Categoria: Energia

Investimento global em energia limpa tem recorde de US$329 bi em 2015

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Investimento global em energia limpa tem recorde de US$329 bi em 2015, diz estudo

A China fez a maior parte dos investimentos em energia limpa em 2015.

Por Nina Chestney/ Reuters  14/01/2016

O investimento em energia limpa ao redor do mundo atingiu um recorde de 329,3 bilhões de dólares em 2015, quando investidores ignoraram a queda nos preços dos combustíveis fósseis e flutuações cambiais e instalaram um volume recorde de capacidade de geração, mostrou um estudo nesta quinta-feira (14).

A China fez a maior parte dos investimentos em energia limpa em 2015, com 110,5 bilhões de dólares, ou 17 por cento a mais que em 2014. Outros mercados emergentes também tiveram grandes avanços, como África do Sul, Chile e México.

O investimento em fontes renováveis de energia, como eólicas e solares, foi 4 por cento superior aos de 2014, que ficaram em 315,9 bilhões de dólares, e representaram quase seis vezes o montante de 2004, disse a Bloomberg New Energy Finance em um relatório.

A capacidade instalada em renováveis foi 30 por cento superior à registrada em 2014, com 64 gigawatts em eólicas e 57 gigawatts em usinas solares fotovoltaicas comissionadas no ano passado.

O aumento aconteceu mesmo com uma queda nos preços do petróleo e do gás natural, com a economia da Europa ainda enfraquecida e com o fortalecimento do dólar, que reduziu o valor de investimentos em outras moedas.

“Esses números são uma resposta impressionante a todos que esperavam que o investimento em energia limpa fosse estagnar com a queda dos preços de petróleo e gás”, disse o presidente do conselho consultivo da Bloomberg New Energy Finance, Michael Liebreich.

“Os dados destacam a cada vez maior competitividade da energia solar e eólica, guiada em parte pelo movimento de muitos países para ampliar a capacidade por leilões reversos ao invés de com tarifas vantajosas, uma mudança que coloca os produtores sob constante pressão de preço”, disse.

 

Mudança da Matriz Energética. – Parte I: Benchmark Alemanha

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Aspectos de exemplo de Mudança de Matriz Energética:  Energiewende da Alemanha.

Parte I:  Configuração de um benchmark.

 Introdução.

O progresso na transformação da matriz energética na Alemanha e as dificuldades enfrentadas são acompanhadas com interesse pelos demais países porque a Alemanha arrojou se adiantar e manteve por algum tempo uma liderança no desenvolvimento e na implantação da tecnologia da geração eólica, em conjunto com a Dinamarca, e da energia solar, que incentivaram seguidores no âmbito global.  A Alemanha cumpriu os compromissos do Protocolo de Kyoto.  Atualmente executa uma Política que deve ser entendida como um exemplo de Projeto de Mudança da Matriz Energética, ou Projeto de Desenvolvimento Ambiental Sustentável, como descrito a seguir:

Metas:                                                                                                                                              –  Redução de emissões de gases causadores do efeito estufa – GEE – no mínimo em 80% em relação a 1990, se possível em 95% em 2050.                                                                           –  Manutenção dos custos de energia elétrica próximo ao nível atual.                                        –  Em 2050, 80% do consumo de energia deverá ser provido por fontes renováveis.

 Abordagens:                                                                                                                                 –  Implantação da geração com fontes renováveis de energia em substituição às fontes fósseis carvão, petróleo e gás natural com simultânea eliminação da energia nuclear.  As principais fontes de energia renovável são eólica, tanto on-shore como off-shore, e solar, principalmente fotovoltaica.  Espaço para bioenergia e geotermia.                                             –  Aumento da eficiência energética na economia de forma a consumir em 2050 a metade da energia consumida em 2008, apesar de um crescimento da economia.

