Categoria: Problemas das Águas

Problemas com Águas no Brasil

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Problemas com águas no Brasil.                                                                                              Enfatizando a conclusão:  Os Problemas são evitáveis e sanáveis através de Comportamentos adequados dos Cidadãos, das Empresas e do Poder Público.

Aprende-se na escola que                                                                                                                   –  o rio Amazonas é o mais caudaloso da Terra,                                                                               –  o Pantanal é o mais extenso bioma alagado da Terra,                                                               –  o rio São Francisco é o mais longo curso d’água totalmente nacional,                                       –  a seca é uma calamidade recorrente na região Nordeste – os açudes não resolvem o              problema,                                                                                                                                           –  existem aqüíficos extensos no subsolo da região Sudeste e também na região Nordeste,   –  mais de 70% da energia elétrica no Brasil é gerada nas usinas hidrelétricas, pelo que a          matriz energética do Brasil é aproximadamente 50% renovável.

Por outro lado pode-se lastimar que                                                                                                 –  os cursos d’água são de planalto com corredeiras e cascatas, justamente onde se oferecem oportunidades para aproveitamentos na geração hidrelétrica, mas só proporcionam condições para a navegação fluvial em casos excepcionais.  Uma é o rio Amazonas, que corta a Amazônia onde não havia consideráveis volumes de carga até se construírem terminais de ecoamento de grãos do Centro-Oeste.  O transporte no rio Paraguai, que deságua no Estuário do Prata, na Argentina, é pouco explorado.                                                 –  as secas contribuem para a miséria tradicional na região Nordeste.

A alta de oportunidades para melhorar as condições de vida causou as migrações de nordestinos, primeiro para a Amazônia Ocidental, atraídos pela exploração extrativista da borracha, e depois para a região Sudeste, quando a expansão da indústria nos anos 1960 causou também o crescimento explosivo de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro entre várias outras.  mas as migrações não eliminaram a pobreza.

Diante desta cena não havia a percepção da possibilidade da escassez de água para o consumo da população e o emprego na indústria.  Estabeleceu-se uma cultura de descuido do tratamento deste vital recurso, tanto quento ao consumo esbanjador, como quanto à poluição.

É verdade que a poluição causada pelas indústrias sucro-alcooleiras e papel e celulose foram praticamente eliminadas.  Mas o escoamento de eflúvios residenciais e industrias não tratados ainda é praticado em grande escala, como comprovam os lamentáveis estados da bacia do rio Tietê e da baía de Guanabara.  Não fossem poluídos os cursos d’água que banham São Paulo, antes piscosos, o ricos da falta d’água seriam superados com facilidade.

O desflorestamento das regiões das nascentes do rio São Francisco chega a por em risco a existência deste importante caudal, que foi navegável numa longa extensão.  Mas os vertedouros  dos reservatórios da usinas de Três Marias, Sobradinho, Itaparica, e do complexo Paulo Afonso / Xingó não vertem a muitos anos.  Não se explora o potencial de geração.    A proteção de nascentes e das matas ciliares consta no Código Florestal.  Mas a percepção das conseqüências da destruição da Floresta Amazônica só começou a se popularizar com a experiência do risco de abastecimento na cidade de São Paulo desde 2013.  Urge a execução de uma política de Desmatamento Zero.

A lição que se extrai desta cena é:  Com Comportamentos Responsáveis no consumo e distribuição d’água e no tratamento de esgotos, com a terminação dos desflorestamentos desnecessários e reflorestamentos, com o tratamento adequado das nascentes e terras ribeirinhas não haveria problemas com o abastecimento com água no Brasil.  Trata-se de uma tarefa da Política de Desenvolvimento Sustentável.  Com Projetos de Desenvolvimento Sustentável os problemas nacionais ambientais e sociais poderiam ser solucionados simultaneamente.

 

 

 

 

 

Do problema da poluição das águas.

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Problemas das Águas.

