Projeto para o Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais – Ações.
Projeto para o Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais – Ações.
Sobre a formulação do Projeto.
1. O trabalho a ser discutido precisa evitar de ser só teórico, isto é, não resultar em mais que papel.
2. Provavelmente um projeto para MG deverá ser dividido por bacias hidrográficas. É possível que já existam alguns Comitês de Bacias. Então numa primeira fase os coordenadores de bacias precisariam ser convidados para tomarem conhecimento do propósito de desenvolvimento do projeto.
2.1. As circunstâncias nas bacias devem ser muito desiguais. Imagine os contextos no rio Doce, no rio Jequitinhonha, no rio São Francisco e Verde, no rio Grande e Paranaíba e nos rios que correm do sul de Minas para São Paulo e para o rio Paraíba do Sul.
2.2. Aparentemente, isto viria a complicar a realização do Projeto. Mas este teria de qualquer forma ter execução descentralizada. E a concentração num foco e interesses locais favorece a mobilização e a motivação dos participantes e da Cidadania. Uma série de trabalhos seria realizada em paralelo acelerando o progresso.
2.3. Cada subprojeto teria a sua própria gestão e monitoramento. E haveria um monitoramento central para o conjunto – do Projeto.
2.4. Um objeto da organização é o financiamento. Imagino que cada subprojeto organizaria um crowdfunding e ações voluntárias de envolvidos – administrações municipais, empresas, produtores rurais, cidadãos. 2.4.1. Qualquer ação só deveria ser iniciada quando seu financiamento estiver esclarecido e assegurado.
2.5. A segmentação haveria de ser estuda sobre um mapa do estado pela gestão central antes de se lançar o projeto e convidar os “periféricos” para uma primeira reunião.
2.6. A organização de TI para este sistema de projetos faria parte da fase preparatória. Haveria uma rede, com divulgação de ações, resultados etc.
2.7. As ações devem sempre objetivar um aumento de renda na bacia, tanto dos municípios como da população, para que haja interesse e consciência da importância das contribuições. Então a incorporação de uma consultoria / assistência para aumento de produtividade agrária, como exemplo, seria bastante adequada. Um dos medidores a serem monitorados seria o IDH de cada comunidade e bacia. Isto poderá ser motivo para o Estado se interessar a contribuir efetivamente – materialmente. Mas não deve ser simples obter e manter os dados.
2.8. As faculdades devem desenvolver uma logística para o fornecimento de mudas e assistência.
2.9. Quanto melhor o(s) projeto(s) obtiver(em) popularidade e impulso próprio(s), mais provável será que sobreviva(m) a mudanças de gestão por conta de eleições.
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3. Tomado em conjunto isto significaria que se organizaria uma gestão e uma mobilização buttom-up orientada para o Desenvolvimento Sustentável de MG.
Sobre o financiamento e rendas geradas por um Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Estado Minas Gerais.
1. Condições a serem almejadas:
1.1. O Projeto deve ter, pelo menos em parte, fontes de financiamento próprias, para ser o mais independente possível das circunstâncias políticas. Algumas idéias: – Formação de fundos de desenvolvimento das bacias hidrográficas alimentados por municípios e empresas nelas domiciliadas. – Cobrança por uso de água. – Participação em receitas criadas pelo Projeto, que serviriam para reinvestimentos pelos fundos. – Crowdfunding público, através do qual qualquer cidadão poderá materializar o seu apoio.
1.2. Recursos orçamentários – financeiros, materiais e pessoais.
Comentário: O Projeto terá início, mas não fim. Sustentabilidade significa continuidade infinita, auto-regeneração e equilíbrio.
Sobre atividades do Projeto geradoras de receitas adicionais.
