Categoria: Florestas-Desflorestamentos

Sobre Desflorestamento Zero e Código Florestal permissivo.

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Sobre Política de Desflorestamento Zero responsável e Código Florestal permissivo.

Da Situação Atual.                                                                                                           Atualmente:                                                                                                                                         1.  O desflorestamento anual da Floresta Amazônica publicado e reconhecido pelo Governo é de 5.000 km2, que correspondem à área de um quadrado com 70 km de lado. Não estão considerados neste valor o impacto da extração de madeira, predominantemente ilegal, nem os “pequenos desflorestamentos” cometidos por assentados.                                           2.  O bioma Cerrado está 50% extinto e continua sendo devastado, sem que a ocorrência se torne pública.                                                                                                                                     3.  Apenas 7% da Floresta Atlântica continuam de pé.                                                                 4.  A destruição da Caatinga e a redução de chuvas favorecidas por desmatamentos produzem o risco de desertificação.                                                                                                 5.  Acusa-se o risco de savanização na Amazônia.                                                                         6.  A redução das chuvas reduz a vazão em bacias hidrográficas do rio São Francisco, de tributários da bacia amazônica, do rio Paraíba do Sul, do rio Doce e de outras mais.

Atuação do Governo.

–  Apesar da absurda extensão, o desflorestamento da Floresta Amazônica é qualificado pelo governo de “pequena” por já ter sido muito maior ainda.  Trata-se de um sofisma desfaçado.  As emissões de gases causadores do efeito estufa – GEE – resultantes de desflorestamentos – mudanças de uso da terra – são um terço das emissões do Brasil em 2011/12, ocupando o país ainda uma posição de grande poluidor da atmosfera.

–  Sustentada pelo Código Florestal, o governo distingue entre “desflorestamentos legal” e “desflorestamento ilegal”.  Segundo esta diferenciação, entre 1.500 km2 e 2.000 km2 seriam desflorestamentos permitidos aos proprietários de terras.  Em tese estes “desflorestamentos legais” terminariam, caso não ocorressem privatizações adicionais de áreas florestadas.

–  Entretanto o governo pretende incluir nas INDC – Intended Nationally Determined Contributions – para a COP 21 apenas a terminação dos “desflorestamentos ilegais” até 2030.  Isto significa que                                                                                                                     —  até 2030 imensas extensões da Floresta Amazônica simplesmente desapareceriam e que                                                                                                                                                         —  mesmo depois de 2030 os desflorestamentos poderiam continuar ao ritmo de áreas equivalentes a de quadrados de 40 km de lado.

Esta atuação do governo só pode ser julgada e absurdamente irresponsável.

Falta de percepção pela Sociedade.

O cidadão urbanizado não se dá conta do desmatamento.  Historicamente a ocupação de terras foi percebida como progresso.  A biodiversidade e sua extinção são categorias abstratas.  Os biomas estão longe do alcance de seus sentidos.  O cidadão não percebe que propriedade da Nação está sendo privatizada sorrateiramente, ou seja, roubada, porque a ocorrência não atinge as suas condições de vida.  Apenas com a emergência da estiagem que põe em risco o abastecimento d’água emerge uma maior atenção às causas.

Fatos.

Todavia:  (O crime de)  A apropriação indevida, o roubo, não deixa de ser ato criminoso quando a vítima não percebe.  E isto vale mesmo quando é perpetrado com apoio de uma forte bancada ruralista no Congresso.

Esta mesma bancada é autora do Código Florestal que preserva aos interessados representados – os agricultores e os pecuaristas – a possibilidade de se apoderar de mais espaços de floresta e de destruí-la.

Todavia:  A Ministra do Meio Ambiente reconhece em entrevista que para a causa da redução das emissões causadoras das Mudanças Climáticas, que ameaçam a humanidade inclusive a população do Brasil, não faz nenhuma diferença se o desmatamento é ‘apelidado’ de “legal” ou “ilegal”:  Trata-se apenas de um sofisma ardiloso.   Por que  a exigência aprovações de EIA/RIMA não se aplicaria à atividade agro-pastoril?

Sobretudo:  Os desflorestamentos não trazem nenhuma contribuição para o resgate da pobreza das populações da Floresta e da Caatinga.

A falta de percepção não isenta o cidadão da culpabilidade por omissão de protestos e reivindicações ao comportamento do Poder Público.

Conseqüências e conclusões.  

A reivindicação de uma Política de Desflorestamento Zero não é de forma alguma ingênua, mesmo que requeira uma modificação de um Código Florestal enganoso.  Trata-se da ação de menor custo para o desempenho da Responsabilidade da sociedade brasileira pelas condições de vida futuras da humanidade.  E determinaria o fim de práticas criminosas tradicionais.  A execução requer apenas “vontade política”.

A extensão das áreas degradadas e a urgência de medidas de restauração de vazões fluviais estabelecem a obrigatoriedade de extensas ações de reflorestamento na Floresta Amazônica, na Floresta Atlântica e no Cerrado.  Tais projetos ofereceriam um grande número de ocupações remuneradas para os contingentes de base da pirâmide social.  Promoveriam um Desenvolvimento Social Sustentável.  Também ofereceriam novas atividades na condução desses projetos tanto em órgãos públicos como em ONGs e na iniciativa privada.  Isto significa que impulsionariam o crescimento do mercado interno e do PIB.

Isto significa que a Cidadania – o coletivo de “Cidadãos por Responsabilidade” – engajada no Desenvolvimento Sustentável do Brasil não pode deixar de reivindicar as metas possíveis nos INDC para a COP 21, que se realizará em dezembro de 2015, nem vacilar de insistir no desempenho das respectivas ações.

Projeto para o Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais. Situação Atual em 2015

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SituaçãoAtual em 2015.

O Estado de Minas Gerais é o segundo mais populoso do Brasil, com 20,73 milhões de habitantes em 2014, 84% urbanizados.  O Índice de Desenvolvimento Humano médio em 2010 foi 0,731, considerado “alto” e situado no nível do valor para o Brasil.  Os municípios de Nova Lima e Belo Horizonte alcançaram índices de 0,83 e 0,81, respectivamente, classificados “altos”. Mas, assim como em São Paulo, existem bairros pobres com índices baixos.  Belo Horizonte conta com 2.5 milhões de habitantes, aos quais se adicionam os dos municípios como Contagem, Noval Lima e Betim para compor uma grande Belo Horizonte.

Há no Estado 853 municípios e 31 cidades com mais de 100.000 habitantes.  88 municípios se situam em região com clima semi-árido na região norte do estado, ameaçada de desertificação.

O estado abriga 4 Regiões Hidrográficas:  São Francisco, Atlântico Leste – rios São Mateu, Doce, Itaúnas e Itabapoana – Atlântico Leste e Paraná – rios Grande e Paranaíba.  São ao todo 16 bacias hidrográficas.  Por sua importância para os regimes fluviais para além de suas fronteiras tem o cognome de “Caixa d’água do Brasil.  Resulta daí para o Estado uma Responsabilidade particular pelo abastecimento d’água, pela geração de energia e pelo clima na região, que ainda precisa ser melhor percebida.

