Mês: abril 2015

Políticas exequíveis num período de dez anos (até 2015)

No Comments

Sobre políticas exequíveis num período de dez anos (até 2024). 2

Alguns dos obstáculos a serem vencidos para uma mobilização mais forte das sociedades pelo Desenvolvimento Sustentável estão relacionados como metas do Desenvolvimento Cultural.  Mas de imediato é preciso agir com base nas percepções vigentes e com os recursos disponíveis.  Uma avaliação da cena presente permite afirmar com alguma segurança, que num futuro imediato de dez anos as seguintes realizações são possíveis:

–  Uma redução considerável das emissões de GEE resultantes de aumentos da eficiência energética, de uma maior participação de fontes renováveis de energia nas matrizes energéticas principalmente na Europa e nos Estados Unidos, uma divulgação global de meios de transporte menos poluentes.

–  A finalização de desmatamentos e realização de progressos na recomposição de biomas.

–  A redução radical da poluição dos recursos hídricos e dos oceanos e mares.

–  Uma redução da pegada ecológica global via redução de desperdícios e aumento da produtividade das atividades agrárias e na pecuária.  Uma ajuda para tal desenvolvimento resulta do fato de que na China, no Japão, na Rússia e na União Européia as populações começaram a decrescer.

–  Crises financeiras e econômicas resultantes de excessos de endividamentos de Estados ou de transgressões de “boas práticas” serão improváveis, pois as instituições de prevenção estão sendo criadas.

–  Estabelecimento de Projetos Nacionais ou Regionais para a Aceleração do Desenvolvimento Sustentável.

Este cenário de situação realizável de imediato pode parecer bastante otimista.  Conta-se com uma “contaminação” das sociedades no espaço global pelo exemplo prestado por iniciativas pioneiras.  Acaba-se instalando uma “instituição informal” pressionando por “bons comportamentos”.  Monitoramentos globais contribuem para o fortalecimento de percepções.  Assim acontece com a crescente aceitação das fontes de energia eólica e solar e a prática da disposição seletiva de resíduos sólidos e a eliminação de lâmpadas incandescentes.

Realização das Políticas para o Desenvolvimento Sustentável

No Comments

Da Realização das Políticas para o Desenvolvimento Sustentável. 2                      [ 2 >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas]

Os políticos Cidadãos por Responsabilidade promoverão Políticas para o Desenvolvimento Sustentável através de projetos de lei e projetos de desenvolvimento.  Um exemplo para lei orientada à Sustentabilidade estabelece a terminação da produção de lâmpadas incandescentes no Brasil.  A substituição de fontes de energia fóssil na geração de energia por energia solar, eólica e bioenergia na Alemanha é um exemplo para projeto de mudança de matriz energética.  Este foi imposto por exigência da sociedade.  Também no Reino Unido se estabeleceu uma política de redução das emissões de gases geradores do efeito estufa – GEE..

Por outro lado, nos Estados Unidos e no Canadá interesses de empresas ligadas ao aproveitamento do carvão e do petróleo resistem à mudança da matriz energética e, por conseqüência ao progresso da redução das emissões de GEE.  E no Brasil sociedade ainda não desenvolveu o ímpeto para estabelecer um programa de Desmatamento Zero.

Numa sociedade com Ordenamento Político Democrático, os políticos precisam ser eleitos para obterem mandatos que permitem influenciar as ações e os rumos da sociedade.  Sua eleição depende de uma sintonia com as necessidades, com os anseios e com a compreensão de objetivos dos eleitores.  Um contingente destes entende os problemas das condições de vida das gerações futuras e concorda com, quando não reclama, medidas de prevenção do agravamento e de mitigação, porque percebem sua co-responsabilidade.  Estes são os eleitores Cidadãos por Responsabilidade.

Portanto, a realização de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável numa Democracia depende da existência de um número considerável de cidadãos que aprovem proposições, ou mesmo exerçam pressão sobre os representantes eleitos, para a execução de Políticas de Desenvolvimento Ambiental e de Desenvolvimento Social.  Em outras palavras, é preciso que se tenha estabelecido uma Cultura, uma instituição informal, orientada ao Desenvolvimento Sustentável.