O Projeto seria “recompensado” por “success fees”. Atividades:
– Turismos: Histórico – cultural e gastronômico. Deve ser possível cultivar uma imagem bem mineira de cozinha para promover o turismo pelo Estado. Exemplo: Café da manhã com coalhada, pão de queijo, queijo de minas, doce de leite e outros doces, frutas etc. etc. a exemplo do que se tem no Sul, mas diferente. Ambientalista: Chapada da Diamantina, reflorestamentos, cultivos de mudas de espécies nativas, Serra da Canastra – fontes do rio São Francisco, observação de animais, Parques Nacionais, organizações de conservação ambiental das bacias hidrográficas. Mote: Minas das águas, da Floresta Atlântica e do cerrado, e das usinas hidrelétricas. Mote: Minas da biodiversidade. Mote: Minas do resgate social. Desportivo: Circuitos por MG de bicicleta e outros veículos. Produção: Automotiva, alimentação – pecuária, açúcar, etanol, aguardente, café de qualidade – tudo com ênfase em proteção do solo, das águas, biodiversidade e qualidade, Aço Verde, minerações. Mote: Minas dos minérios – ferro, alumínio, (em Araçá?) Exportação de alimentos. [Comentário: por que não maior exportação de carne suína criada por produtores pequenos a médios em condições de qualidade controlada e certificada, se porco é prato regional?] Lazer e saúde: Circuito das águas, [histórico e gastronômico, gemas, artesanato]. Fazendas-hotel; hotéis e pousadas no entorno de represas. Estabelecimentos do próprio Projeto: Central e periféricos, com demonstração das atividades e dos monitoramentos de progressos sociais – assentados em reflorestamentos e melhora de rendas, ambientais – ex: volume e qualidade das águas, área reflorestada e produção florestal – e econômicos – rendas de atividades criadas. Saúde Pública e educação: Saneamento – tratamento dos esgotos, despoluição dos rios, reciclagem, compostagem, minimização de depósitos de resíduos sólidos. Progressos na educação e no IDH. Atividades de municípios e mobilização local. Mote: Minas do Desenvolvimento Humano. ——–
Comentário: O turismo consciente e sistematicamente promovido para ajudar a financiar atividades de Desenvolvimento Sustentável é, em si, uma promoção do Projeto e um recurso de mobilização da sociedade em todos os níveis. As atividades seriam observadas por um público numeroso, aconteceriam em público. Comentário: Poderiam ser conferidos prêmios a agências que comprovarem sucessos na atração de turistas estrangeiros. Comentário: O turismo já está razoavelmente a bem desenvolvido em Minas Gerais. Todavia o esquema acima composto induz a impressão de que existem ainda grandes potencias a serem explorados mediante uma promoção sistemática e focada. Esta promoção seria simultaneamente a promoção para popularização da ideia do Desenvolvimento Sustentável do Estado e para a mobilização de ações distribuídas pelo estado. A execução dos negócios de turismo cabe aos cidadãos empreendedores, e contribuiria para um desenvolvimento econômico e social difuso. Mas a sustentação de uma promoção sistemática seria tarefa do Poder Público, que seria beneficiado pelo aumento das receitas fiscais.
Mote abrangente: Mineiro faça de Minas um local de Primeiro Mundo.
– Outras contribuições para o Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Os potenciais a seguida considerados têm em vista principalmente a geração de oportunidades de trabalho em pequenos e médios empreendimentos. O objetivo é uma mobilização botttom-up. Eventuais subsídios iniciais retornarão através do aumento da arrecadação fiscal pelo maior consumo e pelo aumento da produção. Exemplos:
Reflorestamentos. As atividades podem ser caracterizadas como Reflorestamentos industriais, Reflorestamentos de recomposição da natureza – exemplo: áreas de Floresta Atlântica e Cerrado, Reflorestamentos de bacias hidrográficas: Das nascentes e ciliares. O resgate de espécies ameaçadas – ex: jacarandá, pau Brasil – haverá de ser considerado neste contexto. Cada ação precisa ser cuidadosamente projetada, inclusive a respeito de assentamentos com cultivos e possibilidades de comercialização dos produtos. Comentário: Trata-se de um aspecto óbvio, mas mal percebido, que o Reflorestamento gera desenvolvimento econômico. O Reflorestamento oferece oportunidades de trabalho remunerado para contingentes da base da pirâmide social. Com remuneração adequada deixarão de serem recebedores de subsídios – bolsas. Comentário: A finalização dos desflorestamentos e os reflorestamento é Responsabilidade do Estado. Representam desenvolvimento projetado. Comentário: Devido ao fato de o Estado de Minas Gerais abrigar as nascentes de diversos sistemas hídricos (regiões hidrográficas) – rio São Francisco, rio Grande e rio Paranaíba – os formadores do rio Paraná -, região Atlântico Leste e região Atlântico Sudeste, a Responsabilidade a ser desempenhada é fundamental para o equilíbrio do suprimento de água e o clima em grande extensão do território nacional. Esta Responsabilidade não tem sido percebida e discutida.
Aço Verde: Produzido com carvão vegetal de florestas cultivadas. “Aço Verde” poderia vir a ser um produto certificado.
Geração com fontes renováveis: Solar fotovoltaica, eólica e biomassas. O incentivo da primeira para instalação nos prédios das prefeituras produziria um comércio e serviços de instalação locais além de reduzir despesas nos orçamentos municipais, assim liberando recursos para outras aplicações a longo prazo. Trata-se de uma ação, que o governo do Estado ou a Cemig poderia assumir.
Expansão da produção de alimentos – para exportação. (certificações ambientais?)