Os biomas presentes no Estado são o Cerrado com a maior área, a Floresta Amazônica muito destruída, Campos e Caatinga.  Com as devidas restrições pode-se afirmar que Minas Gerais apresenta em dimensão reduzida os problemas de Desenvolvimento Sustentável de todo o Brasil.

Todavia Minas Gerais dispõe de uma economia sólida e bastante diferençada.  A mineração cobre um quarto da produção do Estado [ferro, manganês, ouro, níquel, nióbio, zinco, quartzo, enxofre, fosfato, bauxita, calcário]  Das atividades de transformação um terço são siderúrgicas – maior fabricante de aço da América Latina -, um terço automobilísticas e um terço de produtos de alimentação.  Minas exporta energia elétrica e cimento para outros estados.  Os potenciais de energia eólica e solar superam a capacidade de geração instalada nas usinas hidrelétricas.  Os principais produtos agropecuários são café, milho, soja, feijão, leite e lacticínios e frutas, além de carne bovina e frango.  Ainda se consome lenha de desflorestamentos.  Minas Gerais conta com uma estrutura de serviços de  comércio educação e  saúde e gestão pública.  Em particular o potencial de turismo pode ser ainda melhor explorado.

Da cena assim composta se depreende, que o principal problema do Desenvolvimento Sustentável do estado está no resgate dos contingentes ainda pobres, na finalização dos desmatamentos e no reflorestamento urgente.  Há de se supor que com a estrutura de gestão pública e os potencias humanos disponíveis a organização de um Projeto de Desenvolvimento Sustentável e sua execução continuada depende apenas de uma mobilização.  Como se constatará ao detalhar a configuração de um Projeto de Desenvolvimento de Minas Gerais, o estado pode executar as ações com recursos próprios.

A cena atual deve ser documentada com mais detalhes para cada subdivisão regional, a fim de possibilitar o monitoramento dos progressos.  Com subdivisões se oferecem as bacias hidrográficas, para as quais, em tese, já existem Comitês de Bacia.

COP 21 > Humanidade x Interesses no curto prazo. Parte II

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COP 21  >  A Humanidade confronta Interesses Nacionais & Privados.                                                       Parte I:  Na COP 21 em 2015

Evolução da cena e de posicionamentos esperados em 2015 na – COP 21.

Desde 2012 ocorreram algumas mudanças nas percepções.  Agora os investimentos na geração de energia elétrica com fontes renováveis superam os investimentos com fontes fósseis.  Os custos competem com a energia termelétrica e hidrelétrica.  Mesmo a geração fotovoltaica progride em instalações com centenas de MW, como na geração descentralizada pelos usuários domésticos e industriais.  A tecnologia de acionamentos híbridos e elétricos para automóveis aproximou-se da expansão nos mercados.  As tecnologias estão acessíveis em todos os países.  E o exemplo pioneiro da Alemanha comprovou que a mudança da matriz energética não compromete a competitividade da economia.

A meta adotada de limitação do aquecimento global a 2oC implica numa concentração máxima de GEE na atmosfera.  A discussão passou a girar em torno da parcela que caberia a cada participante num volume de emissões “ainda admissíveis”.  Neste volume todas as causas estão integradas, inclusive as emissões causadas por desflorestamentos, ou “mudanças de uso de terras”.

Como as ações serão sempre soberanas, estabeleceu-se que até início de outubro os países apresentarão metas voluntárias de redução de emissões – Intended National Determined Contributions (INDC) -.  Desta forma ocorrerão pressões para que na soma as contribuições caibam no volume de emissões máximas consideradas.

Assim sendo, os participantes não poderão mais se eximir de compromissos com metas e prazos.  Todavia isto não significa uma prontidão a desempenharem a Responsabilidade pelas condições de vida da humanidade com as melhores contribuições, que estiverem ao alcance.  Muitos países – entre eles o Brasil, Estados unidos e China – ainda não apresentaram o INDC e os conhecidos estão sendo julgados insatisfatórios.

As expectativas por ajudas financeiras nunca foram realistas e na atual situação de crise econômica o serão ainda menos.

 

Contribuição – INDC – possível e desejável do Brasil.

Considera-se inquestionável que os desflorestamentos de todos os biomas – amazônico, atlântico, cerrado, caatinga, mangues, campos – haverão de ser terminados no espaço de tempo mais curto possível.  O prazo de três anos é considerado factível, desde que haja engajamento dos Poderes Públicos.  Isto vale particularmente para a Floresta Amazônica e o Cerrado.  Acontece que a percepção da importância das florestas para a manutenção dos regimes de chuvas e a estabilidade dos fluxos nas bacias fluviais aumentou com a experiência recente de riscos de abastecimento d’água em São Paulo.  Por outro lado, projetos de recuperação de áreas degradadas, inclusive de regiões de fontes na bacia do rio São Francisco, ofereceriam numerosas oportunidades de trabalho remunerado na para contingentes pobres contribuindo para o desenvolvimento social.

É difícil prever as atitudes do atual governo diante da pressão destas realidades.  O atual discurso se vangloria de reduções de desflorestamentos até agora alcançados, embora a floresta amazônica ainda diminua no ritmo de 5.000 km2 por ano, área correspondente a um quadrado com 70 km de lado.  Propala-se a intenção de eliminar o “desflorestamento ilegal” até 2030, intenção considerada imoral pelas ONGs.  Infelizmente as ONGs também não assumiram uma posição convincente na proposta do Observatório do Clima.  Todas estas reticências são causadas por interesses particulares de ruralistas e madeireiros.

Evidentemente as emissões no Brasil se reduzirão por conta do aumento da eficiência na indústria, na iluminação e nos eletrodomésticos, na expansão da geração eólica, solar e na cogeração com bagaço e outros biocombustíveis, na retomada do etanol e na introdução de acionamentos elétricos para veículos.

Considerando conjuntamente todos os efeitos de ações programadas e difusas é possível admitir emissões no nível de 1.000 GtCO2eqiv em 2020 e de 500 GtCO2eqiv entre 2025 e 2030.  A rapidez das reduções também contribui para a limitação da concentração de GEE na atmosfera.

 

Importância da Cidadania.

Uma multidão acorrerá a Paris nas duas semanas da COP 21.  Pode-se contar com cinqüenta mil participantes na Conferência e em eventos paralelos, alguns bastante ruidosos.  Mas é pouco provável que o público influirá nos procedimentos oficiais, que serão blindados.

Preocupa que, malgrado as circunstâncias estabelecidas, critérios de interesses percebidos no curto prazo continuem a se sobrepor aos de Responsabilidade.  Diplomatas sempre negociaram tendo em vista interesses.  Uma ruptura cultural teria de ocorrer para mudarem o foco para a Responsabilidade pelas condições de vida da humanidade, que cada participante desempenha voluntária e incondicionalmente.  Terá amadurecida a percepção de que foi superada a hipótese de haver uma contradição entre as necessidades atuais e as necessidades futuras?

Caberia à Cidadania, ao coletivo dos Cidadãos por Responsabilidade de cada país, articular esta percepção.  A Cidadania brasileira haveria de se mobilizar, enérgica e enfaticamente, pela meta do Desflorestamento Zero Já e Reflorestamentos Intensivos Imediatos antes e durante a COP 21.

