Categoria: Responsabilidade

Responsabilidade

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A título de introdução.

O Desenvolvimento Sustentável – desenvolvimento para a realização de uma Situação Sustentável – resulta do Desempenho da Responsabilidade dos cidadãos como indivíduos e como integrantes de organizações nos três setores da sociedade – Primeiro Setor o do Governo e do Estado, Segundo Setor o da Produção e Terceiro Setor o da Sociedade Civil Organizada.  Esta Responsabilidade com as condições de vida na Terra, antes de tudo, precisa ser percebida, ou seja, conhecida.

Por isso seguem abordagens explicativas:  O que é Responsabilidade, Agir com Responsabilidade, Desempenho de Responsabilidade, Cidadão por Responsabilidade, Responsabilidade pelo Desenvolvimento Sustentável.

 

Agir com Responsabilidade

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Responsabilidade é Atitude – (querer fazer) – por percepção de compromisso. Trata-se de uma categoria não diferençável e não remunerável. Neste site-blog a Responsabilidade é considerada o fundamento da motivação para as ações de promover o Desenvolvimento Sustentável.

O que é agir com Responsabilidade?                                                                                      ( Cidadão por Responsabilidade )                                                                                                     
Entende-se que quando se age com Responsabilidade se parte de uma atitude, de um impulso íntimo, de atender a compromissos e a valores reconhecidos.  Aplicações:

1.  Reconhecimento da VIDA como valor supremo:
Motiva a dedicação a objetivos como a Sustentabilidade Ambiental – a preservação do Meio Ambiente – e a Extinção da Miséria, a principal meta de Sustentabilidade Social. Evidentemente, é o ponto de partida para movimentos pacifistas, assim como da condenação do terrorismo e a prática de suicídio assassino.
Motiva também a economia no consumo de recursos como energia, água e de materiais, tanto na produção, como pelos consumidores, e o descarte seletivo de resíduos para encaminhamento ao reaproveitamento e à reciclagem.

2.  Empenho por Metas de uma organização provedora de renda – sustento material – para os participantes e as respectivas famílias.  Neste contexto se situaria a desistência de remunerações exorbitantes para altos executivos.

3.  Observação de práticas recomendadas, baseadas na experiência, como
– a inibição da concessão de créditos não resgatáveis – gerando títulos “podres” – tanto           para famílias e organizações, como para estados;                                                                         – a limitação de dívidas de empresas para prevenir riscos à sobrevivência e de Estados           para prevenir crises financeiras e perdas de empregos;                                                               – a limitação da alavancagem nas organizações financeiras a proporções que não ponham       em risco a liquidez e os recursos dos depositantes;                                                                       – da abstenção da comercialização de títulos podres, o que caracteriza fraude,                         corresponde ao comportamento responsável de organizações de crédito pelo Bem-Público,   um elemento da dimensão econômica da Sustentabilidade.

4. Abstenção de corrupção, ou seja, de desvio de recursos públicos, ou outros, para                     benefício pessoal, o que caracteriza “enriquecimento não justificado” à custa da                      sociedade.

5. Cumprimento das Leis por responsabilidade cidadã e não por receio das
punições por infrações..

6. Orientação segundo o imperativo categórico, formulado por Kant: “Aja de maneira tal           que a máxima de tua ação possa valer como princípio de uma lei universal.”

Todos os exemplos têm em comum de se basearem em decisões voluntárias, isto é, tomadas em liberdade e com reconhecimento dos interesses e das interdependências comuns.

Cidadão por Responsabilidade – Responsabilidades

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O que é Cidadão por Responsabilidade? 1, 4
( 1 e 4 > Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas)

O Cidadão por Responsabilidade é um ícone social proposto como extrapolação do “Profissional ‘Educated Person’” denominado por Peter Drucker – em Post-capitalist society (1993) – para caracterizar o participante numa empresa que, além de contribuir com as suas competências especializadas, se engajam pelo sucesso da organização como um todo e com a influência da organização sobre a sociedade. O Cidadão por Responsabilidade se engaja também pelo Desenvolvimento Sustentável.

Como a Situação Sustentável não existirá sem uma cultura correspondente, a existência de um número muito grande de Cidadãos por Responsabilidade é imprescindível. A sua formação é uma tarefa dos sistemas de educação ainda não compreendida.

