Política para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil. Parte II
Esboço de uma Política para o Desenvolvimento Sustentável do Brasil. Parte II: Desenvolvimento Ambiental Sustentável.
Política de Desflorestamento Zero e Reflorestamento Intenso.
A finalização imediata dos desflorestamentos configura o Desempenho da Responsabilidade do Brasil em relação à humanidade por contribuição para a estabilização do clima. Esta ação não requer investimentos. Seria a forma mais rápida e econômica de contribuir para a redução global das emissões de gases causadoras do efeito estufa – GEE. Não afeta negativamente o desenvolvimento econômico nem o desenvolvimento social do país. O retardamento da terminação do desflorestamento prolonga a posição de do Brasil com “culpabilidade por omissão” – em outras palavras: “de vilão” – no empenho pelas futuras condições de vida da humanidade.
Com o desmatamento da Floresta Amazônica alcançando 20% da área original, já se fazem sentir efeitos nos regimes de chuvas e no abastecimento d’água na Região Sudeste do país. Trata-se de uma ação que apenas exige determinação. Por condescendência dos Poderes Públicos ainda se desmatam anualmente áreas de superfície equivalente a um quadrado de 70 km de lado. Esta medida de estrago não compreende o extrativismo predador de madeira, que também é ainda tolerado.
Vastos projetos de reflorestamento de áreas degradadas podem e devem ser realizados simultaneamente à finalização dos desflorestamentos, tanto na Amazônia, como nas cabeceiras e margens de bacias hidrográficas, a exemplo do rio São Francisco. Alcançariam algumas regiões de cerrado.
Os projetos de reflorestamento compreenderiam assentamentos de executantes e encarregados do zelo pelas áreas recuperadas. Os assentados produziriam o auto-sustento e seriam remunerados pelo serviço. Portanto, os reflorestamentos contribuiriam para o Desenvolvimento Social Sustentável.
Os reflorestamentos podem ser industriais e de recomposição, ou combinados. No Brasil florestas industriais passam a produzir em 5 a 8 anos madeiras de construção, matéria prima para a indústria de papel e celulose ou carvão vegetal, empregado na redução de minério de ferro, e biocombustível para a geração de energia. Constituem uma base para a produção industrial “verde”. Florestas de recomposição procuram restabelecer o bioma. Comportam um adensamento de espécies de madeira de lei. E podem ser combinadas com “cultivos na floresta”. Estima-se que tais reflorestamentos iniciem a produção de madeira em 20 a 25 anos. Associações de investimentos públicos com investimentos privados são pensáveis nas duas abordagens.
A superação das inércias e das resistências que se opõem à Política do Desmatamento Zero e do Reflorestamento requer uma Mobilização da Sociedade – da Cidadania – equivalente à desenvolvida para a proteção da Mata Atlântica 5.
[ 5 > Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas ]
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