Projeto para o Desenvolvimento Sustentável na Floresta Amazônica

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Projeto para o Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica.

Considerações introdutórias.

–  É forçoso que não seja possível ponderar sobre um Desenvolvimento Sustentável do Brasil sem considerar a Região Amazônica, aqui equivalente à parte do país originalmente coberta pela Floresta Amazônica ou a “Amazônia Legal”.  Abrange cerca de 54% do território nacional.  Da mesma forma faz sentido considerar o desenvolvimento desejado para áreas – originalmente – cobertas por outros biomas, como o Cerrado e a Mata Atlântica.  É evidente que haverá superposições quando se aborda o Desenvolvimento Sustentável para Estados, como consta em textos para o Pará e São Paulo.  Isto não invalida nenhuma observação.

–  Para os cidadãos moradores nas regiões mais prósperas do Brasil é difícil formar uma visão objetiva e realista das possibilidades de desenvolvimento deste extenso território, que está aquém das experiências cotidianas.  Por isso estas considerações se apóiam em textos de estudiosos especializados reunidos na publicação “Amazônia e desenvolvimento sustentável” da Fundação Konrad Adenauer, Ano X, 4, 2009 e em publicações da mídia, como o caderno especial de Valor “Amazônia Legal” de 09.10. 2014.

 

Realidades básicas.

1.  A “riqueza da Amazônia” é um mito enraizado na cultura nacional. O Eldorado das riquezas minerais jamais será encontrado.  Existem os minérios de ferro – Carajás – de alumínio e de estanho, que já são explorados mas pouquíssima riqueza trazem para a região.  Existe uma extraordinária bio-diversidade.  O seu real valor econômico ainda é duvidoso.

2.  A exploração extrativista, seja de minerais, como ouro e estanho, como vegetal, a exemplo da borracha, do açaí e de madeira, e animal na pesca e na caça, não sustentam uma superação da pobreza. A agricultura na região é difícil, o que pode ser uma explicação do fato de nenhuma civilização, como a asteca e a inca, ter se desenvolvido na Floresta Amazônica.

3.  Trata-se de uma das regiões com menor índice de desenvolvimento humano – IDH – do país, no nível de 0,65 nos municípios. A população original silvícola é e foi muito dispersa.  Mesmo hoje a região tem uma população de cerca 25 milhões de habitantes, dos quais a metade pode ser qualificada como muito pobre.  Veja “Projeto para o Desenvolvimento Sustentável do Pará”.

4.  A destruição da floresta foi promovida pelo Governo por motivos equivocados de “ocupação”, com a experiência malograda da construção da rodovia Transamazônica, com assentamentos na floresta, com a concessão de extração supostamente ‘sustentável’ de madeira e, atualmente, pela construção de usinas hidrelétricas economicamente insustentáveis e as linhas de transmissão de energia de extra-alta tensão e de grandes extensões, como são Belo Monte, Tapajós e outras.

5.  Apenas em data mais recente emergiu a compreensão de que a Floresta Amazônica tem um papel singular e básico para a manutenção das condições climáticas em grande parte do território nacional, até à região sudeste e sul, e mesmo na América do Sul, onde regula a pluviosidade. Esta influência é decisiva para a produtividade agrária e o abastecimento de água nas cidades.  20% da cobertura vegetal original já foi destruída e o desflorestamento ainda progride a taxas de maiores que 5.000 km2 por ano, o que corresponde à área de um quadrado com 70 km de lado.  Isto ocorre sem uma percepção da sociedade, apesar de ser noticiado.  Por absurdo, que seja, o governo até aplaude este dado.  Quem são os beneficiados, visto que o desflorestamento não tem contribuído para a mitigação da pobreza na região?  Resposta:  Grileiros, criadores de gado, cultivadores de soja e madeireiros.

7.  Hoje existem de 60 milhões a 100 milhões de hectares de pastagens degradadas, abandonadas ou subutilizadas.

 

Conseqüências para o Desenvolvimento Sustentável.

I –  É imperioso que se estabeleça imediatamente uma ação de Desflorestamento Zero e de terminação da extração de madeira.

II –  Numerosos contingentes da população “da floresta” devem ser engajadas em extensos projetos de reflorestamento, tanto de recomposição, como industriais.  Estes produziriam matéria prima para indústrias de celulose e papel, para indústrias madeireiras e para carvão vegetal para indústrias siderúrgicas.  Os trabalhadores teriam uma remuneração adequada ao resgate da pobreza.  E, adicionalmente, poderiam ter culturas e criações domésticas.  É imaginável que uma dezena de milhão de habitantes poderá ser engajada.  As florestas se tornarão economicamente em 10 anos – ou 15 / 20 anos quando orientadas para madeira de lei.

III –  Não se executarão outros projetos de usinas hidrelétricas, pois se tornaram desnecessárias em virtude do avanço da geração eólica e da geração solar.  As comunidades urbanas de menor porte na Amazônia serão abastecidas principalmente por energia solar fotovoltaica, dispensando linhas de transmissão.

IV –  Deve ser experimentada uma “silvicultura tropical” com adensamento de espécies como castanha, açaí, guaraná, cupuaçu, espécies medicinais e farmacêuticas, cacau, babaçu, seringueiras, palma / dendê etc. com remunerações adequadas a proporcionar condições de conforto, saúde e educação desejáveis aos cidadãos ali empregados.

V –  A criação sistemática de peixes, segundo o modelo da criação de aves, nem foi ainda cogitada.  Resultaria num aproveitamento “industrial” das águas.  Eventualmente, poderia reduzir a pressão sobre as espécies marinhas.

VI –  Há de se reconhecer que o assentamento na floresta é uma experiência fracassada, que contribui para o desflorestamento, sem produzir desenvolvimento humano.

VII –  Uma grande parte da solução para um Desenvolvimento Sustentável Social e Econômico da região da Floresta Amazônica está fora da floresta.  Isto significa uma urbanização.  Nas cidades a população é mais facilmente atendida na saúde e na educação, no abastecimento com eletricidade e nas condições sanitárias.

 

Conclusões:

O Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica não deve ser conduzido sob a expectativa de geração de grandes riquezas e menos ainda de “redenção do subdesenvolvimento” da Nação.

O foco do Desenvolvimento Sustentável deverá ser a redenção da pobreza, inclusive dos habitantes de favelas e palafitas nos espaços urbanizados.  A finalização do extrativismo de madeira, quase todo clandestino, e dos desflorestamentos é prioridade imperiosa.  Projetos de reflorestamento oferecem oportunidades de ocupação imediata de contingentes consideráveis na base da pirâmide social.

Oportunidades de desenvolvimento explorando a biodiversidade podem ser desenvolvidas, respeitando limites naturais para o manejo controlado da mata.

A proteção da floresta com proibição da caça, o controle da pesca inclusive da pesca esportiva, a repressão ao contrabando de espécies animais e vegetais, a terminação da extração de madeira e a operação do turismo pode ocupar alguns milhares de pessoas, inclusive indígenas.   O exército poderá ser envolvido nesta tarefa.

