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Tráfico de animais, peles, trofeus Crime hediondo

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OLHAR ANIMAL – Polícia investiga tráfico internacional de animais silvestres em Curionópolis, PA

Polícia investiga tráfico internacional de animais silvestres em Curionópolis, PA

 

Polícia investiga tráfico internacional de animais silvestres em Curionópolis, PA (Foto: Reprodução Internet)

O material apreendido na última sexta-feira (26) em Curionópolis, sudeste do Estado, foi periciado nesta terça-feira (30). A perícia criminal analisou cinco cabeças de onça pintada, uma de onça parda, cinco crânios de onças e seis peles de felinos.

Uma operação da Polícia Militar encontrou as partes dos animais escondidos dentro do congelador de uma casa. Depois que o material foi descongelado a perícia descobriu que cada uma das peles apreendidas é um animal diferente. Pelo menos 19 onças foram mortas.

Para a Polícia, a ação pode ter sido realizada por uma quadrilha especializada em tráfico interncacional de animais silvestres. “Temos um padrão de corte de cabeça, de couro com cabeça até a pata, temos patas, temos testículos, que nos induz a uma possível biopirataraia aqui na região. Além dos crânios dissecados, que servem como troféu”, explica o perito criminal Felipe Sá.

De acordo com a polícia, um dos homens suspeitos do crime contra a fauna informou em depoimento apenas que tinha o costume de caçar. “Eu percorro a região há mais de cinco anos, temos mais de um milhão de hectares e nenhum crime parecido com esse já vimos”, afirma Vitor Garcia Neto, agente de fiscalização do ICMbio.

Para o chefe da Floresta Nacional do Carajas, Frederico Drumond, essa perda para a fauna brasileira é inestimável. “É um animal que vai sendo retirado da natureza nessa voracidade e a capacidade de reposição não é das melhores, o que fortalece a tendência de ameaça de extinção que a espécie já se encontra”, comenta.

Exemplo de reflorestamento. 2o.

Gestão da Reserva Florestal do Córrego do Veado

Peter Mix


Gestão da Reserva Florestal do Córrego do Veado

Filhote acompanha mamãe-bugio que encontra mais alimentos nas áreas de reflorestamento

http://www.apoena.org.br/atividade-detalhe.php?cod=210

Comentário / Introdução:                                                                                                               Este site demonstra a dedicação necessária da parte de muitos cidadãos da  para recompor a natureza.  A vista ao site informará sobre muitos aspectos que não cabem neste aspecto.

Presença da Apoena permitiu ação no Consema e atraiu instituições que resultaram no plantio de 800.000 mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica de Interior

Por meio de contrato de cessão de uso com o Incra, a Apoena administra, desde 1998, a Reserva Florestal do Córrego do Veado, pertencente aos assentamentos Lagoinha, Engenho, Porto Velho e Luis de Moraes Neto, executados pelo governo federal na região do Pontal do Paranapanema. Na reserva, a Apoena levou ramal de energia elétrica, perfurou poço semi-artesiano, construiu casa, implantou viveiro de produção de mudas e principalmente viabilizou dezenas de parcerias com instituições da sociedade civil, órgãos governamentais e empresas da iniciativa privada que possibilitou que, dez anos depois, fossem recuperados 400 hectares de áreas degradadas, com o plantio de 800.000 mudas de espécies arbóreas da Mata Atlântica que, num passado não muito distante, era a floresta que recobria toda a região.

Com a mãozinha da Apoena e instituições parceiras, a reserva dá mostras de surpreendente capacidade de regeneração e retorno de fauna que trouxe de volta mamíferos, répteis, aves, anfíbios, crustáceos, peixes e insetos, antes desaparecidos pelas atividades econômicas predatórias do processo de ocupação. Onde só era pasto, hoje florescem jatobás, ingás, paineiras, cedros, embaúbas e guaritás. Quando só existiam lebres-australiana, preás, teiús, sabiás e anús, hoje dão o ar da graça capivaras, tamanduás, cervos, bugios e, já há quem diga, jaguatiricas e onças-pardas.
Já sobre a avifauna, foram registrados, até outubro de 2008, 182 espécies de aves, num raio aproximado de 100 km ao redor da sede da Apoena, entre as quais, destacam-se irerês, biguás, garças, maguaris, anhumas, tuiuiús seriemas, araras e tucanos. De acordo com Peter Mix, responsável pelo levantamento das espécies,  o reflorestamento tem trazido de volta aves como o tucanuçu e proporcionado comprovadamente o aumento da população de anhuma e arara-canindé.

 O mato que virou mata 

Com dez milhões de metros quadrados, a reserva florestal do Córrego do Veado está localizada no município de Presidente Epitácio (Lat. 21°, 42’; Long. 52°,01’), na fóz do córrego de mesmo nome, foz do reservatório da usina hidrelétrica de Porto Primavera, pertencente a bacia hidrográfica do rio do Peixe. Além de Mata Atlântica, apresenta vegetação de várzeas e Cerrado, transição que evidencia espécies como  jatobá, canelinha, quixabeira e mandacarú.
Entre as espécies implantadas pelos projetos de reflorestamento, destacam-se espécies nobres e em extinção plantadas como aroeira, peroba, guaritá, jequitibá, cedro, óleo-de-cobaíba e paineira. A reserva possui localização estratégica por estar situada em área contígua a  reflorestamentos da Cesp e a um sítio arqueológico dos índios Caiuá, datado de mais de 2 mil anos, que serviu de inspiração para que a ambientalistas,  pesquisadores e sociedade implantassem no município o Centro de Educação Ambiental e Memorial dos Índios Tupi-Guarani, nas margens do grande lago de Porto Primavera.

 Condomínio de reservas, uma idéia que deu certo

Os assentamentos Lagoinha, Engenho, Porto Velho e Luiz de Moraes Neto é possivelmente de um dos poucos registros de condomínio de reserva legal, em São Paulo, mecanismo previsto na legislação ambiental que tem por finalidade aglutinar em uma única área reservas legais – ou parte delas – situadas em um mesmo bioma. Isso foi possível graças a uma ampla negociação envolvendo o Incra, Ouvidor Agrário Nacional, órgãos ambientais (DEPRN e Ibama), ONG Apoena, Prefeitura e outras instituições. Os principais motivos da escolha foram a) indefinição jurídica devido à sobreposição do imóvel do Incra com remanescente da Reserva Florestal da Lagoa São Paulo, pertencente ao Estado; b) área com topografia acidentada e relevo íngreme inadequado para assentamento humano; c) ocorrência de vegetação abaixo dos 20% exigidos por lei nos demais assentamentos; e d) relevância dos atributos naturais do imóvel pela proximidade com o rio Paraná, atual lago da usina hidrelétrica Engº Sérgio Motta. Assim, ficou definido que a totalidade da RL correspondente ao assentamento Engenho e parte da RL dos assentamentos Lagoinha e Porto Velho seria localizado na gleba 1 do imóvel Lagoinha, atualmente Reserva Florestal do Córrego do Veado. Mais tarde, o imóvel receberia a incorporação de 197,11 hectares dos 342,61 hectares correspondentes ao projeto de assentamento São Francisco, atualmente Luiz de Moraes Neto.
O contrato de cessão de uso, assinado com o Incra, foi fundamental para que a Apoena e instituições parceiras pudessem administrar o imóvel e pactuar ações  que resultaram,  desde então, no desenvolvimento de projetos, programas e pesquisas e ainda a consolidação da reserva em área protegida contra as inúmeras tentativas de invasão e destruição da unidade nesses últimos dez anos com a nossa presença.

 

Exemplo de reflorestamento. 1o.

Área reflorestada atrai 208 tipos de ave. – Além das espécies, projeto que reconstrói Mata Atlântica aumenta a oferta de água na região de Itu. [Reportagem de Giovanni Giraradi no OESP, 05.06.2016 pág. A24] pojeto experimental reconstitui mata Atlântica em terreno antes ocupado por cafezal e pasto; recuperação ocorre desde 2007.

Executor: Centro de Experimentos da SOS Mata Atlântica. Extensão:524 hectares (= 5,24 km2) Para comparação: Da Floresta Amazônica se desmatam mais de 5.000 km2 por ano.


Outros dados:
1. Foram plantadas 720 mil mudas de 130 espécies diferentes. 2. O custo ficou entre 17,5 R$ mil e R$ 22 mil por hectare. 3. 19 nascentes voltaram a verter água. O volume superficial de água aumentou 5% e o subterrâneo 20%. 4. Apesar dos resultados já observáveis ainda se trata de uma florestinha em desenvolvimento. Não há referência à volta de mamíferos, mesmo porque deve se tratar de uma área isolada de outras florestas. A recomposição de uma fauna, inclusive de insetos é demorada.

Observações e conclusões:  

a. Urge que tais experiências sejam multiplicadas Brasil a fora. É o que requer a recomposição das bacias hidrográficas, lembrando só o rio São Francisco. A necessidade é urgente também no Cerrado e outros biomas.

b. Para tanto é necessário que se instale no Brasil uma “cultura do amor à natureza“, como a que existe em alguns outros países.

c. Os Poderes Públicos devem fomentar o trabalho nos reflorestamentos os consorciando com pequenos assentamentos, estimulando a produção de mudas associada à pequena agricultura de qualidade (Assentamentos de Reflorestamento ainda não são cogitados na política).

d. A par da ação pública a Cidadania haverá de se empenhar. O crowd funding é uma possibilidade, que poderia ser incentivada por reduções fiscais, em analogia à Lei Rouanet.

e. Os próprios agricultores precisam aderir em massa à possibilidade de aumentar a produtividade mediante um melhor combinação de floresta, lavoura e pecuária ainda a ser desenvolvida. [Há pioneiros como a Fazenda São Francisco em Sertãozinho / SP]

Sumiço de Onça.

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Sumiço de onça pintada expõe risco da Mata Atlântica. – Pesquisador seguiu espécime via satélite por 4 meses, até que sinal desapareceu.

É o título de matéria no OESP de 29. 12. 2015, pág. A15 em Reportagem especial “Fauna invisível”. O texto pode ser visto pelo Google e por diversos sites
Trata-se de um assunto muito importante que mereceria maior atenção e repercussão. “Ainda não se sabe o que aconteceu, mas a suspeita é que ela tenha sido morta por palmiteiros”. A caça e a extração ilegal de palmito são problemas crônicos na Mata Atlântica, até nas unidades de conservação do Estado. Nem pela ONG SOS Mata Atlântica o assunto foi / é articulado.
É ainda fraca a consciência pelo problema e o risco ambiental. A mídia e as ONGs haveriam de atuar de forma muito mais consistente e enérgica. A sociedade haverá de exigir do Estado um maior zelo pelo patrimônio público, que é a floresta com o seu conteúdo de espécies vegetais e animais. Precisa haver uma guarda florestal eficiente. E um cultivo da floresta. Diz a bióloga Beatriz Beisiegel, na mesma página do jornal que “a floresta está sendo corroída por dentro”.

Problemas da Conservação da Biodiversidade

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Problemas da Conservação da Biodiversidade.

Continuamente são publicadas extensas listas de espécies animais que se encontram em risco de extinção, por dois motivos principais: A caça e pesca e a perda de seus habitats. Exemplos são as baleias, os tigres, os rinocerontes, os orangotangos e gorilas, as ararinhas azuis, os lobos-guará etc. para citar apenas alguns dos mais populares.

Menos visível, no entanto não menos grave quanto às conseqüências, é o risco de extinção de insetos e micro-organismos, cuja contribuição para o equilíbrio da natureza – das biotas – ainda não é conhecida. Observa-se a redução da população de abelhas, importantes para a polinização e, portanto para a reprodução das espécies vegetais, sem contar as produções das fruticulturas. A aplicação de defensivos para o combate de pragas na agricultura atinge também os seres úteis. A prática da cultura orgânica e do combate a pragas por inimigos naturais é um recurso para reverter esta deterioração.

A interferência do homem nas cadeias alimentares dos animais tem conseqüências inesperadas. Um exemplo, divulgado faz pouco tempo, é a extinção dos lobos numa reserva natural nos Estados Unidos. Devido à falta de predadores, os cervos proliferaram a ponto de prejudicar a vegetação. Após a sua reintrodução não só a vegetação retornou ao equilíbrio original, como voltaram a viver em equilíbrio outras espécies animais como castores, lebres, coiotes, aves de rapina.

A ictiofauna é prejudicada pelas barragens, por assoreamentos, pela poluição, pela sobrepesca e por supressão das florestas ciliares. O vilarejo de São Paulo, hoje uma megalópole, foi fundado na confluência dos rios Tietê e Tamanduateí, entre outros motivos pela piscosidade. Agora estes rios estão praticamente mortos em largos trechos de seus cursos.

A destruição das florestas afeta a sobrevivência de todas as espécies animais e vegetais que habitam o bioma. Isto significa que as conseqüências alcançam muito além das influências sobre o clima ( < Problemas da Conservação dos Biomas).