Esta constatação parece desoladora, pois o desenvolvimento de culturas é compreendido como um processo de longo prazo.  Nada impede que as percepções já estejam desenvolvidas e que posam se manifestar a qualquer momento.

Nas sociedades com Ordenamento Político Autoritário estabelecem-se com maior facilidade Projetos para o Desenvolvimento Sustentável.

 

 

Economia na Situação Sustentável

No Comments

Economia na Situação Sustentável. 2                                                                                    [ 2 >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas]

A economia na Situação Sustentável é uma meta do Desenvolvimento Sustentável.   Existirá quando a Situação Ambiental Sustentável e a Situação Social Sustentável estiverem realizadas.

Apesar de prognósticos serem sempre temerários, é possível antecipar algumas características no mínimo muito prováveis da Economia na Situação Sustentável.  Junto com algumas conseqüências forçosas, são:

–  Os Ordenamentos Econômicos das sociedades seguirão Modelos de Regime de Mercado      ambientados em Ordenamentos de Regime Democrático com instituições para                        intervenções na economia.

–  As produções nacionais suprirão as necessidades – o consumo – das populações nacionais     e,  na soma da população global, nos limites da pegada ecológica e tendo sanado os                 problemas de poluição.

–  No mínimo as economias mais desenvolvidas terão alcançado um estado de saturação das     necessidades de consumo e de estruturas de produção.  Então um crescimento da                 economia – aumento do PIB – não fará mais sentido para essas sociedades.

–  Atividades de manutenção ou reforma e substituição terão destaque nas limitadas                 atividades econômicas.

–  Como conseqüência do estado de saturação sem crescimento significativo da produção,         negócios de crédito perderão importância.  Por isso é provável que o poder de compra da     moeda seja estável – não haverá inflação – e o valor dos juros seja muito baixo.

–  As “boas práticas recomendadas” nos negócios serão observadas uma vez por causa das       punições das transgressões por instituições formais e por outro lado por pressão de               instituições informais, ambas globais.

–  Haverá uma acomodação global da distribuição da ocupação de forma que em todas as           sociedades as famílias obtenham no mínimo uma Renda Adequada para um conforto             eticamente aceitável.

–  As populações terão regredido, após terem alcançado números máximos de habitantes.

–  A oferta de ocupação na produção será reduzida.  Os serviços de formação profissional,         de comunicação, de saúde, educação, lazer e de proteção ambiental terão maior                       relevância.

–  A produção de armamentos e a manutenção de forças armadas estarão reduzidas,                 porque a Situação Sustentável é pacífica.  Esta circunstância terá efeitos positivos para a       acomodação à pegada ecológica unitária, mas eventuais problemas para a ocupação.

–  As fontes renováveis de energia predominarão sobre as fontes fósseis.

–  Os problemas de poluição estarão sanados.

–  É evidente que a produção numa Situação Sustentável há de respeitar limites impostos pela Sustentabilidade Ambiental.  Isto significa que o “footprint” global seja no máximo igual a um (1):  Então não se consomem mais bens disponibilizados pela natureza do que a natureza tem capacidade de reproduzir.  A humanidade poderá estender o limite de produção aumentando a produtividade dos recursos, praticando a reciclagem de materiais, criando recursos artificiais e recorrendo a fontes de energia renovável, mas existirá um limite intransponível de recursos para a manutenção de um bem-estar global.

Forçosamente, este esboço da Economia na Situação Sustentável é especulativo.  Ele indica que a Situação Econômica Sustentável estabelecer-se-á na medida em que nas dimensões ambiental e social for aproximada a Situação Sustentável.