A conservação e a recomposição da Floresta Amazônica é uma Responsabilidade pelas condições de vida futuras no Brasil e no Mundo em geral.   Tem influência decisiva sobre as Mudanças Climáticas.

O Desenvolvimento Sustentável da região da Floresta Amazônica, além do aspecto da mitigação das Mudanças Climáticas é uma tarefa de Desenvolvimento Social Sustentável.

Considerações sobre a COP 21 – segunda de quatro.

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Considerações sobre a COP 21  – II

Evolução das percepções – e dos recursos – desde a Conferência Rio 92.

–  Na Conferência Rio 92 foram produzidos documentos importantes para o tratamento do Desenvolvimento Sustentável.  Consolidou-se a percepção das três dimensões a sustentabilidade:  Ambiental, Social e Econômica.  Mas estabeleceu-se também o conceito de “responsabilidades compartilhadas, porém diferenciadas” que contribuiu para o retardamento do progresso do desenvolvimento, particularmente quanto à redução das emissões de GEE.

De uma maneira geral as três dimensões da Sustentabilidade vêem sendo abordadas em separado.  Na dimensão social o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – criou o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH – e propagou, a partir de 2000, as Metas do Milênio.  Uma das metas foi a extinção da fome até 2015.  Houve progressos parciais, sobretudo na saúde.  Agora as Metas do Milênio serão atualizadas nas “Sustainable Development Goal” – Metas do Desenvolvimento Sustentável.  De forma integrada as dimensões ambiental, social e econômica foram abordadas da Conferência Rio 92+20 em 2012, no conceito Economia Verde.

–  Em 1995 foi assinado o Protocolo de Kyoto, homologado em 2017.  Estabeleceu metas de redução de emissões de GEE para os países do “Anexo 100”, que são os países desenvolvidos.  Os Estados Unidos e a China, os maiores poluidores, não aderiram.  Apenas a Inglaterra e a Alemanha alcançaram as metas.  A Inglaterra principalmente por substituir o carvão mineral pelo gás natural na geração de energia.  A Alemanha ao criar um projeto de mudança da matriz energética promovendo investimentos em geração eólica, solar e com biomassas, além de estabelecer a terminação gradual da geração nuclear.  O protocolo de Kyoto deverá ser sucedido por um acordo mais amplo, como está exposto acima em “Objetivos da Conferência”.

–  No quarto relatório do IPCC – Intergovernamental Panel on Climate Change – de 2004 foram definitivamente dissipadas dúvidas sobre a influência das ações humanas – antrópicas – no aquecimento global, nas mudanças do clima.

–  A meta de limitação do aquecimento global a 2o C já vem sendo discutida desde os anos 1990, mas só agora foi adotada como parâmetro para as tratativas.  Ela infere que a concentração de CO2 na atmosfera não pode ultrapassar 450 ppm.  Haveria então um volume de emissões ainda “toleráveis” a ser dividido entre todas as sociedades – países.  Um fator agravante a ser levado em conta é a permanência do CO2 na atmosfera por um período longo de 100 anos.

–  Todos os participantes devem apresentar até 1o de outubro as suas propostas INDC – Intended National Determined Contributions – de ações para redução das emissões de CO2.

–  A realização da meta está condicionada tanto à intensidade das ações, como à velocidade da execução.  A finalização de desmatamentos e a execução de reflorestamentos são mais fáceis e mais rápidas de serem executadas e ainda teriam efeitos econômicos e sociais positivos.

–  Desde 1992 houve um considerável progresso no desenvolvimento tecnológico em particular na geração de energia com fontes renováveis solar e eólica, resultando numa grande redução de seus custos.  Hoje os investimentos em geração com fontes renováveis já superam os investimentos em geração com fontes fósseis.  Na área dos transportes os acionamentos elétricos e híbridos se disseminarão até 2020.

–  A percepção dos problemas ambientais pelas sociedades tem aumentado consideravelmente.  Recentemente o Papa Francisco publicou a encíclica ‘Laudato Si’, dedicada ao empenho pelas condições futuras de vida.  Este posicionamento fortalece as posições de pressão das Sociedades Civis Organizadas – ONGs – e das Cidadanias.

 

Recursos para a redução das emissões de GEE – estabelecimento de uma “economia de baixo carbono”.

Podem-se distinguir duas componentes no Desenvolvimento Sustentável:  Um desenvolvimento difuso e um desenvolvimento projetado.  No contexto das reduções das emissões de GEE para estabilizar o clima o desenvolvimento difuso resulta do desenvolvimento tecnológico quando as lâmpadas incandescentes são substituídas por lâmpadas mais econômicas no consumo de energia e mais duradouras e quando as indústrias racionalizam o consumo de energia, água e matérias primas, além de reduzir os resíduos.  O aumento da eficiência energética de um país – PIB/kWh – pode ser entendido como desenvolvimento difuso, ainda que o Estado estimule tais procedimentos através de normatizações, subsídios ou penalizações.  A emergência dos acionamentos elétricos, híbridos e dos biocombustíveis também está neste contexto.  Os cidadãos decidem suas ações segundo as vantagens econômicas.

Por outro lado só os Estados têm autoridade e poder para impor aos agentes do mercado uma mudança da matriz energética, a finalização de desflorestamentos e projetos de reflorestamento intensivos.  Cabe então o conceito de Desenvolvimento Ambiental Projetado.

São próprias de cada país as possibilidades para reduzir suas emissões e operar uma economia de baixo carbono.  Em princípio as ações alcançam:

Abordagem                                  Exemplos de intervenções

–  A geração de energia elétrica:…….por substituição de fontes fósseis por fontes renováveis                                                          [mudança da Matriz Energética]

–  A produção industrial            :…….racionalização dos processos, reciclagem, reutilização

–  O consumo doméstico e nos serviços:  eletrodomésticos e aparelhos mais eficientes,                                                                    isolamento térmico, arquitetura “verde”,                                                                                        comportamentos adequados como para redução de                                                                        desperdícios.

–  As emissões agrárias e pastoris:  adaptação de procedimentos como o plantio direto,                                                                 dosagem de adubação, dos herbicidas e dos defensivos,                                                                 cultivo das espécies, aumento da produtividade do solo.

–  Transportes                           :…….biocombustíveis, acionamentos elétricos, transportes                                                               públicos.

–  Florestas                                 :……terminação de desflorestamentos e reflorestamentos.

–  Resíduos                                 :…….redução e manejo adequado.

 

Comentários sobre as abordagens da redução de emissões.

Antes de considerar as INDCs que se podem e se deveriam esperar dos diversos países, cabe observar que as abordagens de redução de emissões de GEE têm qualidades diferentes.  Assim:

–  As reduções de demanda por eletricidade e água, assim como o encaminhamento de resíduos para a reciclagem e cuidados contra desperdício no domínio dos consumidores e dos serviços são efeitos de desenvolvimentos difusos.

–  As reduções de emissões na produção industrial, embora possam ser incentivadas por normas, resultam do desenvolvimento tecnológico e da concorrência nos mercados.  São também desenvolvimentos difusos.

–  Na produção agrária e pastoril a situação é análoga.  Soma-se o ainda enorme desperdício – perdas – durante o trajeto da colheita ao consumo.