 Expectativa:                                                                                                                                  –  A Alemanha deverá ter uma das economias com mais alta eficiência energética e proteção do meio ambiente e ao mesmo tempo com competitividade reforçada.                    –  Em 2020 a Alemanha deverá ter um mercado e uma produção líder em veículos com acionamentos elétricos.  Deverá também ocupar uma posição de liderança na técnica e na fabricação de baterias – acumuladores – e células de energia.                                                     –  40 % do consumo de energia e 30 % das emissões de CO2 são causados nos prédios, por exemplo pelo aquecimento no inverno.  Em 2050 estas emissões devem estar eliminadas.  Isto significa que o consumo nos prédios precisa ser reduzido e estarem instaladas técnicas baseadas em energia renovável.                                                                                                           –  Terminação da dependência de importação de combustíveis fósseis.

Método:                                                                                                                                          –  Condução de um Projeto combinando metas, legislação, monitoramento, e incentivos / subsídios a investimentos além de condições para um desenvolvimento difuso.                      –   Intensiva atividade de consultoria para a redução do consumo de energia.                          –  Projeto nacional de desenvolvimento do sistema de transmissão de energia.                      –  Particular atenção no equilíbrio do sistema elétrico.                                                                  –  Pesquisa no campo de armazenamento de energia, sistema de rede, energias renováveis, sistemas de distribuição inteligentes etc.

 

Situação em início de 2015:                                                                                                     –  A implantação da geração com fontes renováveis criou 371.000 empregos.                       –  Em 2014 investiram-se 18,8 bilhões de Euros em energias renováveis.                                 –  Em 2014 investiram-se 44 bilhões de Euros em saneamento de imóveis.                              – Estima-se que em 2015 se investiram adicionais 6,5 bilhões de Euros em medidas para a redução do consumo de energia.                                                                                                          –  Em 2013 houve uma economia na importação de combustíveis fósseis de 9,1 bilhões de Euros.                                                                                                                                                         –  Redução do consumo total de energia em calor/aquecimento, energia elétrica e combustíveis em 12,4%.                                                                                                                        –  Capacidade instalada de geração com fontes renováveis no nível de 80 GW, dos quais 30 GW eólicos.  Há aproximadamente 1,4 milhões de instalações fotovoltaicas, somando 40 GW instalados.  10 GW instalados se dividem entre instalações hidrelétricas, bioenergéticas e geotérmicas.                                                                                                              –  O programa de saneamento de prédios já alcançou 3,7 milhões de domicílios, desde 2006, tendo-se investido 187 bilhões de Euros.  O programa garante 2,5 milhões de empregos.

 —  das circunstâncias:                                                                                                           Em cada país, sociedade, a redução das emissões de GEE, que é a motivação dos esforços para as mudanças das matrizes energéticas, está relacionada e condicionada às circunstâncias econômicas, ambientais e sociais vigentes.  Na Alemanha:                               –  A situação econômica é de baixo crescimento do PIB, pratica-se uma política fiscal de equilíbrio orçamentário, os juros básicos são baixos ao nível da inflação entre 1% e 2%, a situação de ocupação é de pleno emprego, a situação social com 80 milhões de habitantes é de satisfatório funcionamento dos serviços sociais e a ocorrência de pobreza insignificante – IDH acima do 0,9 (muito alto).  A condição de vida nas zonas rurais é comparável com as condições nas cidades.  As distâncias são curtas.                                        –  A balança comercial da Alemanha é positiva, com exportação de produtos industriais de reconhecida qualidade e importação de combustíveis e alimentos.                                             –  Vegetação original de floresta temperada, hoje sendo parcialmente recuperada, mas predominantes florestas industriais.                                                                                                  –  A política de mudança da matriz energética conta com o apoio e mesmo o interesse da sociedade.  O fechamento das usinas nucleares resulta de reivindicações da opinião pública.  O progresso na redução de emissões de CO2 é atentamente observado.  Existe um Partido Verde que já participou de uma coalizão de governo.

Com as reservas devidas ao tema, pode-se afirmar que a Alemanha está próxima da Situação Sustentável nas dimensões social e econômica.

Mudança de Matriz Energética. – Parte II: Comparação com seguidores – Brasil.

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Parte II:  Comparação com seguidores.                                                                               Lições para um correspondente desenvolvimento da Mariz Energética no Brasil.