 

Políticas de Educação

No Comments

Políticas de Educação e demora do Desenvolvimento Social Sustentável.2        [2  >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas]

Uma ocupação com produtividade suficiente para gerar uma renda que financie um bem-estar eticamente aceitável requer educação em conhecimentos, habilidades e comportamentos.  Ocupação e educação conjuntamente formam a base da superação da pobreza hereditária e da motivação para uma continuação de desenvolvimento pessoal.  Induz-se daí, que na Situação Sustentável deverá haver uma educação mínima na base da pirâmide social.  Este nível de educação permitirá o exercício da cidadania aos cidadãos nas condições mais modestas.  Conclui-se que os Projetos para o Desenvolvimento Sustentável, promovidos pela Política com objetivos ambientais e de ocupação, deverão incluir a execução de Políticas de Educação.

Realmente a instituição do Ensino Fundamental hoje existe em praticamente todas as sociedades, embora muitas vezes ainda deficiente em países não considerados desenvolvidos.

Mesmo desconsiderando adaptações culturais, que não cabem nestas considerações, é preciso contar com que a consolidação de uma produtividade adequada na base da pirâmide social é um processo demorado que atravessará no mínimo duas gerações, ou 20 anos, caso for um objetivo de Políticas de Educação.

Uma premissa para alcançar, e depois para manter uma Situação Sustentável é a ação de uma liderança.  Esta liderança só pode ser exercida por Cidadãos por Responsabilidade.  Por isso o tema da Responsabilidade precisa ser incluído nos currículos escolares, justamente para favorecer a formação de cidadãos com consciência de responsabilidade.  Precisam ser focalizadas as três dimensões – ambiental, social e econômica – do desenvolvimento para a realização da Situação Sustentável.  As percepções sedimentadas na sociedade são determinantes para as atitudes e ações na gestão da produção e no plano da política e da política econômica.  Cabe salientar que Responsabilidade não é um conceito vinculado a religiões, nem é ideológico.

Na dimensão ambiental já se sedimentaram consensos supranacionais, embora as ações estejam restritas aos âmbitos nacionais e ainda enfrentem oposições de interesses econômicos conservadores.  As sociedades já criaram instituições encarregadas do Meio Ambiente e os cuidados com o Meio Ambiente estão presentes nos currículos escolares e na formação superior.  Constituíram-se Partidos Verdes.  ONGs se dedicam ao Meio Ambiente e à Educação Ambiental.

Na dimensão social tanto as percepções de Responsabilidade pela base da pirâmide global, como uma base conceitual estão menos desenvolvidas.  Não existe um conceito de “ocupação adequada”.  O número de muito pobres ou miseráveis numa população global de 7 bilhões de seres humanos é estimada em 900 milhões.  A incorporação destes 12% da população global numa economia sustentável é a dimensão do problema do Desenvolvimento Social Sustentável.  Pelo fato de depender de rupturas culturais mais severas que o Desenvolvimento Ambiental Sustentável deverá ser o processo que vai requerer mais tempo.

 

 

Geração de ocupação com “renda adequada” global e no Brasil

No Comments

Do objetivo ainda não percebido:                                                                                 Distribuição global da ocupação entre as sociedades. 2                                               [ 2 >  Situação Sustentável e Responsabilidade – Referências Bibliográficas ]

As considerações sobre a ocupação – o desemprego – até hoje se referem exclusivamente a âmbitos nacionais, da mesma forma como as políticas econômicas.  E não há nenhum indício de que algo venha a mudar tão cedo.

O problema da ocupação não é exclusivo das bases da pirâmides sociais, mas é particularmente grave para estas, porque afeta as condições de sobrevivência.  Todavia       “Ocupação Adequada”, a que produz uma “Renda Adequada”, não é critério considerado no IDH.

