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O Clima Acelera; as Soluções, não.

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O CLIMA ACELERA; AS SOLUÇÕES, NÃO.3                                                                         (  3  >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas )

Quando algo não progride, cabe perguntar pelas razões.  E não se chega muito longe quando se fica limitado a uma constatação de má vontade, ganância, irresponsabilidade, ou algo outro nas “outras partes”.  Cabe perguntar se a própria abordagem não contém algum defeito oculto.  Espero que os leitores concordem, pois de outra forma esta iniciativa estará condenada ao descarte, antes mesmo de concluída.

Pergunto:  É devido a algum acordo internacional que se têm desenvolvido atividades na direção da Sustentabilidade?  É por falta de acordos mais exigentes que não ser tem progredido mais ou se deixará de progredir?

Acredito que vocês possam concordar com a afirmação, que ações na direção do que se intui seja a Sustentabilidade, são motivadas por uma percepção de Responsabilidade pelas futuras condições de vida neste planeta.  Propõe-se que Sustentabilidade é a qualidade do que seria uma Situação Sustentável.  A limitação das emissões antrópicas de GEE – Gases Geradores do Efeito Estufa – à capacidade de sequestro da natureza faz parte dessa situação, evidentemente.  Mas se trata de uma meta parcial para o Desenvolvimento Sustentável: Limitar as Mudanças Climáticas causadas pelo aquecimento da atmosfera e dos mares em conseqüência das atividades humanas.

Acontece que Responsabilidade não é, por natureza, uma categoria negociável.  Cada um só desempenha as responsabilidades, que percebe, e isso voluntariamente.  E as responsabilidades não variam com o sujeito.  Por conseqüência a formulação “das responsabilidades compartilhadas, mas diferenciadas” é, conceitualmente, uma aberração.  Não há como negociar compromissos de ação responsável; todas as ações deveriam ser por si responsáveis…..com referência às conseqüências, sempre existentes no futuro.  De qualquer forma, as ações de países soberanos não são cobráveis.  Se estas afirmações forem consistentes, não há como esperar “resultados” da babilônica e bizantina discussão que se instalou desde 1992 na Cúpula no Rio de Janeiro.  Havia a intenção esperta de chantagear por subsídios  os países mais desenvolvidos .  Hoje está evidenciado que o Brasil não carece de “auxílios para o desenvolvimento”.

Qual seria a resolução do impasse para a aceleração do desenvolvimento na direção de uma situação socialmente e ambientalmente sustentável?  Resposta:  O desempenho voluntário do melhor esforço de contribuição possível, ou seja, da instituição do exemplo a ser seguido.  É esta a atitude que configura a liderança.  Neste sentido o Brasil ainda é vilão.

É vilão porque, como hoje muitos devem saber, dispõe das melhores possibilidades de sair da posição de um dos maiores poluidores para próximo da condição de sumidouro líquido de GEE num prazo bastante curto – antes de 2020 – a custos, melhor, investimentos muito baixos, sem comprometer o desenvolvimento econômico e até mesmo promovendo a ocupação e a renda.  No entanto, no Plano de Energia 2030 a energia eólica ocupa uma posição marginal, mas se prevê a instalação de muitas usinas hidrelétricas na Amazônia, cultivando o sofisma de que se geraria energia limpa por desconsiderar o efeito de destruição da floresta.  Da mesma forma mesmo o Estudo de Baixo Carbono para o Brasil 2010, executado pelo Banco Mundial foi forçado pelas autoridades a considerar um desmatamento considerável ainda durante a década 2020.  Trata-se de uma condição de vilão soberana a serviço, não da sociedade, mas de interesses que muitos também conhecem.

Então, não dá mais para esperar para “ver em que dará isso tudo”, mas cabe agir, para que todos se empenhem cada vez mais.  Como?  A primeira vista parece que o cidadão não tem poder nenhum para induzir uma mudança no comportamento das autoridades.  Todavia, no Egito e na Tunísia acabaram de provar que ser difícil não significa ser impossível.  O que aconteceria se os cidadãos se mobilizassem para uma pressão sobre as autoridades através das ONGs, dos jornalistas “especializados” e de manifestações de indignação pela condição de vilão?

 

 

 

 

 

Do problema da poluição das águas.

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Problemas das Águas.

Existem dois problemas:
1. O problema da disponibilidade de água potável e para a irrigação dos plantios.
2. O problema da poluição das águas dos rios, lagos e mares.

1. Do problema da disponibilidade da água.

Trata-se de um problema econômico e de um problema de sobrevivência.

Com alguma freqüência são publicados prognósticos de migrações das populações atingidas por escassez d’água e mesmo ameaças de conflitos. Os indícios para tanto são ocorrências de desertificação. As causas são mudanças climáticas – redução de chuvas – causadas por desflorestamentos, e exploração excessiva da terra e dos recursos hídricos por agricultura e pastagem. O secamento do mar de Aral é um exemplo assustador.

O crescimento da população agrava a situação no sul da Ásia – Índia e Paquistão- e na África subsaariana. As populações rurais dependem de poços artesianos cada vez mais profundos. Vozes apreensivas referem-se também à possibilidade da degradação da vegetação nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, em conseqüência da grande extensão de áreas desmatadas. Estas causam mudanças nos regimes dos ventos e das chuvas até em regiões distantes.

Possíveis medidas paliativas para a escassez d’água.

Dependendo das particularidades de cada região pode-se:

–  Praticar políticas de Desmatamento Zero
– Aplicar métodos aperfeiçoados de irrigação com redução das perdas por evaporação. A irrigação é o maior consumidor de água.
– Reduzir a intensidade da exploração das áreas cultivadas e dos pastos.
– Recompor a vegetação natural para impedir o avanço da desertificação.
– Reduzir o consumo d’água nos processos de produção e no âmbito domiciliar.
– Recompor a vegetação de proteção de nascentes e das margens dos cursos hídricos e lagos.
– Reduzir a captação d’água por aplicação de reuso, ou seja, de reciclagem.

Trata-se de uma combinação de ações sob Responsabilidade de órgãos púbicos – de desenvolvimento projetado – com atitudes pessoais dos cidadãos – desenvolvimento difuso.

2. Do problema da poluição das águas.

A alteração das características naturais das águas pela ação dos seres humanos a torna imprópria para o consumo. Agrava-se o problema da disponibilidade.

De início todos os dejetos industriais e domiciliares eram despejados sem tratamento prévio nos rios lagos e mares. Enquanto os volumes eram pequenos e degradáveis, a natureza os absorvia.

Com o crescimento da produção industrial, o surgimento de efluentes químicos perigosos, a produção de materiais sintéticos com longos tempos de decomposição esta condição foi superada. Os recursos hídricos foram deteriorados, não podendo mais servir ao abastecimento da população. Fauna foi duramente atingida, em alguns sítios mesmo aniquilada. Despejos causaram sérios acidentes. A poluição alcançou lençóis freáticos.

As sociedades reagiram. Estabeleceram redes de captação de efluentes, legislações sobre o tratamento de efluentes e despejos, estações de tratamento. Vários rios hoje estão recuperados amplamente. O Sena, o Tamisa, o Ruhr, e o Reno são exemplos conhecidos Noutras regiões esta reação ainda está pendente. Assim ocorre na China e na Índia e também no Brasil, com se observa no rio Tietê e na baía de Guanabara.

Os resíduos sólidos não degradáveis lançados nas águas acumulam-se nos mares e oceanos. Sujam as praias. E, sobretudo, constituem riscos de vida para a fauna aquática e os pássaros. São encontrados nas entranhas de pescados e de aves mortas.

Uma solução para este problema é a observação rigorosa e abrangente das regras de descarte de resíduos. A substituição dos materiais não ou pouco degradáveis de embalagens por materiais sintéticos “comestíveis”, que se procura promover agora, representaria um grande avanço. O processo de substituição demorará alguns anos. Regulações internacionais para a redução de materiais sólidos que chegam aos mares ainda não existem. É preciso propagar o problema e contar com as atitudes responsáveis dos cidadãos. Será um Desenvolvimento Sustentável difuso promovido por legislação e controle.