Diferenças fundamentais / Situação em início de 2015:                                              –  A Alemanha partiu de base de suprimento de energia por combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural – e aproximadamente 20 % de energia nuclear a ser totalmente reformada.  No Brasil aproximadamente 50% da energia consumida é de origem hídrica, supostamente “limpa”.  Aproximadamente 70% da energia elétrica é gerada em centrais hidrelétricas. E existe um potencial de produção de biocombustíveis para veículos, que pode ser mais bem explorado.  O etanol é misturado à gasolina na ordem de 20% e a grande maioria dos automóveis novos têm tecnologia flex.                                                          –  Hoje, em fim de 2015, a capacidade de geração instalada no Brasil está por volta de 140 GW.  O potencial de energia eólica é estimado da mesma ordem de grandeza.  O potencial de energia solar fotovoltaica supera 300 GW.  O potencial de energia elétrica produzida em cogeração com bagaço de cana é comparável à potência da usina hidrelétrica de Itaipu com 14 GW.  A parcela explorada está por volta de 1,5 GW.                                                         –  No Brasil não existem problemas com o armazenamento de energia eólica e solar temporariamente gerada em excesso, pois o despacho das usinas hidrelétricas pode ser regulado acumulando água nos reservatórios, usualmente com baixos níveis.                        –  No Brasil não existem os problemas de distribuição de energia causados pela calefação durante o inverno.                                                                                                                                   –  Mas no Brasil há e continuará havendo uma agricultura e uma pecuária poluidora de muito maior envergadura.

 —  das circunstâncias (2015):                                                                                                  –  Situação econômica de crise de crescimento com redução do PIB, grande déficit fiscal, nível de desemprego de 10% nas principais zonas urbanas, 60% da população de 210 milhões de habitantes com renda familiar de até três salários mínimos e estimados 40 milhões de pobres com renda de até 1,9 US$/dia.  80% da população – 168 milhões – está urbanizada; dos outros 42 milhões cerca de 15 milhões vivem na Floresta Amazônica, principalmente de extrativismo.   O sistema de educação e de saúde são precários.   O saneamento básico está deficiente.                                                                                                     –  A balança comercial do Brasil tem se mostrado positiva, com as principais exportações sendo minérios e, principalmente, commodities agrários e carnes.  Em 1980 o Brasil produzia 50 milhões de toneladas de grãos e importava feijão; em 2015 chega perto de produzir 200 milhões de toneladas,alcançando a posição de segundo produtor mundial de alimentos.                                                                                                                                                 –  As distâncias no Brasil são longas, sendo este um dos fatores causadores de problemas estruturais logísticos para transportes para a transmissão de energia.                                      –  O Brasil abriga grandes extensões de biomas com grande biodiversidade, em parte ainda mal conhecida:  A floresta Amazônica, a floresta Atlântica e o Cerrado merecem particular destaque.  Da floresta Atlântica restam cerda de 8%, constantemente ameaçados.  Do Cerrado 40% já foi ocupado pela agricultura e pela pecuária, tendo apenas uma parcela de 5% protegidos por lei.  A floresta Amazônica cobria mais de 50% do território nacional; hoje cerca de 20% estão desmatados, o desmatamento progride a taxas de 5.000 km2 por ano, para a conversão em pastos, assim como continua o extrativismo de madeiras.  Esta destruição não traz vantagens para o desenvolvimento econômico e não contribui para a redução da pobreza.                                                                                                 –  Não foram formulados ainda Projetos para o Desenvolvimento Sustentável Regionais, que tratassem coordenadamente o desenvolvimento econômico, no que ficaria inserido a Matriz Energética, o desenvolvimento ambiental e o desenvolvimento social.  Existe um Plano Nacional de Energia, que precisa ser atualizado com finalização de obras de usinas hidrelétricas e longas linhas de transmissão na Região Amazônica.                                           –  Com facilidade o Brasil pode ocupar uma posição de liderança na produção de biocombustíveis em consequência da coprodução com açúcar e energia elétrica.                   –  Tanto a política energética, como os problemas de devastação ambiental, como a continuada presença de pobreza urbana, rural e nas florestas não mobilizam a sociedade (ainda?).  Atualmente as atenções estão presas ao mau desempenho do governo na condução da economia, ao desemprego e aos escândalos de corrupção.

 Consequências básicas:                                                                                                            –  Como a expansão da geração eólica e solar pode ser muito rápida – mais de 3 GW por ano -, as usinas térmicas poderiam ser desativadas em breve, supostamente num prazo de cinco anos, supondo que os sistemas de transmissão e distribuição sejam adequados simultaneamente.  Principalmente a geração fotovoltaica, mas também a geração eólica e a cogeração, estarão situadas próximas, se não nos consumidores, dispensando o investimento em linhas de transmissão de longa distância, com suas perdas de energia.     –  Conjuntamente, a desativação de usinas termelétricas operando com fontes fósseis e incentivos aos biocombustíveis para veículos poderiam reduzir as emissões de GEE do Brasil em cerca de 30%, até 2025.  Então os veículos com acionamentos elétricos já estarão no mercado.                                                                                                                                             –  Com estas perspectivas a oferta de energia no Brasil seria farta.  Os investimentos em usinas hidrelétricas na região amazônica serão absolutamente supérfluos, inclusive as linhas de transmissão aos centros de consumo no Sudeste.  Isto significa que a Política Energética do Brasil – PNE: Plano Nacional de Energia – haveria de ser reformulada.

–  Procedimentos de redução do consumo de energia, ou seja, de aumento de eficiência energética somariam neste cenário positivo, contribuindo com economias na ordem de 20 a 30 GW num prazo de dez anos.

Perspectivas para a redução das emissões de GEE no Brasil: [metas possíveis] Considerando que o cenário de geração e consumo de energia acima descrito configura uma matriz energética “verde” ou “limpa” e                                                               considerando que os desflorestamentos podem e devem ser terminados num prazo de até cinco anos, sendo que contribuem ainda com um terço do total de emissões de GEE, conclui-se que até 2025 as emissões poderão ser reduzidas em dois terços, ou seja, a um terço do nível atual, sem requerer grandes esforços ao erário público e ainda propiciando numerosas oportunidades de trabalho, em todos os níveis da pirâmide social, principalmente nos inferiores, em projetos de recuperação florestal.                                   Este seria o resultado previsível de um Projeto para o Desenvolvimento Sustentável consistente, do qual a configuração da Matriz Energética é uma parte.                                    O terço faltante da redução de emissões de GEE estaria no setor da agricultura e da pecuária além da gestão de resíduos.  Por conta desses poluidores é razoável admitir que restem emissões não mitigáveis, mas talvez sequestráveis por reflorestamentos de recomposição de biomas e industriais. Então 90 % de redução das emissões de 1.500 GtCO2eqiv atuais poderiam ser realizadas até 2035 ou 2040, quer dizer antes da Alemanha alcançar uma meta equivalente.

 

 

Installed cost of utility-scale PV system in the US down 17% in 3Q15

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Installed cost of utility-scale PV system in the US down 17% in 3Q15; falling PV costs to spur demand, says EnergyTrend

Press release, January 6; Alex Wolfgram, DIGITIMES [Friday 8 January 2016]

According to EnergyTrend, prices of photovoltaic (PV) systems are in a steady decline. In the US, for example, the average installed cost of utility-scale PV systems was at US$1.38/W in the third quarter of 2015 compared with US$1.66/W in the same quarter of 2014, representing a 17% on-year drop. As PV-generated electricity reaches grid parity in more places worldwide, the market is also entering an expansionary phase with a growing number of utility-scale projects taking place. Based on EnergyTrend’s recent survey on emerging markets, the respective installed capacities of India, Chile and the Philippines between the start of 2015 are respectively estimated at 827MW, 750MW and 134MW. These countries enjoyed substantial installation growth during the past year. EnergyTrend thus expects upward revisions of these figures later on as more data for 2015 are released and tallied.

EnergyTrend analyst Patrick Lin pointed out that the levelized cost of electricity (LCOE) of each regional market is determined by daylight hours, labor costs, subsidies and prices of PV modules after taxes. For example, some utility-scale systems in India have a LCOE of around US$0.08/kWh because the country enjoys long daylight hours, low labor costs and low module prices. EnergyTrend said it believes the average installed cost of utility-scale systems worldwide could fall by another 15% on year by the end of 2017, and the drop in the installed cost could also lower the LCOE of PV energy in some regional markets to US$0.07/kWh and under. In this scenario, the LCOE of utility-scale PV systems in general would be close to that of coal-fired power plants and below that of natural gas power plants. In sum, PV demand continues to grow, and the share of renewable energies in power generation worldwide is expected to expand in the future.

