Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste
Projeto para o Desenvolvimento Sustentável da Região Nordeste 1, 6.
A Região Nordeste cobre cerca de 18% do território nacional a maior parte compreendida pelo sertão semi-árido. As condições naturais desfavoráveis se refletem nos mais baixos índices IDH do país. Num passado recente numerosos contingentes migraram principalmente para a região sudeste na procura por melhores condições de vida. Nos últimos anos, o movimento tradicional de emigração tem reduzido ou até se invertido.
A população é de aproximadamente 30% da população do país, dos quais 60% se encontram na faixa costeira e 71% em zonas urbanas. 18,7% dos nordestinos eram analfabetos em 2009 segundo informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, segundo o Ibope, 22% eram beneficiados pelo programa de transferência de renda Bolsa Família em 2010. A taxa de fecundidade do Nordeste era de 2,04 filhos por mulher em 2009, acima da média nacional (1,94 filho por mulher).
A distribuição de renda nessa região melhorou significativamente na década de 2000: Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, a renda média no Nordeste sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e 2009, passando de R$ 570 para R$ 734.
Uma evolução sócio econômica no sertão é praticamente impossível. Não há condições para uma economia agro-pastoril produtiva, mesmo empregando os recursos mais adiantados. No entanto, a gestão das águas é uma abordagem a ser integrada num Projeto Desenvolvimento Regional.
A gestão da água haveria de iniciar com a recuperação das bacias hidrográficas com foco nas vegetações ciliares e proteção das nascentes. A bacia do rio São Francisco é o principal objetivo desta ação, mas não o único. Os recursos alocados no curto prazo gerariam trabalho para contingentes pouco instruídos justamente em regiões carentes. Com o aumento do consumo, a economia seria alavancada e os recursos seriam, ao menos em parte, recuperados. Os projetos de reflorestamento podem ser consorciados com outras atividades produtivas.Até agora as autoridades ainda não perceberam, que um maciço aproveitamento do potencial de geração eólica, além de contribuir para a manter a matriz energética limpa, aumentaria a renda e contribuiria para melhorar os níveis d’água nos reservatórios das usinas hidrelétricas da região. Um projeto com este objetivo aumentaria a oferta de trabalho não só na Região Nordeste, e, seguramente, contribuiria para a atração de investimentos em produção e serviços mais qualificados. Uma meta para a instalação de 3.000 MW por ano é perfeitamente factível e mais fácil de realizar que o equivalente em nova geração hidrelétrica. Num espaço de dez anos seriam 30 a 50 mil MW instalados, correspondentes a aproximadamente 30% da capacidade de geração instalada no país atualmente.
Além da geração de energia elétrica pelas usinas existentes, os ganhos de disponibilidade d’água ficariam à disposição da agricultura e, eventualmente, da pecuária, com prioridade para produções de alta qualidade. Devem ser observadas as técnicas modernas de irrigação. O mercado de alimentos orgânicos está evoluindo, principalmente nos países mais desenvolvidos.
A Região Nordeste goza desde o final da década de 2000 de um forte crescimento econômico. Este crescimento viria a ser acelerado por indução –
desenvolvimento difuso – pelo efeito das rendas geradas por novos Projetos para o Desenvolvimento Sustentável, operados ou gestados pelo Poder Público. A criação e o fortalecimento de zonas urbanas industriais na costa da Região Norte e da Região Nordeste é abordada no exemplo de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável da Região Norte.
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