Existem dois problemas:
1. O problema da disponibilidade de água potável e para a irrigação dos plantios.
2. O problema da poluição das águas dos rios, lagos e mares.

1. Do problema da disponibilidade da água.

Trata-se de um problema econômico e de um problema de sobrevivência.

Com alguma freqüência são publicados prognósticos de migrações das populações atingidas por escassez d’água e mesmo ameaças de conflitos. Os indícios para tanto são ocorrências de desertificação. As causas são mudanças climáticas – redução de chuvas – causadas por desflorestamentos, e exploração excessiva da terra e dos recursos hídricos por agricultura e pastagem. O secamento do mar de Aral é um exemplo assustador.

O crescimento da população agrava a situação no sul da Ásia – Índia e Paquistão- e na África subsaariana. As populações rurais dependem de poços artesianos cada vez mais profundos. Vozes apreensivas referem-se também à possibilidade da degradação da vegetação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, em conseqüência da grande extensão de áreas desmatadas. Estas causam mudanças nos regimes dos ventos e das chuvas até em regiões distantes.

Possíveis medidas paliativas para a escassez d’água.

Dependendo das particularidades de cada região pode-se:

–  Praticar políticas de Desmatamento Zero
– Aplicar métodos aperfeiçoados de irrigação com redução das perdas por evaporação. A irrigação é o maior consumidor de água.
– Reduzir a intensidade da exploração das áreas cultivadas e dos pastos.
– Recompor a vegetação natural para impedir o avanço da desertificação.
– Reduzir o consumo d’água nos processos de produção e no âmbito domiciliar.
– Recompor a vegetação de proteção de nascentes e das margens dos cursos hídricos e lagos.
– Reduzir a captação d’água por aplicação de reuso, ou seja, de reciclagem.

Trata-se de uma combinação de ações sob Responsabilidade de órgãos púbicos – de desenvolvimento projetado – com atitudes pessoais dos cidadãos – desenvolvimento difuso.

2. Do problema da poluição das águas.

A alteração das características naturais das águas pela ação dos seres humanos a torna imprópria para o consumo. Agrava-se o problema da disponibilidade.

De início todos os dejetos industriais e domiciliares eram despejados sem tratamento prévio nos rios lagos e mares. Enquanto os volumes eram pequenos e degradáveis, a natureza os absorvia.

Com o crescimento da produção industrial, o surgimento de efluentes químicos perigosos, a produção de materiais sintéticos com longos tempos de decomposição esta condição foi superada. Os recursos hídricos foram deteriorados, não podendo mais servir ao abastecimento da população. Fauna foi duramente atingida, em alguns sítios mesmo aniquilada. Despejos causaram sérios acidentes. A poluição alcançou lençóis freáticos.

As sociedades reagiram. Estabeleceram redes de captação de efluentes, legislações sobre o tratamento de efluentes e despejos, estações de tratamento. Vários rios hoje estão recuperados amplamente. O Sena, o Tamisa, o Ruhr, e o Reno são exemplos conhecidos Noutras regiões esta reação ainda está pendente. Assim ocorre na China e na Índia e também no Brasil, com se observa no rio Tietê e na baía de Guanabara.

Os resíduos sólidos não degradáveis lançados nas águas acumulam-se nos mares e oceanos. Sujam as praias. E, sobretudo, constituem riscos de vida para a fauna aquática e os pássaros. São encontrados nas entranhas de pescados e de aves mortas.

Uma solução para este problema é a observação rigorosa e abrangente das regras de descarte de resíduos. A substituição dos materiais não ou pouco degradáveis de embalagens por materiais sintéticos “comestíveis”, que se procura promover agora, representaria um grande avanço. O processo de substituição demorará alguns anos. Regulações internacionais para a redução de materiais sólidos que chegam aos mares ainda não existem. É preciso propagar o problema e contar com as atitudes responsáveis dos cidadãos. Será um Desenvolvimento Sustentável difuso promovido por legislação e controle.