Looking to 2016, Lin added that policies in major markets including the US, China and India will cause a gradual decline in module prices. The fall of module prices will also coincide with the price decline of inverters and other related consumables. The average installed cost of PV system therefore will drop to around US$1.15/W, and the 2016 market in general will see a resurgence in demand. Moreover, conversion efficiency rates of PV cells continue to improve. In the second half of 2016, mainstream multi-Si products are expected to achieve a power output of 265W, while their mono-Si counterparts will be reaching 275~280W. Consequently, the ongoing rise in efficiency will progressively push down the LCOE of PV energy. For the 2016-2017 period, EnergyTrend anticipates demand growth to return in regions with abundant sunlight, such as India, Southeast Asia and Central and South America countries.

Categories: Green energy Solar

Tags: 3Q15 demand EnergyTrend PV PV system US

 

Meta de emissões de GEE Zero em 2030 para o Brasil.

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CANADA’S 100-PER-CENT RENEWABLES SCENARIO (2050)
Energy mix:
Solar: 21.2 per cent
Onshore wind: 37.5 per cent
Offshore wind: 21 per cent
Wave energy: 2 per cent
Geothermal: 1.9 per cent
Hydroelectric: 16.2 per cent
Tidal turbine: 0.2 per cent
Job creation impact: 293,000 construction jobs; 463,000 full-time operation jobs
Avoided health costs per year: $107.6-billion
Avoided pollution deaths per year: 9,598
Source: Stanford University
Comentário: Se para o Canadá, que hoje depende do carvão mineral e do petróleo para sua indústria, transportes e consumo doméstico 100% de provisão por energia renovável até 2050 seria possível, até mesmo sem contar com bioenergia, para o Brasil, que já tem uma matriz energética com perto de 50% de energia renovável hoje, os 100% não seriam factíveis até 2030?
Considerando o imperioso Desmatamento Zero Já – em três anos, no máximo cinco anos – e outros avanços paralelos na agropecuária e no saneamento, a meta de emissões de GEE nulas em 2030 seria alcançável. Mas o governo se omitiu na COP 21 em Paris, sendo secundada pelas ONGs que se dizem ambientalistas.

Canadá 100% de energia renovável em 2050.

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Can the world convert to total renewable energy by 2050? – The Globe and Mail

CANADA’S 100-PER-CENT RENEWABLES SCENARIO (2050)

Energy mix:

Solar: 21.2 per cent

Onshore wind: 37.5 per cent

Offshore wind: 21 per cent

Wave energy: 2 per cent

Geothermal: 1.9 per cent

Hydroelectric: 16.2 per cent

Tidal turbine: 0.2 per cent

Job creation impact: 293,000 construction jobs; 463,000 full-time operation jobs

Avoided health costs per year: $107.6-billion

Avoided pollution deaths per year: 9,598

Source: Stanford University

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Can the world convert to total renewable energy by 2050?

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Can the world convert to total renewable energy by 2050? Add to …

In 2009, Stanford University engineering professor Mark Jacobson outlined a plan for the world to get all its energy – including transport and heating fuel and electricity – from wind, water and solar resources by 2050.

Considered radical at the time, the model has been fleshed out to provide details for 139 countries and is now seen as far less extreme than it once was. The conversion would not only eliminate most greenhouse gas emissions, Mr. Jacobson says; it would dramatically improve human health and create millions of new jobs. He spoke recently to The Globe and Mail’s Richard Blackwell.

Many people would suggest your proposal is radical and impractical. Is it?

I think it is actually mainstream now. At the Paris conference, they were talking about 100-per-cent renewable energy. In the United States, presidential candidates on the Democratic side have embraced it.

Does that reflect a major change in attitude since you first proposed this in 2009?

It was definitely radical in 2009, and even through 2013 and partly in 2014. Most of this transformation has taken place in people’s minds in the last year. The goal to get to 100-per-cent renewable energy has gathered a huge momentum.