Os Cidadãos por Responsabilidades atuantes no Segundo Setor, o das organizações de produção, e no Terceiro Setor, o das organizações sem fins lucrativos, produzem o Desenvolvimento Sustentável Difuso. Os Cidadãos por Responsabilidade atuantes no Primeiro Setor, compreendido pelo Governo e pelo Estado, são responsáveis pelo Desenvolvimento Sustentável Programado.
Os primeiros serão tanto apoiadores, como pressionadores, por ações dos últimos.

 

  Horizonte temporal                                                Âmbito

– Pela sobrevivência própria e de sua família
presente / duração da vida                                             privado

– Pelas Organizações em que atua
presente / continuidade produção                                 organização

– Pelo bem-comum
presente / gerações atuais                                           político nacional

infinito / gerações futuras                                                 global                                   sobrevivência / Sustentabilidade

 

Cidadania.

O coletivo dos Cidadãos por Responsabilidade numa sociedade é a Cidadania, ou Sociedade Civil Responsável.  Aqueles que abraçam uma causa e se organizam em Organizações não Governamentais – as ONGs – ou Organizações sem Fins Lucrativos compõem a Sociedade Civil Organizada.

A Cidadania só pode se desenvolver e exercer influência nas sociedades com regimes de governo democráticos.  Assim sendo ela é responsável pela manutenção e pelo aperfeiçoa-mento da Democracia.  Além de exercer o direito de voto, garantido na Constituição, tem a responsabilidade de controlar a atuação dos representantes eleitos, particularmente a gestão dos recursos orçamentários, para os quais contribui com os impostos.  Os governos e os congressos funcionam tanto melhor, quanto mais consciente, ativa e crítica for a Cidadania.  As políticas nacionais, como por exemplo a Política para o Desenvolvimento Sustentável precisam ser aprovadas pela cidadania e exigida mediante mobilizações.

O que é Responsabilidade?

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O que é Responsabilidade?

Segundo a primeira interpretação do Dicionário Houaiss, Responsabilidade é a obrigação de responder pelas ações próprias ou de outros. Mas significa também o cumprimento de um acerto: Do vendedor entregar o objeto ou serviço vendido e do comprador de pagar o preço acordado. Envolve a compensação por algo recebido: Em relação à família seria a retribuição pela proteção do grupo; em relação à organização, que oferece ocupação e renda e perspectivas de realização pessoal, o empenho pelo sucesso da organização; em relação à sociedade um empenho pela vitalidade das instituições; que possibilitam a segurança de vida em sociedade. A Responsabilidade pela continuação de condições propícias para a vida de todos os seres na Terra, em particular para os seres humanos, é uma inovação social, uma percepção nova. ( > Situação Sustentável e Responsabilidade )

A percepção de Responsabilidade é individual. Assim como lealdade e coragem constitui uma atitude e não conhecimento ou habilidade. Assim sendo a rigor não é ensinável. Pode ser reforçada, ou melhor conscientizada, através de exemplos vivenciados.

O Desempenho de Responsabilidade é voluntário e incondicional. Responsabilidade é uma categoria não negociável. Portanto, também não é remunerável. Remuneram-se competências: O emprego de conhecimentos e o desempenho de habilidades e a realização de objetivos.

Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

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Empresas e Responsabilidade Social Corporativa – RSC.

Um cidadão responde pela manutenção de sua família e responde quanto aos seus comportamentos adequados diante da sociedade, inclusive no que tange à contribuição para o Desenvolvimento Sustentável. Como colaborador de uma organização, onde percebe a sua renda, é também co-responsável pela à sobrevivência da organização, ou seja, pela continuidade da produção e dos empregos.

As empresas – as corporações -, como pessoas jurídicas, têm Responsabilidades análogas às Responsabilidades dos cidadãos frente à sociedade, tendo maiores poderes de produzir benefícios e causar danos. Isto se aplica ao Desenvolvimento Sustentável. Devem-se então distinguir as Responsabilidades Econômicas das Responsabilidades Ambientais e Sociais.