As ações na Política e na Economia objetivam o bem-estar público e, no prazo mais longo, a Sustentabilidade Social.  A percepção de bem-estar está relacionada a percepções e expectativas dos seres humanos.  Tais expectativas variam no âmbito de cada sociedade e, em maior grau, entre sociedades.  Assim, provavelmente, continuará sendo na Situação Sustentável.  Mas é absolutamente certo que a Situação Sustentável socialmente não será alcançada enquanto                                                                                                                           –  não estiver eliminada a miséria, fome e subnutrição como condição social hereditária,         –  não estiver assegurado que todas as pessoas / famílias se auto-sustentem através da             renda de trabalho próprio e assim assegurando um nível de bem-estar eticamente                 aceitável                                                                                                                                          –  não existirem oportunidades para a ascensão social, ou seja, para maior conforto e                realização pessoal.

Estas condições mínimas são necessárias por critérios éticos indiscutíveis, porque integram a dignidade humana e são fundamentos da motivação para contribuições pessoais.

Então a ocupação adequada é a que corresponde à renda mínima para assegurar a sobrevivência com um nível de bem-estar aceitável.

Nas sociedades praticantes de regimes econômicos de mercado a distribuição das oportunidades de trabalho e renda acontece pela “mão invisível”.  Mas os Estados têm interferido através de políticas econômicas para aproximar o pleno emprego / ocupação e com legislações de salário mínimo e de assistência social.

Uma grande e talvez não desvendável incógnita é a ocupação na Situação Sustentável, que significa a distribuição global das oportunidades de trabalho.  Deve ser possível executar uma estimativa da população ocupada com a produção e distribuição de alimentos, vestuário, abrigo e locomoção sob premissas assumidas de práticas de consumo e de tecnologia.  O mesmo é imaginável quanto à ocupação na produção industrial.  As necessidades das instituições formais – Governo e Estado, inclusive segurança externa e interna – sob condições médias de eficiência também são acessíveis a simulações.  É provável que tais estudos prospectivos venham a demonstrar que a fração da humanidade não necessária para tais produções básicas superaria a fração “trabalhadora” no sentido tradicional.  Serviços de Educação e Saúde deverão ter maior relevância do que já têm hoje. É também previsível que comunicação, diversão /artes e lazer ocuparão, forçosamente, um espaço significativo para ocupar o tempo da humanidade.

Em particular, aplicação ao Brasil.

No  Brasil, que com 200 milhões de habitantes é o país mais populoso da América Latina, passou-se a remediar a pobreza mediante um subsídio ao consumo chamado Bolsa Família.  Hoje são atendidas cerca de 13 milhões de famílias, o que corresponde algo como 30 % da população total.  A distribuição não é uniforme, havendo uma concentração maior nas regiões Norte e Nordeste.  É verdade que o subsídio diminui sofrimentos e que, aumentando o consumo, indiretamente estimula a economia.  Todavia este projeto não induz o desenvolvimento humano, mas reforça a indolência herdada.  Portanto não significa um progresso na direção da Situação Sustentável.  Só com este exemplo já se detecta a falta de pelo menos 13 milhões de oportunidades de trabalho com renda que permitiria uma auto-sobrevivência em nível modesto, mas eticamente aceitável.  Entretanto, nenhum Projeto para o Desenvolvimento Sustentável, segundo o exemplo da China, é sequer discutido até agora.  Oportunidades potenciais para a geração de ocupação existem na melhora da deficiente estrutura logística, na expansão da geração eólica e solar, no processamento de minérios antes da exportação, no saneamento básico, em projetos de reflorestamento e de recuperação de bacias hidrográficas, na educação etc.  Trata-se de uma tarefa conjunta de Governo e Estado – da Política – e da iniciativa privada – da Economia.  Na medida em que 20% do Orçamento fossem reduzidos dos gastos administrativos de governo e estado, por volta de 4% do PIB poderiam ser aplicados em Projetos para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil por ano pelo Estado.  Num país com Ordenamento Político de Regime Democrático tal orientação da política econômica haverá de ser reivindicada pela Sociedade Civil brasileira.

 

 

 

 

Políticas para o Desenvolvimento Sustentável 1

No Comments

Políticas para o Desenvolvimento Sustentável I                                                                 Políticas para o Desenvolvimento Sustentável

A Política, como arte de governar, se ocupa de dirigir as ações nacionais na direção de objetivos através de orientações – expressas em leis/normas – e via o planejamento e a execução de projetos.

As Políticas para o Desenvolvimento Sustentável têm (teriam) como meta as contribuições para a realização da Situação Sustentável, que é uma necessidade global e indivisível. A Política Nacional para o Desenvolvimento Sustentável expressa o desempenho da Responsabilidade de contribuir para a realização da meta da Humanidade de garantir as melhores condições de bem-estar.

Política Global para o Desenvolvimento Sustentável?

Como o desempenho de Responsabilidade é voluntário e unilateral não haverá uma política global, por hipótese desenvolvida e gestada pela Organização das Nações Unidas – ONU. No ambiente internacional é possível e necessário esclarecer conceitos, executar monitoramentos e publicar relatórios sobre constatações e evoluções, mas não estabelecer obrigações.  Não há poder coercitivo.

Exemplos de monitoramentos praticados são as emissões e a concentração dos gases causadores do efeito estufa – GEE – na atmosfera, o aquecimento dos mares, progressos no bem-estar de populações – IDH – o risco de extinção de espécies animais e vegetais, a produtividade e a eficiência energética, a pegada ecológica etc.  As metas do Desenvolvimento Sustentável são globais, mas a realização das metas resulta da soma de Políticas Nacionais.

Políticas Nacionais de Desenvolvimento Sustentável.    

–  Políticas de Desenvolvimento Social Sustentável.                                                        Por princípio o desenvolvimento social é Responsabilidade de cada sociedade/país.  Mas “desenvolvimento social” é um conceito novo.  As sociedades consideradas desenvolvidas  desenvolveram-se de forma difusa, ou seja, sem que houvessem políticas e projetos.

Constata-se que uma parte significativa das populações pobres e muito pobres habita em países com pouco poder de promover desenvolvimentos de produções e de melhorar significativamente o bem-estar comum.  Compreende-se ser uma questão de solidariedade internacional contribuir para que nesses povos uma “renda adequada” seja alcançada.  Este tipo de esforço comum ainda não foi organizado, nem discutido, como se pratica com as mudanças climáticas.

– Políticas de Desenvolvimento Ambiental Sustentável.                                            O problema das Mudanças Climáticas, induzidas pelo aumento da concentração de GEE na atmosfera, é o mais discutido no plano internacional.  Todavia constata-se que a atribuição de “metas nacionais obrigatórias” a cada país conflita com a soberania e com a capacidade de ação de cada sociedade.  O Desempenho de Responsabilidade de cada país haveria de ser avaliado por cotejo das ações efetivas com as capacidades.  Entre os maiores poluidores da atmosfera se destacam a China, os Estados Unidos, a Índia, o Brasil e a União Européia.

A China priorizou o desenvolvimento social pelo crescimento econômico – da produção – com a geração de energia dependendo de carvão e de usinas com tecnologia superada.  Estas agora começam a ser desligadas.  Hoje a China ocupa o primeiro lugar na instalação de aproveitamentos de energia eólica e solar.  Executa também extensos reflorestamentos. O desenvolvimento na China é projetado sob um regime político autoritário.

Nos Estados Unidos os interesses econômicos vinculados ao carvão e ao petróleo bloquearam a adesão ao Protocolo de Kioto em 2995, que também não foi assinado pela China.  Neste ano, 2015, apresentarão metas de redução.  As atividades de instalação de aproveitamentos eólicos e solares tomam impulso, estimuladas por políticas de subsídios. O desenvolvimento no Estados Unidos com regime político democrático e economia de mercado pode ser denominado difuso.

A Índia desenvolve uma política de expansão da geração solar pouco noticiado.  Trata-se de um projeto fundamental para melhorar as condições de bem-estar  de um enorme contingente  de população rural pobre e muito pobre.  E proibiu novos desmatamentos.

