas destinadas a melhorias dos produtos e dos processos de fabricação para minimizar a emissão de efluentes, melhorar o rendimento, eliminar materiais tóxicos, adotar materiais biodegradáveis e assim por adiante, contribuem para assegurar a competitividade. Portanto podem ser consideradas entre as responsabilidades econômicas. O mesmo poderia ser afirmado em relação a medidas de proteção do solo e à cultura orgânica, para citar apenas dois exemplos no campo do agro-negócio.

Na verdade as distinções conceituais das responsabilidades não têm efeito operacional, de forma que faz sentido a atribuição da gestão da qualidade e da gestão ambiental a uma mesma função administrativa. Muitas empresas integraram a gestão ambiental à gestão estratégica do negócio quando praticam rotinas modernas de planejamento revolvente em que os aspectos relacionados a produtos, processos, mercado, treinamento e resultado financeiro são considerados conjuntamente. A gestão ambiental cobre hoje todo o ciclo de um produto e de uma instalação, desde a concepção até o fim da vida útil com a destinação dos resíduos ou o descomissionamento.

Existe agora uma estrutura bastante desenvolvida compreendendo Legislação, Normas Técnicas Brasileiras e Normas Ambientais Internacionais – ISO 14000 – e procedimentos de certificação, auditoria e licenciamento, que tornam os cuidados com o meio ambiente obrigatórios para uma organização que pretenda manter-se competitiva. E deve-se reconhecer que já se podem apontar os efeitos benéficos dessas prescrições. A inibição da formação de novos passivos ambientais pode ser considerada um grande progresso.

Responsabilidade social.

Nas considerações anteriores se constatou, que a criação e a constante adaptação das oportunidades de ocupação corresponde a um desempenho social da mais alta relevância, resultante do desempenho de responsabilidades econômicas. O desempenho de responsabilidades ambientais de forma cada vez mais impositiva tem se tornado uma premissa do desempenho das funções de produção. E com os impostos e contribuições incidentes sobre os valores gerados as empresas direta e indiretamente financiam o Estado e o Governo. Em princípio, o Governo é responsável pelo desempenho de funções sociais do Estado, tais como saúde, educação, justiça e segurança. Uma organização é responsável pelas condições no ambiente de trabalho.

Constata-se que o desempenho das Responsabilidades Corporativas determina a reputação da empresa e de seus produtos. Mas o alcance da atuação das organizações para a Realização de uma Situação Sustentável é limitado. As Políticas para o Desenvolvimento cabem aos Estados, únicas entidades com autoridade e poder de promover Projetos Nacionais e Regionais para o Desenvolvimento Sustentável.

Desempenho de Responsabilidades

No Comments

Desempenho de Responsabilidades.

Durante a maior parte da história, o poder detido pelo Estado – pelo monarca – servia para a conquista e à defesa. A produção era quase exclusivamente agro-pecuária. A população era convocada para a construção de muralhas, castelos, palácios e templos na condição de servidão ou escravidão.

A ideia de uma Responsabilidade pelo bem-estar da coletividade nasceu ao longo da Revolução Industrial através da critica às condições sociais no início da economia liberal com o advento da teoria socialista-marxista. A configuração do “estado do bem-estar social” evoluiu de uma resposta do estado da Prússia às pressões sindicalistas. A Responsabilidade Social do Estado hoje está estabelecida. Compreende os subsídios de renda aos cidadãos desempregados, aos acidentados no trabalho, aos enfermos e aos aposentados através de sistemas de seguros. Estabelece também a Responsabilidade do Estado pela educação e formação profissional e pelo sistema de saúde, inclusive o saneamento.

Ao Estado competem as Responsabilidades pelas atividades que alcançam grandes contingentes da população e extensas áreas territoriais, como a regulação do suprimento de água e de energia e a gestão de biomas, como as florestas. No Brasil o dever de “defender o Meio Ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” está formulado na Constituição de 1988.

As sociedades acostumaram-se a esperar que os Estados / Governos – o Primeiro Setor – resolvessem todos os problemas. Apenas nos anos 1970 as sociedades começaram a se mobilizar com maior intensidade. Surgiram muitas organizações sem fins lucrativos, as NPOs – No Profits – ou as Organizações Não Governamentais, ONGs, ampliando o Terceiro Setor. As ONGs abraçaram causas insuficientemente atendidas pelos Estados – mortalidade infantil, educação, saúde, atendimento a crianças, a idosos, e a deficientes, desenvolvimento social e econômico de comunidades, etc. – além de novas causas como direitos humanos e as ambientais de proteção a biomas. No Brasil as ONGs SOS Mata Atlântica, IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, entre outras, estão neste contexto, além das ONGs internacionais Greenpeace e WWF.  As ONGs têm conseguido influenciar políticas públicas e legislações. Nos Estados Unidos cerca de 15% do PIB é movimentado pelas NPOs.

Em algumas sociedades estabeleceram-s Partidos Verdes.  A Organização das Nações Unidas estabeleceram ações globais de enfrentamento da pobreza – PNUD – e de conservação ambiental – PNUMA.  Dessa forma hoje Governos / Estados estão sujeitos a pressões locais e internacionais para desempenharem Responsabilidades de Desenvolvimento Social e Ambiental.

Da ação do Terceiro Setor, quer dizer, da cidadania nasceu também o conceito da Responsabilidade Social Corporativa – RSC -, que foi também reconhecida por Peter Drucker em “Post-capitalist society” em 1993.  As organizações de produção – Segundo Setor –, além da responsabilidade por sua própria sobrevivência e por resultados beneficiadores dos empreendedores ou acionistas, são Responsáveis pelos impactos que a produção causa na natureza e, no mínimo, por desenvolvimentos de seus colaboradores.  As empresas foram pressionadas a adicionar relatórios sobre ações de proteção ambiental e ações sociais aos balanços – as demonstrações de desempenho econômico.  A imagem de desempenhos de Responsabilidades Sociais alcança importância comparável à imagem da qualidade dos produtos e serviços.

Tanto o desenvolvimento do Terceiro Setor, como a sedimentação da percepção de Responsabilidade Social Corporativa constituem “inovações sociais”.  Mas é evidente que as ações dos Terceiro e Segundo Setores têm alcance limitado. O efeito de suas contribuições para o Desenvolvimento Sustentável é difuso