–  No setor dos transportes somam-se obras de estrutura pública, como o de transportes sobre trilhos, regulações sobre combustíveis e emissões, com evoluções tecnológicas e comportamentos.

–  Quanto às emissões causadas por resíduos somam-se aspectos de redução dos volumes pelos causadores e os tratamentos e depósitos sob cuidados de órgãos públicos.  Esta parcela de emissões é pequena diante das demais.

–  A configuração da matriz energética é nitidamente responsabilidade do Estado.  Trata-se de um desenvolvimento projetado.  Só o estado tem autoridade de poder para orientar os investimentos.  Em princípio a iniciativa privada não está interessada em alterar a estrutura do seu negócio.  Os investimentos em substituição de tecnologias reduzem os lucros no prazo imediato.  A migração para as energias limpas tende reduzir e até a extinguir as atividades e os mercados ‘tradicionais’ com as fontes fósseis – carvão, petróleo e gás natural -.  A redução de consumo de combustíveis fósseis causará o desenvolvimento difuso da diminuição de seus transportes.

–  Em muitos países, entre os quais o Brasil, a importância da influência das florestas sobre o clima – regimes de ventos e de chuvas em muitos países, não é percebida desde  muito tempo.  O progresso foi identificado com “abertura de fazendas” para culturas café, cana de açúcar e alimentos ou formação de pastagens.  A extração de madeira não era contestada.  Na Europa as florestas virgens temperadas foram praticamente extintas.  Estão substituídas por reflorestamentos bastante extensos tanto industriais, como de reservas naturais, que ainda progridem.  A gestão dos biomas foi incorporada às responsabilidades dos Poderes Públicos pelo bem-estar das populações.  Trata-se da destinação de grandes extensões de terra, no Brasil em grande parte pertencentes à União.  E trata-se também da proteção de nascentes, de vegetação ribeirinha, de prevenção de erosão e assoreamentos.  Está envolvido o suprimento de água, a vazão de rios e a conservação da biodiversidade.  A diversidade dos aspectos, as extensões dos territórios alcançadas e suas diferenças além da gravidade das conseqüências das ações ou omissões inadequadas para populações nacionais e globais implicam que os desenvolvimentos da cobertura vegetal precisam ser programados e gestados pelos Estados com projetos regionais ou nacionais.  A terminação de desflorestamentos não causa custos ou retardamentos de desenvolvimento social significativos.  Projetos de reflorestamento são produtivos em prazos maiores de 10 anos e geram oportunidades de trabalho e de integração social na base da pirâmide social.

Esta diferenciação das abordagens da redução das emissões de GEE esclarece porque as tratativas na COP 21 se concentrarão sobre as ações possíveis no Desenvolvimento Projetado geração de energia e conservação de florestas.  Limitações de exigências serão relacionadas a condições de resgate da pobreza.

 

 

COP 21 – Limitação das Mundanças Climáticas pelo Brasil

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COP 21 > Limitação das Mudanças Climáticas

Responsabilidade por Segurança Nacional e Global.

 

Responsabilidade por Segurança Nacional?

No Brasil não é – ainda? – percebida uma relação entre Mudanças Climáticas e Segurança Nacional, seja pelos órgãos públicos, seja pela sociedade organizada, seja pela Cidadania.  Como se não existisse o problema, o assunto praticamente não é articulado na mídia e só está presente indireta e tangencialmente nas redes de comunicação.  É verdade que a ONG Greenpeace promoveu o “Dia da Mobilização Nacional pelo Desmatamento Zero” em 25 de julho de 2015, mas não houve repercussão no noticiário.  Portanto, pouco efeito teve na conscientização mesmo dos profissionais da mídia.  Sobre a motivação consta em

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Dia-da-Mobilizacao-Nacional-pelo-Desmatamento-Zero/:

O desmatamento não traz nenhum benefício para o Brasil. Pelo contrário, diversos estudos científicos vêm provando que, além de promover a perda de sociobiodiversidade, a destruição das florestas tem efeitos extremamente negativos no clima, alterando dinâmicas essenciais, como a formação de chuvas. Mas infelizmente, desmatar ainda é permitido no nosso País. Isso precisa mudar.

 

Da cena atual no Brasil.

O cidadão observador atento acumula notícias como

–  A escassez de chuvas causadora dos baixos níveis dos reservatórios para o suprimento de água da cidade de São Paulo resulta em parte de desmatamentos na Amazônia e em parte do desmatamento no entorno dos próprios reservatórios.

–  O rio Doce já não chega ao mar no Espírito Santo.

–  O oceano invade o rio São Francisco devido à vazão reduzida.

–  O rio Paraíba do Sul também está com a vazão diminuída.

Justificam-se assim as postagens do Greenpeace no Facebook alertando para que “Sem Florestas não há Água”.  E a conclusão do cidadão não poderia ser outra que reflorestamentos intensivos são urgentes.  Esta conclusão se aplica tanto à Floresta Amazônica, quanto à Floresta Atlântica, como ao Cerrado e aos demais biomas.  Em geral falta a visão de conjunto, possivelmente dificultada pela extensão do território nacional e a diversidade de biomas.

O mesmo observador, quer urbano – metropolitano ou interiorano -, quer rural, depara com notícias de que a Floresta Amazônica continua a ser destruída num ritmo que equivale à área de um quadrado de 70 km de lado por ano, sem considerar o extrativismo de madeira, quase todo clandestino.  Trata-se de apropriação particular de patrimônio nacional, quer dizer, de roubo.  Pergunta-se:  Por quem e em benefício de quem?  A resposta é:  Por grileiros e para os pecuaristas ou cultivadores de soja.  Não resulta, portanto, em redução da pobreza na região.  E a presidente da república, por ocasião de uma visita recente aos Estados Unidos discursou, na presença da líder da bancada ruralista no Congresso Nacional, que terminaria com os desflorestamentos ilegais em 2030!  Isto significa que os desflorestamentos poderiam continuar indefinidamente….E não soa nenhuma sirena de alarme na imprensa!…Aparentemente, tanto a destruição da natureza, no passado percebida como “progresso”, quanto a bravata irresponsável de representantes da sociedade estão incrustados na “cultura social brasileira”.  Na véspera da próxima Conferência das Partes a mídia está entretida como os escândalos de corrupção.  Aparentemente não há espaço para mais indignação e repúdio, mesmo em vista do comprometimento do futuro, uma causa de Política de Segurança Nacional.

 

COP 21.