Are you happy with the Paris agreement, which is fairly vague in how it will get to its goals?

It is certainly positive. It is not enough to really address the problem full on. But in terms of what is possible at an international level – trying to get 195 countries to agree – it’s a good start. But each individual country can do a lot more than what that agreement would indicate. Not only can, but should, because it will be to their own benefit.

Is converting transport – cars, planes and other vehicles – the most difficult part?

I think it is easier to transform transportation than anything else, because the turnover time of a vehicle is usually around 15 years. The turnover time of a power plant is between 30 and 40 years. The technology is there for ground transportation right now … although less so for long-distance ships and planes. Aircraft are probably the hardest to change. Everything else we could transform within 15 to 20 years.

What technology would allow the conversion of aircraft to renewables?

We propose cryogenic hydrogen, which is just hydrogen at a low temperature. It was used to propel the space shuttle. It has been tested and it works.

Why do you not have any nuclear power in your models?

It has disadvantages compared to wind, water and solar, and it is not necessary. It might be better than gas or coal, but it still results in nine to 25 times more carbon emissions and air pollution than wind power, per unit of energy generated.

Also, 1.5 per cent of all nuclear reactors built have melted down seriously. And countries have secretly developed weapons under the guise of civilian programs. Then there are radioactive waste issues that are not resolved. And they cost three to four times more right now than wind power and two to three times more than utility-scale solar. There is really no advantage to using it.

Some people oppose hydro power because of the carbon footprint when large projects drown forests. Is that an issue?

We have zero new hydro. It is all existing hydro, so there is no new footprint of any kind.

Isn’t there a physical and environmental footprint from building so much new wind and solar power?

Keep in mind that we are also subtracting all the footprint related to gas, coal, oil and nuclear. There are 2.3 million gas wells spotting the Great Plains of the U.S. and Canada. Well pads, roads and storage facilities take up an area the size of the state of Maine. We would be subtracting that, and all the coal mines, all the oil refineries and the oil wells.

The new physical footprint for everything, worldwide, would be about 0.3 per cent of the world’s land area. The spacing [between wind turbines and solar panels] is another 0.6 per cent of the world. And most of that spacing can be used for agriculture.

What about concerns over materials used in solar panels and wind turbines?

There is an environmental impact for mining [those materials]. But it is a one-time [impact] for each device. With fossil fuels, you need to keep mining continuously. The solar panel footprint is trivial in comparison to the fossil-fuel footprint.

How do you convince countries with big oil and gas industries, like Canada, that this shift is a good idea?

It is [a matter of] information. If people realize that they are going to make and save a lot more money by converting, then the transition would go naturally. If the benefits are clearly laid out, versus the costs, it is a no-brainer for most people.

What about all the people employed in the oil and gas industries who may lose their jobs?

If you convert, you create an additional 22 million jobs worldwide. Sure, you would have to retrain some people, maybe a lot of people in oil and gas, but there are jobs that will be available, both in construction and permanent operation jobs.

Which countries did you find will have the most difficulty to shift to an all-renewable energy economy?

The ones that were the hardest were the smallest – such as Singapore and Gibraltar. They have pretty high populations but not much area, so it is hard for them to produce all their own energy and be energy independent. In Singapore, they will have to transfer some energy from Malaysia. Gibraltar will probably get it from Spain.

Most countries have either a lot of solar or a lot of wind, or a mixture of both. There weren’t any countries that we couldn’t do it in. In some countries, it is more of a political issue because they are war-torn.

Is energy storage going to be a key factor in making this work?

You do need a lot of storage, but it is low-cost storage: pumped hydroelectric storage, concentrated solar power with storage, and heat stored in water and rocks. Combining those with demand response and some hydrogen, which is also a form of storage, will solve the problem.

Is 2050 still a practical date to achieve that goal?

Our goal is to get to 80 per cent by 2030 and 100 per cent by 2050. It is certainly technically and economically practical. Whether it is politically tractable is a different question.

This interview has been edited and condensed.

Avaliação do INDC apresentado em New York pelo Governo do Brasil

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Avaliação do INDC apresentado em New York pelo Governo do Brasil.