De todos os países contemplados o Brasil tem as melhores condições de de reduzir drasticamente as emissões de GEE e mesmo de vir a constituir um sumidouro.  O passo decisivo seria o estabelecimento de uma política de “Desmatamento Zero”, que é obstruída por interessados no desmatamento.  A disposição de biocombustíveis, a cogeração, a geração eólica e solar, o aumento da eficiência energética e aperfeiçoamentos na agro-pecuária comporiam uma política de “Economia Verde”, com efeitos benéficos para o desenvolvimento social.  No Brasil é possível combinar o desenvolvimento difuso com um desenvolvimento projetado.

Como resultado de Políticas de Desenvolvimento Ambiental Sustentável, a União Européia esteve na liderança do desenvolvimento das tecnologias de geração eólica e solar e a Alemanha na liderança da instalação.  Trata-se de um desenvolvimento projetado em países com regime democrático e economia de mercado com significativo apoio das populações.  Vários  países da União Européia cumpriram os compromissos assumidos no Protocolo de Kyoto.

Políticas de Desenvolvimento Econômico Sustentável.                                           Por enquanto tais políticas não existem.  Não se formou ainda uma percepção sobre “economias desenvolvidas saturadas”.  E não se formaram consensos sobre o compromisso de prática de “boas práticas recomendadas”, nem nos âmbitos nacionais – por exemplo: o equilíbrio fiscal e a estabilidade da moeda, nem no âmbito dos negócios financeiros.

Constatação:                                                                                                                                No resumo de experiências nacionais não se identificou nenhum conflito entre os interesses nacionais e as necessidades do Desenvolvimento Sustentável.

Políticas

No Comments

Políticas.

A política é entendida como a arte de governar e a aplicação desta arte à administração interna e aos relacionamentos externos da sociedade.  Segue que a segurança externa, a segurança interna, a administração das leis e o desenvolvimento do bem-estar para todos os cidadãos são o conteúdo da política.  As políticas das sociedades – políticas nacionais – promovem o interesse próprio.

Mas na medida em que afetam as futuras condições de bem-estar da humanidade representam também o exercício de uma Responsabilidade: A Responsabilidade pela Sustentabilidade.

Este compromisso global de horizonte de prazo infinito constitui uma “inovação social” que implica em “saltos de paradigmas de percepções”.  Trata-se de uma dimensão de globalização que induz desenvolvimentos na direção de uma “Cultura na Situação Sustentável“, que é por natureza global.

Em conseqüência se estabeleceram as “Políticas Ambientais”.  Os países constituíram legislações ambientais e órgãos públicos ambientais, a começar por Ministérios do Meio Ambiente.  Em muitos países estabeleceram-se “Partidos Verdes” com programas de combate à poluição, de empenho por geração com fontes renováveis de energia, rejeição da energia nuclear, preservação de florestas, culturas orgânicas etc.  Mas as “Políticas Sociais” comparativamente não evoluíram.  A ocupação e a renda é entendida como resultante da conjuntura econômica.  Assim sendo, as preocupações nas “Política Econômicas” se orientam ao curto prazo e ao crescimento da produção, do PIB.  A observação das “boas práticas recomendadas” só progride lentamente e contra fortes resistências.

Pode-se, pois, afirmar que “Políticas para o Desenvolvimento” se encontram em estado emergente.  Tais políticas teriam como objetivo solucionar os Problemas no Desenvolvimento Sustentável.

 

Educação e Desenvolvimento Sustentável

No Comments

Educação.

Educação é o processo de transmissão de conhecimentos e habilidades para a formação intelectual e moral para qualificar a pessoa na capacidade de atuação e condução na sociedade.  A educação tem componentes informais ou difusos e componentes formais.  As componentes informais são propiciadas pelo ambiente, pela convivência, a partir da família.  Os noticiários, a mídia e a leitura voluntária estão neste contexto.  As componentes formais compreendem a escolas.  Via de regra a formação profissional acontece em instituições de ensino, escolas.  Esta conceituação orientará as formulações das proposições sobre a formação do Cidadão por Responsabilidade.

Educação para formação do Cidadão por Responsabilidade.

Sendo a realização da Situação Sustentável crucial para as condições de bem-estar da humanidade no futuro e tendo-se constatado no quarto relatório do IPCC em 2004 que a urgência das ações para o Desenvolvimento Sustentável é incontestável a formação dos agentes do desenvolvimento não poderia ser deixada ao acaso.

De fato hoje as escolas fundamental e básica incluíram o Meio Ambiente no ensino, por exemplo de ciências.  Estabeleceram-se cursos universitários para profissionais do Meio Ambiente.  Os currículos  das Escolas de Agronomia e Pecuária são continuamente atualizados. Advogados se especializam na Legislação Ambiental.  A literatura sobre os problemas da Sustentabilidade é imensa.  Os problemas ambientais de os problemas da pobreza são noticiadas nos jornais, nas revistas e na televisão incessantemente.  Pode-se afirmar que a divulgação de conhecimentos e a formação das habilidades para o desempenho das ações necessárias para o Desenvolvimento Sustentável não deixa a desejar.  Efetivamente, o conhecimento e a percepção dos Problemas da Sustentabilidade não deixa a desejar.

O mesmo não pode ser afirmado em relação à intensidade das ações pelo Desenvolvimento Sustentável, em qualquer uma das dimensões – social, ambiental ou econômica.  Na dimensão social a pobreza tem diminuído, mas cerca de um sexto da humanidade ainda sobrevive em condições eticamente inaceitáveis.  A questão da renda adequada nem chegou a ser discutida sistematicamente.  Os progressos no Índice de desenvolvimento humano – IDH – são lentos.  Projetos para o Desenvolvimento Sustentável só existem em poucos países – China e Índia.  Na dimensão ambiental recentemente as emissões de gases causadores do efeito estufa – GEE – deixaram de aumentar, mas se está longe de conseguir uma redução na velocidade necessária para restringir o aquecimento global a 2  Graus Centígrados.  Os Desflorestamentos ainda progridem.  Poucos países desempenham os seu os melhores esforços possíveis.  Espécies continuam em risco em terra e nos mares.  A poluição das águas ainda continua grave e a dos mares aumenta.  Na dimensão econômica a pegada ecológica está num nível de 1,3 com viés de aumento, escasseia a disponibilidade de água e reluta-se na adoção das boas práticas recomendáveis – exemplos:  equilíbrio fiscal e valorização dos resultados em prazos mais longos.

Tais sintomas levam à constatação de que faltam Atitudes de Desempenho de Responsabilidade diante dos problemas conhecidos e não faltando recursos para as ações cabíveis.

Portanto impõe-se a preocupação com a formação de um número suficientemente grande de Cidadãos por Responsabilidade para que emerjam Culturas de Responsabilidade pelo menos nas sociedades mais influentes no Desenvolvimento Sustentável.  Tentativamente compõe-se um currículo universalmente aceitável:

Currículo para a formação do Cidadão por Responsabilidade.

–  Educação Profissional e Cultural.   >   Trata-se do processo já padronizado, que passa                                                                              pelos estágios de alfabetização, ensino fundamental,                                                                       ensino básico e ensino profissionalizante ou ensino                                                                         superior.

–  Educação para a Cidadania             >     para o desempenho das Responsabilidades com a                                                                          sociedade de que participa.   [ Fariam parte uma                                                                           instrução sobre as instituições e uma instrução                                                                               básica sobre economia e administração financeira]

– Educação para a Sustentabilidade  >   para o desempenho das Responsabilidades com a                                                                           humanidade  [A Educação Ambiental é uma parte]

Hoje, na era do conhecimento, a participação plena na economia de uma sociedade desenvolvida, requer no mínimo uma educação formal profissionalizante, pelo que as fases anteriores são obrigatórias.  Por isso a escolaridade expressa na média de anos escolares consta entre os critérios de medição do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.  As diferenças entra as sociedades ainda são “gritantes”.

A Educação para a Cidadania e a para a Sustentabilidade deveriam constar no currículos do ensino fundamental e do ensino básico.