Na Conferência das Partes, que será realizada em Paris, em dezembro de 2015, tentar-se-á um acordo mundial pela limitação do aquecimento global a 2 graus centígrados.  Os países devem apresentar as suas propostas de contribuição INDS – Intended National Determined Contributions – até Outubro.  [Vide uma explicação da COP 21 no Anexo]

Considerações:

A apresentação de metas voluntárias pode ser considerada ser um progresso, embora ainda não ter sido superado o sofisma das “responsabilidades compartilhadas, porém diferenciadas”, introduzidas na discussão pela diplomacia brasileira desde a Conferência Rio 92.  Este conceito constitui um sofisma porque Responsabilidade é uma atitude e, como tal, o desempenho é, por natureza voluntário, unilateral, e não negociável.  As “responsabilidades diferenciadas” prevaleceram no Protocolo de Kyoto de 1995 sobre limitações de emissões de gases causadores do efeito estufa – GEE.  Desde então os conhecimentos sobre a influência das ações humanas sobre o aquecimento do meio ambiente aumentaram e as tecnologias de geração de energia elétrica com fontes renováveis, para substituir as fontes fósseis, progrediram muito.  Hoje estão globalmente acessíveis.  Com a redução dos custos da energia eólica e solar ficou comprovado que a mudanças das matrizes energéticas não prejudica a competitividade das indústrias nacionais.  Atualmente o investimento em geração com tais fontes renováveis, também denominadas “verdes”, já supera o investimento em centrais operadas com fontes fósseis.  É razoável esperar que, devido às circunstâncias ‘melhoradas’, acordos sobre metas de redução de emissões possam ser firmados.  Então o cumprimento poderá ser monitorado.  Os países passarão a estar sujeitos a pressões morais pela comunidade global.

As transformações das matrizes energéticas e progressos na eficiência energética – PIB/kWh – reduzirão as emissões na geração de energia, na produção industrial, no consumo doméstico e nos transportes.  Outra contribuição importante para assegurar a meta de aquecimento máximo de 2oC é a terminação dos desflorestamentos e uma redução das emissões de GEE na agropecuária.  Aqui residem os compromissos a serem assumidos pelo Brasil e países da África e do Sudeste da Ásia.

 

Contribuições necessárias e possíveis do Brasil.

O governo do Brasil ainda não apresentou as INDS.

Os documentos mais importantes publicados neste período de preparação para a COP 21 foram formulados pelo Observatório do Clima, um grupo de ONGs “ambientalistas”.  Trata-se de uma proposta para as INDS e de uma Nota Técnica, para comprovar a exeqüibilidade. [www.observatoriodoclima.eco.br] Apesar do inquestionável mérito de uma manifestação de um grupo numeroso de ONGs é visível que o Observatório do Clima evitou entrar em confrontação com o governo.  Não exige o Desflorestamento Zero Já, como constam em pronunciamentos do Greenpeace e do SOS Mata Atlântica.  Na verdade abriga um crescimento desnecessário do rebanho bovino para 280 milhões de cabeças.

Portanto fica abaixo das possibilidades de atuação co Brasil, que ficaria continuando a dever à comunidade humana.  Cabe lembrar que a rapidez da redução das emissões contribui para retardar o acúmulo de GEE na atmosfera.

 

Posicionamentos.

Afirma Eduardo Viola do Observatório do Clima:

“Até 2004 o Brasil era o extremo do mundo em irracionalidade.  Era o único país de renda média que tinha emissões maciças de desmatamento.  Todos os países de emissões maciças de desmatamento são países pobres.  Desde 1990 as emissões brasileiras derivadas do desmatamento são as emissões mais perversas do mundo, porque não têm nenhuma componente de atenuar a pobreza, como uma termelétrica chinesa.”

“Entre 1992 e 2004 o Brasil foi o país mais irresponsável do mundo. É isso o que precisa ser dito. Reduziu como ninguém depois, mas compensou um extremo do outro lado. Se há uma coisa fundamental para destacar é isso:  o total exagero da propaganda brasileira da redução de emissões”

Estas irresponsabilidades não foram percebidas ou foram toleradas pela sociedade.  Assim sendo conclui-se que é preciso que ocorra no Brasil um “salto cultural” para que a Cidadania venha a exigir o desempenho das Responsabilidades pelas Condições de Vida futuras no País e no Mundo.  O Brasil ainda consta entre os maiores emissores de GEE.  Por outro lado é um dos países que mais facilmente podem reduzir radicalmente as emissões:  Basta que haja vontade política.  A compreensão do Desflorestamento Zero Já e dos Reflorestamentos Intensivos Imediatos como objetos da Segurança Nacional constituiria uma alavanca para a mobilização e, simultaneamente, a inauguração de uma nova política de desenvolvimento econômico e social.

São Paulo, 22.07.2015

Harald Hellmuth

 

Anexo:    (www.cop21paris.org/about/cop21

COP – What’s it all about?

The international political response to climate change began at the Rio Earth Summit in 1992, where the ‘Rio Convention’ included the adoption of the UNFCCC. This convention set out a framework for action aimed at stabilising atmospheric concentrations of greenhouse gases (GHGs) to avoid “dangerous anthropogenic interference with the climate system.” The UNFCCC which entered into force on 21 March 1994, now has a near-universal membership of 195 parties.

The main objective of the annual Conference of Parties (COP) is to review the Convention’s implementation. The first COP took place in Berlin in 1995 and significant meetings since then have included COP3 where the Kyoto Protocol was adopted, COP11 where the Montreal Action Plan was produced, COP15 in Copenhagen where an agreement to success Kyoto Protocol was unfortunately not realised and COP17 in Durban where the Green Climate Fund was created.

In 2015 COP21, also known as the 2015 Paris Climate Conference,will, for the first time in over 20 years of UN negotiations, aim to achieve a legally binding and universal agreement on climate, with the aim of keeping global warming below 2°C.

 

WWF

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Apresentação   [Transcrita do site da ONG   www.wwf.org.br/]

O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações
O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.
Vide Wikipedia:  História e Críticas.
Missão global
Conter a degradação do meio ambiente e construir um futuro em que o homem viva em harmonia com a natureza através da:
– Conservação da diversidade biológica mundial;
– Garantia da sustentabilidade dos recursos naturais renováveis;
– Promoção da redução da poluição e do desperdício.
História.   
“Criada em 1961, nas últimas décadas, a Rede WWF (antes conhecido como Fundo Mundial para a Natureza) se consolidou como uma das mais respeitadas redes independentes de conservação da natureza.

Com sede na Suiça, a Rede WWF é composta por organizações e escritórios em diversos países que têm como característica a presença tanto local quanto global e o diálogo com todos os envolvidos na questão ambiental: desde comunidades como tribos de pigmeus Baka nas florestas tropicais da África Central, até instituições internacionais como o Banco Mundial e a Comissão Européia.

Com quase cinco milhões de associados distribuídos em cinco continentes, a Rede WWF é a maior organização do tipo no mundo, atuando ativamente em mais de cem países, nos quais desenvolve cerca de 2 mil projetos de conservação do meio ambiente. Hoje, a instituição pode afirmar confortavelmente que teve um papel crucial na evolução do movimento ambientalista mundial.

Desde 1985, o WWF investiu mais de US$1,165 milhões em mais de 11 mil projetos em 130 países. Cada um deles é parte importante na campanha mundial para deter a aceleração do processo de degradação da natureza no mundo e para ajudar cada ser humano a viver em harmonia com o meio ambiente.”