As metas brasileiras

Objetivos que, segundo Dilma, o Brasil levará à próxima conferência da ONU sobre o clima, em Paris, em dezembro:

  • Entre 2005 e 2025, reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa em 37%. Até 2030, chegar a 43%
  • Acabar com o desmatamento ilegal
  • Restaurar 12 milhões de hectares de florestas
  • Recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas
  • Integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas
  • Garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética
  • Ampliar para 66% a participação da fonte hídrica na geração de eletricidade
  • Ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar e biomassa) na geração de energia elétrica
  • Aumentar em cerca de 10% a eficiência elétrica
  • Aumentar para 16% participação de etanol carburante e das demais biomassas derivadas da cana de açúcar no total da matriz energética

 

Auto-avaliarão do Governo.

O governo proclama que as metas publicadas são “ambiciosas” e que colocariam o Brasil na vanguarda dos esforços globais pela mitigação das Mudanças Climáticas.  E ainda aponta para as reduções alcançadas pela redução de desflorestamentos, que hoje estão estacionados em 5.000 km2, correspondentes à área de um quadrado com 70 km de lado.  Não encontra repercussão na sociedade, já pela simples razão de que poucos cidadãos estão em condições de avaliar um contexto dessa complexidade e diversidade.  Por outro lado é difícil entender o silêncio da Sociedade Civil Organizada das ONGs ambientalistas, mesmo daquelas que nas redes sociais se apresentam como defensoras do Desflorestamento Zero, que não consta nas metas oficiais.

As metas não explicitam valores para o nível de emissões nos prazos de 2025, 2030 e 2050.  Segundo interpretações publicadas em noticiários, as emissões do Brasil não mudariam significativamente até 2030.

 

Base de comparação para uma avaliação.

A visão defendida desde a redação de “Como acelerar o Desenvolvimento Sustentável?” baseia na compreensão de que a contribuição para a realização da Situação Sustentável não é mais que o desempenho da Responsabilidade diante da humanidade pelas Condições de Vida no futuro.  Então também não cabem comparações com os desempenhos de outros países.  Sob esta perspectiva cada participante deve esgotar as possibilidades das ações que estiverem no seu alcance.

Por isso perguntamos:  (Vide “Mensagem a agentes políticos no Brasil”)

“O que deveria ser a proposta do Brasil na COP 21 – o “INPC responsável” – e que deve ser cobrado por COP 21 em Rede, pela Cidadania?”

Na Situação Atual as emissões de GEE do Brasil em 2011 foram de cerca de 1, 500 GtCO2equiv. compostas de 1/3 de desflorestamentos, 1/3 de geração de energia elétrica e transportes, e 1/3 de agropecuária, processos industriais e resíduos.  E possibilidades irrefutáveis de ações para o Desenvolvimento Sustentável são:                                                    –  Os Desflorestamentos podem ficar muito próximos a zero já em 5 anos com uma política de Desflorestamento Zero Já.                                                                                                          –  Com incentivo à geração eólica e à energia solar fotovoltaica além da reativação dos biocombustíveis e à cogeração com bagaço de cana, as emissões no setor de energia poderão ficar muito próximas a zero em até dez anos, quer dizer até 2025.                             –  A redução das emissões da agropecuária requer a adoção intensiva de práticas e tecnologias disponíveis.

Então as emissões de GEE com que o Brasil pode e deve se comprometer seriam:

em 2020 1,000 GtCO2equiv

em 2025 0,500 GtCO2equiv

em 2030 muitíssimo baixas

antes de 2050 nulas, o Brasil passaria a ser sumidouro de CO2 para o benefício da humanidade e de sua própria economia com drástica redução da pobreza.”

 

Avaliação com referência ao Desempenho de Responsabilidade.

De início há de se constatar que a retração da base de referência de 2011/12 para 2005, quando as emissões eram mais altas, é uma flagrante tentativa de escamoteação.  Tal atitude não contribui para a credibilidade e para a respeitabilidade da atuação do governo brasileiro.