O tipo do negócio e dos produtos determina a forma como uma empresa aborda, desempenha e articula os três contextos de responsabilidade. Por exemplo, a responsabilidade ambiental se apresenta de uma forma diferente para agroindústrias e para indústrias metalúrgicas ou para bancos. Mas as expectativas da sociedade pedem que todas as empresas sejam mais transparentes, éticas e socialmente responsáveis.

Responsabilidade econômica.

A razão de ser das empresas está na satisfação de necessidades dos clientes ou dos consumidores, através dos produtos, que fabrica, e de serviços prestados. O resultado auferido através dessas atividades mede a eficiência do desempenho da empresa e se expressa pelo valor agregado. Por sua vez o valor agregado, popularmente o lucro, determina a satisfação dos fornecedores do capital, ou seja, dos acionistas no caso das sociedades anônimas, cujas expectativas se refletem no valor de mercado das empresas. A primeira responsabilidade da empresa é sobreviver prosperando neste campo de tensões de expectativas de satisfação. Tendo sucesso estará desempenhando a responsabilidade correlata de propiciar oportunidades de ocupação aos cidadãos, diretamente, nos processos próprios e, indiretamente, nos negócios dos parceiros e através do consumo das rendas geradas.

A geração de ocupação, que vai além dos empregos, haveria de ser entendida como uma categoria social; considera-se que seja a mais importante. Curiosamente, muitas críticas parecem esquecer que nenhuma outra responsabilidade social poderá ser desempenhada caso a empresa não sobreviver.

O empenho pela sobrevivência da empresa está presente em todas as atividades “internas”, como as de desenvolvimento de tecnologias e de produtos, produção, garantia da qualidade, adaptação das estruturas de produção e administrativas a novas tecnologias e a mudanças sociais, capacitação de colaboradores e não raro de clientes e usuários, esforços de vendas e atividades de marketing. Todas as atividades serão executadas consistentemente com empenho e qualidade quando as expectativas dos colaboradores em relação à remuneração, condições e ambiente de trabalho, segurança, descanso, reconhecimento, desenvolvimento profissional, assistência médica, entre outras, estiverem equilibradas num nível de satisfação aceitado.

Todos os empenhos da gestão da empresa que visam a motivação dos colaboradores e o resultado financeiro serão compreendidos como parte do exercício da responsabilidade econômica, mesmo que em relatórios anuais de empresas constem no contexto do desempenho social. Em particular, as características de qualidade dos produtos e serviços integram o contexto de exigências da “excelência empresarial”.

Responsabilidade ambiental.

A responsabilidade ambiental da gestão empresarial se refere tanto à sustentabilidade, na consideração das condições de sobrevivência das gerações futuras, quanto à qualidade de vida das gerações presentes. O uso parcimonioso dos recursos naturais e a conservação das espécies são aspectos alocáveis no primeiro aspecto. Os problemas da poluição das águas – rios, lagos, mares, lençóis freáticos –, da atmosfera – chuvas ácidas, aquecimento da atmosfera, buraco de ozônio etc. – e do solo – contaminações, erosão entre outros também afetam a vida contemporânea.

Progressivamente as empresas assumem posturas de iniciativa diante os assuntos ambientais. As medidas destinadas a melhorias dos produtos e dos processos de fabricação para minimizar a emissão de efluentes, melhorar o rendimento, eliminar materiais tóxicos, adotar materiais biodegradáveis e assim por adiante, contribuem para assegurar a competitividade. Portanto podem ser consideradas entre as responsabilidades econômicas. O mesmo poderia ser afirmado em relação a medidas de proteção do solo e à cultura orgânica, para citar apenas dois exemplos no campo do agro-negócio.

Na verdade as distinções conceituais das responsabilidades não têm efeito operacional, de forma que faz sentido a atribuição da gestão da qualidade e da gestão ambiental a uma mesma função administrativa. Muitas empresas integraram a gestão ambiental à gestão estratégica do negócio quando praticam rotinas modernas de planejamento revolvente em que os aspectos relacionados a produtos, processos, mercado, treinamento e resultado financeiro são considerados conjuntamente. A gestão ambiental cobre hoje todo o ciclo de um produto e de uma instalação, desde a concepção até o fim da vida útil com a destinação dos resíduos ou o descomissionamento.