Atuação no Brasil.       [Transcrita do site da ONG   www.wwf.org.br/]
Em 30 de agosto de 1996 foi criado oficialmente o WWF-Brasil. Neste dia tomou posse o primeiro Conselho Diretor da instituição, formado por representantes do empresariado, ambientalismo e outros setores da sociedade brasileira.Atualmente, o WWF-Brasil executa dezenas de projetos em parceria com ONGs regionais, universidades e órgãos governamentais. Desenvolve atividades de apoio à pesquisa, legislação e políticas públicas, educação ambiental e comunicação. Além disso, há também projetos de viabilização de unidades de conservação, por meio do estímulo a alternativas econômicas sustentáveis envolvendo e beneficiando comunidades locais.
Destaques:
–  Observatório daÁguas.
–  Programa Áreas protegidas da Amazônia  (Arpa)
Comentários:
As apresentações da WWF confirmam o alcance limitado das ações de ONGs, por mais meritórias que sejam, porque ocupam espaços de atividades pouco cuidados pelos Poderes Públicos.
As atividades da WWF são exclusivamente ambientais, o que de certa forma limita o seu impacto, mas é fundamentado na sua origem e cultura organizacional internacional, quer dizer, extrangeira.
Pela mesma razão dificilmente se envolverá em ações políticas, como o empenho por Programas para o Desenvolvimento Sustentável.

Valores do Desflorestamento

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Em 16 anos, desmatamento da Amazônia Legal foi quase o tamanho de SP

Criado em 19/06/15 12h51 e atualizado em 19/06/15 13h32
Por Vinícius Lisboa – Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil

O desmatamento da Amazônia Legal, no período de 1997 a 2013, chegou a 248 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), divulgada hoje (19).

Desmatamento
Desmatamento da região entre 2004 e 2013 mostra queda de quase 80%Arquivo/Agência Brasil

A pesquisa também mostra que o desmatamento entre 2005 e 2013 foi 89.158 quilômetros quadrados, extensão que pode ser comparada a uma área do tamanho do Espírito Santo com o Rio de Janeiro. O número é menor que o de 1997 a 2004, quando foi somada uma área de 159.078 quilômetros quadrados. Nesse caso, o total desmatado da Amazônia Legal superou o estado do Amapá.

Mata Atlântica
Mata Atlântica já perdeu 85% de sua mata nativaArquivo/Agência Brasil

De qualquer forma, o resultado da pesquisa mostra uma queda de 79,1% no desmatamento da região quando comparado o período entre 2004 e 2013. Segundo o IDS, pelo menos 15% da Amazônia Legal já foi desmatada.

Sobre os demais biomas brasileiros, segundo a pesquisa, a Mata Atlântica já teve 85,5% da área desmatada. Nos Pampas, 54,2% da área original foi desflorestada, enquanto quase metade da mata nativa do Cerrado – 49,1% – não existe mais. A Caatinga teve, no período, uma área desmatada de 46,6%. Já a região do Pantanal foi o bioma menos atingido pelo desmatamento (15,4%).

Em 2004, 27,8 mil quilômetros quadrados foram desflorestados na região, o equivalente ao estado de Alagoas. Já em 2013, a área desmatada caiu para 5,8 mil quilômetros quadrados, comparável ao território do Distrito Federal. O menor percentual da série histórica, no entanto, foi registrado em 2012, com 4,6 mil quilômetros quadrados.

Fundação SOS Mata Atlântica

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DesfloresatamenFundação SOS Mata Atlântica.    www.sosma.org.br

Apresentação.  [transcrita da publicação “conhecimento”, No 1, 04. 2015]

“A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG brasileira que trabalha desde 1986 na proteção dessa que é a floresta mais ameaçada do país.  Atua em três frentes – Florestas, Mar e Cidades – e realiza diversos projetos de monitoramento e restauração da Mata Atlântica, proteção do mar e da costa, políticas públicas e melhorias das leis ambientais, educação ambiental, campanhas sobre o meio ambiente, apoio a reservas e unidades de conservação, entre outros.  Todas essas ações contribuem para a qualidade de vida, já que vivem na Mata Atlântica – no espaço original do bioma – mais de 72% da população brasileira.”

Informações sobre a Floresta Atlântica.

“No país todo, a floresta chuvosa que cobria mais de 1 milhão de km2 ao longo do litoral atlântico foi devastada a ponto de sobrarem apensa 8,5% da superfície original em fragmentos com mais de 100 hectares (ha) – equivale a 1 km2.”  É muito pouco para sustentar a maioria das capitais brasileiras assim como as grandes e médias cidades do Sudeste; são 3.429 cidades na área da influência do bioma.

“De acordo com o estudo para a atualização do”Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, conduzido pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), no período de 2012 a 2013 o desmatamento aumentou 9% alcançando 239 km2”, equivalentes à superfície de quadrado de 15 km de lado.

—  Metas de Reflorestamento.

“O Pacto para a Restauração da Mata Atlântica, rede que agrupa várias organizações atuantes no bioma, planeja recompor 15 milhões de hectares (150.000 km2) para dobrar os atuais remanescente de vegetação nativa.  O governo estadual de São Paulo divulgou um plano de recobrir 20 mil hectares (200 km2) de florestas”.

Comentário:

Não há indicação de prazo para a realização das metas.  A Atlas citado poderá servir de instrumento de monitoramento para cobrança da execução.

Jurisdição.

“A Lei da Mata Atlântica (no 11.428/06), pela qual a SOS Mata Atlântica se empenhou fortemente, diz que os municípios com remanescentes devem assumir a sua parte na proteção do bioma, adotando um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA)”.

Comentário:

Como existem fontes e cursos d’água, que precisam ser protegidos em todos os municípios, medidas para restaurar a vegetação também cabem aos municípios e que a Floresta foi extinta.

—  Causas de continuação do desmatamento.

Como atividades causadoras de desmatamento são apontadas a agropecuária, a expansão imobiliária e a extração de madeira para lenha e carvão.  Cabe acrescentar o extrativismo clandestino de palmito.

Comentário:

Não é crível que os agentes do desmatamento se contentem com remuneração para a preservação da floresta.  A conversão do desmatamento em “crime ambiental” e uma punição severa, quando não autorizado por avaliações EIA/RIMA e compensações por reflorestamentos, possivelmente produzam melhores resultados.

 

Experiências de reflorestamento da SOS Mata Atlântica.

A Fundação SOS Mata Atlântica executa um projeto de reflorestamento numa área de aproximadamente 350 hectares, no município de Itu, no Estado de São Paulo.  A área receberá cerca de 800 mil mudas.  No “Centro de Experimentos Florestais” estabeleceram-se viveiros com capacidade de 750 mil mudas por ano, de mais de 80 espécies nativas.  No Programa Florestas do Futuro, criado em 2004, foram plantadas até o momento 5 milhões de mudas em 136 projetos.

“O Clickarvore é um programa, idealizado em 2000 para angariar adeptos à causa do recobrimento do bioma, por meio da internet.  Em dez anos, foram doadas 21 milhões de mudas para plantio em propriedades de 10 estados com prioridades para Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), restauração de APP, conectividade de paisagens, proteção de recursos hídricos e demanda de certificação”.

“Pesquisas recentes comprovam o sucesso de novos modelos de restauração que priorizam na fase inicial espécies produtoras de sementes e de recobrimento – aquelas de rápido crescimento que criam um ambiente de floresta no curto prazo, no máximo em dois anos.  Depois a área é enriquecida com espécies medicinais, frutíferas e madeireiras, para aproveitamento econômico.  Há estudos indicando que a taxa de retorno anual pode chegar a 15%, o que é bastante atrativo e superior à renda com gado.