A referência ao “desmatamento ilegal” significa que o desmatamento em larga escala continuará a ser tolerado.  Este posicionamento só interessa aos agricultores e pecuaristas desflorestadores.  Trata-se de uma irresponsabilidade flagrante diante da sociedade brasileira pela influência sobre os regimes de chuvas em grandes extensos do território nacional e diante da humanidade pelo retardamento da redução das emissões globais.

A citação de três metas de tratamento de áreas já desflorestadas deve ser entendida como uma manobra para o desvio das atenções do problema dos desflorestamentos.  Não constam indicações de locais onde e como tais ações seriam executadas.  Não houve uma discussão publica destes tópicos.

O anúncio do aumento da fonte hídrica na geração de energia significa a continuação da construção de usinas na região amazônica.  São obras insustentáveis sob aspectos econômicos, ambientais e sociais, como demonstra o exemplo de Belo Monte, que não encontrou no mercado interessados pelo financiamento.  O desenvolvimento do aproveitamento do potencial eólico e solar tornaria desnecessárias tais obras.

O aumento em 10% da eficiência energética é considerado uma meta modesta por especialistas.  O dobro não seria difícil de ser alcançado.

A meta da utilização de combustíveis fósseis seria melhor compreensível e monitorável se estabelecesse objetivos de eliminação do carburante gasolina e da redução do combustível diesel nos transportes.

 

Conclusão.

Comparadas com as metas possíveis e dissecadas na medida do possível na compreensão de um cidadão interessado, as formulações de INDC do governo em New York não podem ser identificadas de outra forma que serem uma esforçada obra de enganação pública.

Matriz Elétrica do Brasil

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Matriz Elétrica do Brasil.

Situação atual em 2015.                                                                                                                      Fontes                                    Participação            Potência Instalada    Aumento previs

–  Hidrelétrica                             62,7%                                                                                               –  PCH                                            3,5%                                                                                               –  Gás Natural                               9,4%                                                                                               –  Petróleo                                      6,6%                                                                                               –  Carvão mineral                          2,7%                                                                                               –  Nuclear                                       1,5%                                                                                               –  Biomassa                                    9,7%                             12,9 GW                 2,9 GW                    –  Eólica                                           4,8%                              6,6 GW                 3,8 GW                     –  Solar                                            0,01%                            2,1 GW

Total                                         100,91                          138,2 GW                41,2 GW

Fonte:  ANEEL/ABEEólica

 

Categories: Energia

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Investimentos globais em energia renovável superam fontes fósseis.

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Fossil Fuels Just Lost the Race Against Renewables

April 15, 2015

The race for renewable energy has passed a turning point. The world is now adding more capacity for renewable power each year than coal, natural gas, and oil combined. And there’s no going back.

The shift occurred in 2013, when the world added 143 gigawatts of renewable electricity capacity, compared with 141 gigawatts in new plants that burn fossil fuels, according to an analysis presented Tuesday at the Bloomberg New Energy Finance annual summit in New York. The shift will continue to accelerate, and by 2030 more than four times as much renewable capacity will be added.

“The electricity system is shifting to clean,” Michael Liebreich, founder of BNEF, said in his keynote address. “Despite the change in oil and gas prices there is going to be a substantial buildout of renewable energy that is likely to be an order of magnitude larger than the buildout of coal and gas.”

The Beginning of the End

Power generation capacity additions (GW). Credit: Bloomberg New Energy Finance.

The price of wind and solar power continues to plummet, and is now on par or cheaper than grid electricity in many areas of the world. Solar, the newest major source of energy in the mix, makes up less than 1 percent of the electricity market today but will be the world’s biggest single source by 2050, according to the International Energy Agency.

The question is no longer if the world will transition to cleaner energy, but how long it will take. In the chart below, BNEF forecasts the billions of dollars that need to be invested each year in order to avoid the most severe consequences of climate change, represented by a benchmark increase of more than 2 degrees Celsius.

The blue lines are what’s needed, in billions; the red lines show what’s actually being spent. Since the financial crisis, funding has fallen well short of the target, according to BNEF.

Investment Needed to Minimize Climate Change

Credit: Bloomberg New Energy Finance.

Copyright 2015 Bloomberg

Fonte:  www.renewableenergyworld.com/articles/2015/04/fossil-fuels-just-lost-race-against-renewables.html