Existe agora uma estrutura bastante desenvolvida compreendendo Legislação, Normas Técnicas Brasileiras e Normas Ambientais Internacionais – ISO 14000 – e procedimentos de certificação, auditoria e licenciamento, que tornam os cuidados com o meio ambiente obrigatórios para uma organização que pretenda manter-se competitiva. E deve-se reconhecer que já se podem apontar os efeitos benéficos dessas prescrições. A inibição da formação de novos passivos ambientais pode ser considerada um grande progresso.

Responsabilidade social.

Nas considerações anteriores se constatou, que a criação e a constante adaptação das oportunidades de ocupação corresponde a um desempenho social da mais alta relevância, resultante do desempenho de responsabilidades econômicas. O desempenho de responsabilidades ambientais de forma cada vez mais impositiva tem se tornado uma premissa do desempenho das funções de produção. E com os impostos e contribuições incidentes sobre os valores gerados as empresas direta e indiretamente financiam o Estado e o Governo. Em princípio, o Governo é responsável pelo desempenho de funções sociais do Estado, tais como saúde, educação, justiça e segurança. Uma organização é responsável pelas condições no ambiente de trabalho.

Constata-se que o desempenho das Responsabilidades Corporativas determina a reputação da empresa e de seus produtos. Mas o alcance da atuação das organizações para a Realização de uma Situação Sustentável é limitado. As Políticas para o Desenvolvimento cabem aos Estados, únicas entidades com autoridade e poder de promover Projetos Nacionais e Regionais para o Desenvolvimento Sustentável.

Desempenho de Responsabilidades

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Desempenho de Responsabilidades.

Durante a maior parte da história, o poder detido pelo Estado – pelo monarca – servia para a conquista e à defesa. A produção era quase exclusivamente agro-pecuária. A população era convocada para a construção de muralhas, castelos, palácios e templos na condição de servidão ou escravidão.

A ideia de uma Responsabilidade pelo bem-estar da coletividade nasceu ao longo da Revolução Industrial através da critica às condições sociais no início da economia liberal com o advento da teoria socialista-marxista. A configuração do “estado do bem-estar social” evoluiu de uma resposta do estado da Prússia às pressões sindicalistas. A Responsabilidade Social do Estado hoje está estabelecida. Compreende os subsídios de renda aos cidadãos desempregados, aos acidentados no trabalho, aos enfermos e aos aposentados através de sistemas de seguros. Estabelece também a Responsabilidade do Estado pela educação e formação profissional e pelo sistema de saúde, inclusive o saneamento.

Ao Estado competem as Responsabilidades pelas atividades que alcançam grandes contingentes da população e extensas áreas territoriais, como a regulação do suprimento de água e de energia e a gestão de biomas, como as florestas. No Brasil o dever de “defender o Meio Ambiente e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” está formulado na Constituição de 1988.

As sociedades acostumaram-se a esperar que os Estados / Governos – o Primeiro Setor – resolvessem todos os problemas. Apenas nos anos 1970 as sociedades começaram a se mobilizar com maior intensidade. Surgiram muitas organizações sem fins lucrativos, as NPOs – No Profits – ou as Organizações Não Governamentais, ONGs, ampliando o Terceiro Setor. As ONGs abraçaram causas insuficientemente atendidas pelos Estados – mortalidade infantil, educação, saúde, atendimento a crianças, a idosos, e a deficientes, desenvolvimento social e econômico de comunidades, etc. – além de novas causas como direitos humanos e as ambientais de proteção a biomas. No Brasil as ONGs SOS Mata Atlântica, IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, entre outras, estão neste contexto, além das ONGs internacionais Greenpeace e WWF.  As ONGs têm conseguido influenciar políticas públicas e legislações. Nos Estados Unidos cerca de 15% do PIB é movimentado pelas NPOs.

Em algumas sociedades estabeleceram-s Partidos Verdes.  A Organização das Nações Unidas estabeleceram ações globais de enfrentamento da pobreza – PNUD – e de conservação ambiental – PNUMA.  Dessa forma hoje Governos / Estados estão sujeitos a pressões locais e internacionais para desempenharem Responsabilidades de Desenvolvimento Social e Ambiental.

Da ação do Terceiro Setor, quer dizer, da cidadania nasceu também o conceito da Responsabilidade Social Corporativa – RSC -, que foi também reconhecida por Peter Drucker em “Post-capitalist society” em 1993.  As organizações de produção – Segundo Setor –, além da responsabilidade por sua própria sobrevivência e por resultados beneficiadores dos empreendedores ou acionistas, são Responsáveis pelos impactos que a produção causa na natureza e, no mínimo, por desenvolvimentos de seus colaboradores.  As empresas foram pressionadas a adicionar relatórios sobre ações de proteção ambiental e ações sociais aos balanços – as demonstrações de desempenho econômico.  A imagem de desempenhos de Responsabilidades Sociais alcança importância comparável à imagem da qualidade dos produtos e serviços.

Tanto o desenvolvimento do Terceiro Setor, como a sedimentação da percepção de Responsabilidade Social Corporativa constituem “inovações sociais”.  Mas é evidente que as ações dos Terceiro e Segundo Setores têm alcance limitado. O efeito de suas contribuições para o Desenvolvimento Sustentável é difuso

Desenvolvimento Sustentável.

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Desenvolvimento Sustentável.

O desenvolvimento sustentável é a transformação da Situação Atual na Situação Sustentável. Cabe distinguir entre um Desenvolvimento Difuso e um Desenvolvimento Projetado.

Desenvolvimento Difuso.
Entendemos por desenvolvimento difuso a evolução das características da Situação Atual produzidas por um imenso número de contribuições individuais de cidadãos e organizações, motivadas por normas e pela formação de percepções de responsabilidade. Os cidadãos mudam de hábitos, por exemplo, quanto ao consumo de energia e água, passam a praticar a disposição seletiva de resíduos, procuram reduzir desperdícios etc. Os investimentos em iluminação econômica e redução de vazão de água têm impacto sensível nas despesas correntes. As organizações passam a oferecer equipamentos mais eficientes, adotam materiais recicláveis, desenvolvem tecnologias para a geração com fontes renováveis de energia, desenvolvem veículos com acionamentos híbridos ou elétricos menos poluidores, reduzem o consumo de água e energia produção, praticam o reuso e a reciclagem de matérias e assim por adiante. Tem-se demonstrado que as ações das empresas e das demais organizações orientadas ao Desenvolvimento Sustentável contribuem de forma positiva para a redução dos custos e são, portanto, economicamente atrativas. As medidas de aumento da eficiência no uso dos recursos, alardeadas sob o título de Responsabilidade Social Corporativa, beneficiam as próprias organizações. Cabem sob o título de desenvolvimento difuso as medidas arquitetônicas para a redução das necessidades de iluminação e de acondicionamento da temperatura dos prédios. O efeito do conjunto de tais ações é considerável em praticamente todas as sociedades. Traduz-se pelo aumento da eficiência energética e pela redução da necessidade de captação e tratamento de água.

Desenvolvimento Projetado.
Todavia, por mais zelosos que sejam os cidadãos nas famílias, como consumi-dores, e nas atividades de produção, problemas de desenvolvimento que atingem a grandes contingentes de pessoas e extensas áreas estão além do alcance de suas ações e de sua autoridade de atuação. Mudanças na matriz energética, o resgate de contingentes humanos da pobreza, a terminação de assédios a biomas – desflorestamentos – e ações de reflorestamento e de recuperação de recursos hídricos requerem a atuação planejada pelo Primeiro Setor – Governo e Estado -, ainda que os políticos responsáveis tenham de ser pressionados pala cidadania. Estas ações compreendem políticas e projetos de desenvolvimento específicos com execução monitorável; os seus efeitos sobre as características da Situação Atual são diretamente mensuráveis. Compreendem o desenvolvimento projetado. Exemplos bem conhecidos são a mudança da matriz energética – a Energiewende – praticada na Alemanha, com forte apoio da cidadania, e a industrialização na China, com resgate de pobreza agrária de centenas de milhares de pessoas e intensa urbanização.

O Desenvolvimento Sustentável haverá de progredir nas três dimensões, de preferência simultaneamente:  Desenvolvimento Social Sustentável, Desenvolvimento Ambiental Sustentável e Desenvolvimento Econômico Sustentável.