 

Comentários.

Do resumo muito condensado das atividades da Fundação SOS Mata Atlântica depreende-se:

  1. A importância da iniciativa da Sociedade Civil, da Cidadania, para o Desenvolvimento Sustentável Ambiental, para o qual
  2. a legislação oferece apenas um quadro.
  3. A Sociedade Civil, além de pressionar por legislações de proteção de biomas iniciou um trabalho de recomposição ambiental independente dos órgãos públicos e sem que houvesse uma política ou um projeto de desenvolvimento oficial.
  4. O reflorestamento e a conservação de biomas requerem uma mudança de percepções, um salto cultural.
  5. As atividades da ONG Fundação SOS Mata Atlântica em parte são desenvolvidas por voluntários – “entusiastas”, “idealistas” -. Mas também induzem a criação de novas ocupações profissionais em atividades de campo, criação de mudas, coordenação de projetos, pesquisas, comunicação etc.
  6. Forma-se assim a base de um quadro profissional imprescindível para executar Projetos de Desenvolvimento Sustentável de maiores dimensões.

Sugestão:

A adoção e a divulgação do cultivo de espécies de madeira de lei como peroba, cedro, imbuia, maçaranduba, jacarandá e pau Brasil, além de outras, poderia dar popularidade e promover o apoio à atividade de reflorestamento.

 

Ações da Fundação SOS Mata Atlântica para o Mar.

O Brasil protege menos de 2% de seus ecossistemas costeiros e marinhos, embora tenha assumido, no âmbito da Convenção da diversidade Biológica das Nações Unidas, o compromisso internacional de proteger 10% até 2020.  50,7 milhões de pessoas vivem próximas ao mar ao longo de seus 8.600 km de costa.

Além de programas desenvolvidos para fomentar pesquisas e trabalhos no bioma marinho e costeiro, caso do Programa Costa Atlântica, em operação desde 2006, a Fundação tem desempenhado papel atuante na proposição de políticas públicas que conciliem preservação e desenvolvimento sustentável, como o Projeto de LEI No 6.969/2013 – a Lei do Mar.  Uma das principais novidades dessa Lei do Mar é instituir o bioma marinho no Brasil.  A Lei do Mar inova nos instrumentos destinados ao planejamento do uso de recursos naturais.

O Programa Costa Atlântica apóia, por meio de um fundo e de editais públicos, projetos de criação e implementação de Unidades de Conservação marinhas na costa brasileira.  Entre os destaques, estão o APA manguezal da Barra Grande, no Ceará, cujo foco é a conservação de manguezais que servem de zona alimentação para peixes-boi.

É premente uma regulação das atividade de pesca.  Alguns recursos importantes mantêm-se em estado preocupante de sobre-exploração, como, por exemplo, a sardinha, corvina, diversas espécies de cações e o cherne-poveiro.

 

Ações da Fundação SOS Mata Atlântica para Cidades.

A Fundação SOS Mata Atlântica organiza grupos de voluntários para monitorar a qualidade das águas em 79 pontos de rios do Alto e Médio Tietê.  Observaram-se melhorias, mas não há muito a comemorar.  Ainda há 13 pontos com péssimos índices de qualidade da água  e apenas 3 tiveram índice aceitável.  É preciso ainda conectar mais de 200 mil domicílios à rede de esgoto, o que representa mais de 1,5 milhão de pessoas com acesso ao saneamento, elevando os índices de tratamento de esgoto a 84%.

Sugestão:

O mapa do resultado do monitoramento da qualidade da água deveria ser posto em grande evidência ao conhecimento público, conjuntamente com uma proposta de ações para o saneamento, cujo progresso de execução a população pudesse acompanhar e cobrar.

 

Consultar Site  www.sosma.org.br  por:

Mais informações sobre atividades, Governança, transparência contábil, …..

 

 

 

Mobilização para uma Política para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil

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Desenvolvimento SustentávelResponsabilidade da Cidadania.                             Mobilização para a reivindicação de uma Política para o Desenvolvimento Sustentável.

Entendamos que Cidadania é o coletivo de Cidadãos conscientes de sua Responsabilidade pelo funcionamento da Democracia.  A sua vigilância e manifestações são determinantes para o desempenho dos políticos, dos representantes eleitos.

Ainda não faz muito tempo emergiu a Responsabilidade adicional pelas condições de vida futuras, ameaçadas pelas Mudanças Climáticas, pela poluição, por falta de disponibilidade de água, por desertificações, por escassez de alimentos etc.  Todas as medidas de mitigação, de eliminação das causas desses riscos exigem atitudes e ações dos Cidadãos.  No seu conjunto produziriam o Desenvolvimento Sustentável.

Os riscos foram e são causados por ações desavisadas.  A Responsabilidade por dominá-los é relativa à VIDA, o valor supremo e universal.  E Responsabilidade é uma atitude.  Como tal é intransferível, não negociável.  Isto significa que o Desempenho da Responsabilidade sempre é voluntário e unilateral.  Agir com Responsabilidade significa contribuir da melhor forma ao alcance tanto de cada um, como da coletividade – da sociedade.

No Brasil há duas tarefas prioritárias no Desenvolvimento Sustentável:  Na dimensão ambiental, a máxima redução das emissões de gases causadores do efeito estufa – GEE –, ou seja, do aquecimento e das mudanças climáticas.  Na dimensão social a eliminação da pobreza.

O Brasil ainda consta entre os grandes emissores de GEE por conta dos Desflorestamentos da Floresta Amazônica, do Cerrado e de outros biomas.  Estas ações só interessam a uma minoria, que se comporta como predadora e usurpadora da propriedade da Nação.  A Cidadania há de se mobilizar por uma Política de Desmatamento Zero e de Reflorestamento Intenso Já.

Os Reflorestamentos tanto podem ser industriais como de recomposição de biomas.  A salvação dos remanescentes do Cerrado e o reflorestamento compreendem as regiões das nascentes do rio São Francisco, assim como das nascentes e bacias de tributários dos rios Amazonas, Paraguai e Paraná.  Os reflorestamentos contribuirão para a preservação dos regimes de chuvas, importante para a segurança do abastecimento de água na região Sudeste e para a produtividade da produção agrícola.

Por isso uma Política do Desmatamento Zero e de Reflorestamento Intenso deve ser entendida como de “Segurança Nacional”.

E os Projetos de Reflorestamento da política reivindicada ofereceriam oportunidades de trabalho e renda para a superação da pobreza de milhões de famílias.  Atender-se-iam simultaneamente a desenvolvimentos nas duas dimensões indicadas e ainda ao desenvolvimento econômico.

Cabe numa mobilização (5) pelo Desenvolvimento Sustentável no Brasil a reivindicação por um rápido desenvolvimento da geração eólica e solar, assim como a retomada da produção de etanol e da cogeração com o bagaço de cana, tanto em benefício da economia, da ocupação e da renda na indústria, como em benefício do Meio Ambiente.

[ 5  >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas]